Domingo, 12 Novembro 2017 16:33

Deuses Nórdicos

A mitologia nórdica, também conhecida como mitologia escandinava ou viking, é composta pelo conjunto de lendas, crenças e religião dos povos escandinavos antigos (que habitaram a região da Península da Escandinávia). Os principais mitos nórdicos são originários, portanto, dos reinos vikings. A mitologia nórdica era uma coleção de histórias e crenças compartilhadas pelos povos germânicos do norte. Ela foi transmitida de forma regular de geração para geração, principalmente através de poesias. Essa mitologia chegou até nós através, principalmente de textos medievais escritos durante e após o processo de cristianização da região. Outra importante fonte foram os Edas (conjunto de textos encontrados na Islândia que apresentam históricas e personagens mitológicos). A transmissão dos mitos permaneceu durante a Era Viking. Os mitos e lendas eram transmitidos, principalmente, de forma oral de geração para geração. O mundo era representado como um disco plano. Os deuses nórdicos habitavam Asgard (espécie de cidade sagrada cercada por muros). Os deuses deram aos homens habilidades e sentidos.


Principais criaturas da mitologia nórdica

- Deuses e deusas: deidades superiores.

- Valquírias: deidades menores, servas de Odin.

- Heróis: criaturas que realizavam grandes feitos, pois possuíam poderes especiais.

- Anões: possuíam inteligência superior e muitos tinham a capacidade de prever o futuro.

- Jotuns: gigantes com poderes especiais que quase sempre aparecem em oposição aos deuses.

- Bestas: seres sobrenaturais como, por exemplo, Fenrir (lobo gigante) e Jörmundgander (serpente marinha gigante).

- Nornas: deusas que tinham funções específicas relacionadas ao controle do presente, passado, futuro, sorte, azar e providência.

- Elfos: viviam nas florestas, fontes e bosques. Eram imortais, jovens e tinham poderes mágicos.



Os principais deuses da mitologia nórdica

ODIN

Devido ao seu amor pela batalha, é o principal deus da mitologia nórdica - nascida em países do norte da Europa, como Suécia, Dinamarca e Islândia. Odin é o mais velho e sábio dos deuses. Com só um olho bom, ele vive com dois corvos em seus ombros: Huginn (pensamento) e Muninn (memória), que simbolizam a busca pelo conhecimento.

LOKI

O "Pai das Mentiras" é parte gigante, parte deus. Às vezes é mostrado como irmão de Thor, mas na mitologia tradicional é irmão adotivo de Odin. Tem caráter maligno, mas traz equilíbrio ao panteão dos deuses.

FRIGG

Mulher de Odin, a deusa da fertilidade veste um manto que parece com as nuvens - e que muda de cor de acordo com seu humor. Representa a feminilidade e era invocada pelas mulheres nos partos.

HEL

Filha de Loki com uma gigante de gelo, é a deusa de Niflheim, a terra dos mortos. Descrita como uma figura de feições sempre sombrias, é viva da cintura para cima e morta da cintura para baixo.

THOR

O deus do trovão, é filho de Odin com outra deusa (Fjorgyn). Muito forte, tem como arma um martelo mágico. É o grande guerreiro dos deuses contra seus principais inimigos, os gigantes de gelo.

BRAGI

Filho de Odin com uma gigante, é o porta-voz e mensageiro dos deuses. Bom de "discurso", tem o nome citado nos brindes que antecedem a narração de grandes histórias.

TYR

Filho de Odin e Frigg, tem força e coragem, e lidera os deuses nas batalhas. Sacrificou uma das mãos para o lobo Fenrir (filho de Loki) para manter a paz entre os deuses após mais uma das brigas entre eles.

BALDER

Outro filho de Odin e Frigg, é o mais belo, misericordioso e justo dos deuses. Espalha paz onde quer que ande. Por ser o deus mais amado e popular, tornou-se um dos alvos preferidos das intrigas de Loki.

NJORD

Protetor dos navegadores, escolheu viver em Asgard após firmar uma paz com Odin. Os que o adoram navegam tranqüilos e têm boa sorte no nascimento dos filhos.

SKADI

Skadi foi para Asgard para se vingar da morte do pai, um gigante. Temendo um confronto, os deuses colocaram os olhos do pai dela como estrelas no céu e lhe ofereceram Njord como marido.

