Nesta semana, uma equipe de cientistas alemães descobriu que aquela que já era a escultura de madeira mais antiga do mundo é, na verdade, ainda mais velha. Encontrada no século 19 no leste da Rússia, protegida por um arbusto de turfa, a estátua passou por um teste de carbono-14 em 1997, que atribuiu a ela uma idade aproximada de 9,5 mil anos. Mas depois de terem feito uma nova análise, desta vez com uma técnica bem mais sensível, os pesquisadores dataram o artefato em 11 mil anos. Ele foi esculpido no início do Holoceno, período em que a humanidade começou a dominar o mundo. “Nós podemos dizer que naqueles tempos, há 11 mil anos, os caçadores, pescadores e coletores dos Urais eram não menos desenvolvidos que os fazendeiros do Oriente Médio”, disse ao Siberian Times Thomas Terberger, um dos pesquisadores envolvidos na datação. Acredita-se que o chamado Ídolo de Shigir tenha sido criado por uma civilização antiga para propósitos religiosos ou espirituais. Ele é repleto de inscrições em uma linguagem perdida, que os estudiosos estão longe de decifrar. Feita a partir da madeira de uma árvore de 157 anos que havia acabado de tombar, sabe-se que o carpinteiro desconhecido usou ferramentas de pedra para esculpir diversos símbolos e também sete faces no tronco - uma delas tridimensional. Inicialmente, o ídolo tinha uma altura de 5,3 metros, mas agora ele chega a apenas 2,8 metros, depois de partes terem sido perdidas durante a era soviética. O artefato está em exposição na Rússia, no Museu de História Sverdlovsk, e é duas vezes mais antigo que as pirâmides do Egito e que o Stonehenge, na Inglaterra.
Fonte: Revista Galileu
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