FREYA

Filha de Njord e Skadi. Deusa do amor e da luxúria, é uma mulher sensual. Amante de magia e feitiçaria, ela pode tomar a forma de um pássaro para viajar ao mundo dos mortos e trazer profecias.

FREYR

O irmão de Freyja é o deus da abundância. Decide quando a chuva cai, dá fartura aos frutos da terra, e é invocado na paz e na prosperidade. Possui um barco capaz de carregar todos os deuses.

FORSETI

O deus da justiça é filho de Balder e define as disputas entre os deuses e os humanos. Na mitologia, nunca falhou em um acordo. Falando por horas a fio, sempre convence os deuses pelo cansaço.

 

A criação do mundo segundo a mitologia nórdica 

De acordo com a mitologia nórdica, no início, antes do despertar dos deuses, havia apenas um grande precipício vazio chamado Ginnungagap. Ao norte do vazio estava a região de névoa e gelo chamada Nifleheim, e ao sul a região de fogo Muspelheim. No meio de Nifleheim corre Hvergelmir, uma cascata de onde saem onze rios conhecidos coletivamente como Elivagar. Conforme estes afastavam-se de sua fonte até as bordas do Ginnungagap, o frio congelou suas águas e vapores transformando-os em gelo e neve. Quando as labaredas de Muspelheim encontraram-se com os Elivagar, o calor derreteu o gelo e formou um grande gigante de gelo, Ymir. Enquanto ele dormia, o suor de seu corpo formou o primeiro de sua prole de gigantes de gelo glacial. Tempos mais tarde, o derretimento do gelo criou uma vaca chamada Audhumla, e de seu ubere corriam quatro rios de leite, de onde se alimentavam Ymir e seus filhos. Para se alimentar, a vaca lambia as pedras de gelo salgado, e após três dias ela descobriu no gelo um homem forte e esbelto chamado Buri. Buri casou-se com uma das filhas de Ymir e teve um filho, Bor, que teve três filhos com outra donzela gelada, chamados Odin, Vili e Ve, os primeiros Aesires. Logo que os gigantes tornaram-se cientes dos deuses eles começaram uma guerra, que acabou quando os três deuses mataram Ymir, cujo sangue afogou todos os gigantes de gelo exceto Bergelmir, do qual teve origem uma nova raça de gigantes de gelo. Odin e seus irmãos carregaram o corpo de Ymir para fora do Ginnungagap e fizeram a Terra de seu corpo e as rochas de seus ossos. Pedras e cascalho originaram-se dos dentes e ossos esmigalhados do gigante morto, e seu sangue preencheu o Ginnungagap, dando origem aos lagos e mares. A abóbada celeste foi formada de seu crânio esfacelado. Dos parasitas do corpo de Ymir, eles criaram os anões, e quatro anões chamados Nordri, Sudri, Austri e Vestri sustentam o crânio de Ymir. Do cabelo de Ymir formou-se a flora, e de seu cérebro originaram-se as nuvens. Tições de Muspelheim foram colocados no céu, e assim surgiram as estrelas. A Terra era um grande círculo rodeado pelo oceano, e os deuses haviam construído uma grande muralha a partir das pestanas de Ymir, que circundavam este local que eles nomearam Midgard. Uma enorme serpente chamada Jormungandr, a Serpente de Midgard, rodeia toda a extensão do círculo da Terra, devorando qualquer homem que queira sair de Midgard. Após isso, Odin e seus irmãos criaram o lar dos deuses, Asgard a Cidade Dourada. Em seguida Odin criou mais deuses, os Aesires, para povoar Asgard. Um outro grupo de deuses, os Vanires, surgiu exatamente antes ou após os Aesires. Suas origens são muito misteriosas, mas eles parecem povoar Vanaheim, uma terra próxima de Asgard. Os Aesires são claramente deuses da guerra e do destino, enquanto os Vanires aparentam ser deuses de fertilidade e prosperidade. Por um longo tempo uma terrível guerra ocorreu entre estas duas raças divinas, causada pelo rapto de uma Vanir, Gullveig, que guardava o segredo de criar riquezas, fato este que atiçou a cobiça dos Aesires. Nenhum dos lados parecia próximo de alcançar a vitória. A paz foi finalmente arranjada quando os dois grupos concordaram em trocar reféns. Os Vanires mandaram Njord e seus filhos gêmeos Frey e Freya para viver com os Aesires, e estes mandaram Hoenir, um homem grande que eles disseram ser um de seus melhores líderes, e Mimir, o mais sábio dos Aesires, para viver com os Vanires. Os Vanires ficaram desconfiados de Hoenir, acreditando que ele era menos capaz do que os Aesires disseram e percebendo que suas respostas eram menos autoritárias quando Mimir não estava presente para aconselhá-lo. Quando eles perceberam que haviam sido trapaceados, os Vanires cortaram a cabeça de Mimir e mandaram-na de volta aos Aesires. Aparentemente, os Aesires consideraram isto como um preço justo por terem enganado os Vanires, pois os dois lados permaneceram em paz. Com o passar do tempo, as duas raças foram se integrando e tornaram-se grandes aliadas. Após estabelecerem controle sobre Asgard, Odin criou o primeiro homem, Ask, de um freixo e a primeira mulher, Embla, de um olmo. Odin deu a cada um dos dois um espírito, Hoenir presenteou eles com seus cinco sentidos e a habilidade de se mover, e Lodur deu a eles vida e sangue.

 

O Mundo Nórdico

Yggdrasil, a árvore da vida, tem três níveis

ASGARD

É onde vivem quase todos os deuses. A paz por lá só reinou após muito quebra-pau entre eles. Asgard é cheia de grandes salões, como o grandioso Valhalla, salão de Odin.

MIDGARD

Os humanos vivem aqui. Midgard é cercada por um vasto oceano e é ligada a Asgard pela Bifrost, uma ponte em forma de arco-íris vigiada pelo deus Heimdall.

JOTUNHEIM

Região dentro de Midgard habitada por gigantes, raça que vive em conflito com os deuses. Lá fica uma fortaleza chamada Utgard, palco de várias aventuras de Thor.

NIFLHEIM

O terceiro e último nível é o domínio dos mortos. É um local gelado, onde a noite não tem fim e aonde os homens de mau caráter são enviados após a morte.

 

Os principais heróis da mitologia nórdica:

- Beowulf: guerreiro que venceu o dragão e o grande monstro Grendel.
- Siegfried: personagem épico na saga dos Volsungos.
- Grendel: monstro que foi derrotado por Beowulf.
- Volsung: personagem rei.
- Erik, o vermelho: descobridor da Groelândia.

 

Brisingamen (Colar de Freya)

Na mitologia nórdica, Brisingamen é um colar da deusa da beleza e do amor Freya. Os poucos que o viram juraram que é o artefato o mais bonito sobre o qual já colocaram os olhos. O menos que o desgastaram adquirem um encanto nenhum homem ou deus podem suportar. Os anões Alfrigg, Berling, Dvalin e Grer são quatro irmãos mestres-ferreiros que forjaram o Brisingamen. Esse colar podia ser usado tanto no pescoço como também na cintura. Para consegui-lo a deusa do amor passou uma noite com cada um dos anões, como é narrado de forma completa na Sottr Thattr, escrita por cerca do ano 1400. Freyja teve o seu colar roubado por Loki. Ele se escondeu em Dreun, lugar onde os mortos ficam e somente os deuses podem ir e depois retornar. Lá escondeu a jóia para que Freyja nunca a encontrasse. Hearhden, o poderoso ferreiro dos deuses, ficou muito abalado com toda a história, já que todas as almas partilhavam da tristeza de Freyja e a escuridão estava em torno dela. Ele decide ajudá-la. Ele recuperou a jóia e devolveu a ela. Quando ela foi sair de Dreun, Hulda não deixou. Para que ela pudesse partir, ela teria que dar algo dela para Hulda. Por não querer se livrar da sua tão preciosa jóia, Freyja fez um trato com Loki. O contrato dizia que o Brisingamen ficaria durante seis meses com Freya e Loki ficaria com ele durante os outros seis meses do ano. Enquanto Loki fica com Brisingamen, Freya fica angustiada e cai novamente em desespero, trazendo mais uma vez a escuridão a sua volta. Para esconder suas lágrimas, toda luz, toda vida e todas as criaturas se juntam a  ela em seu terrível destino. Por isso que, na metade da roda do ano, quando Loki está com o Brisingamen, Freyja fica desesperada, a escuridão desce e o mundo torna-se frio e gélido (inverno). Na outra metade do ano, quando Freya recebe novamente sua jóia, não há limites para sua felicidade, então a escuridão é substituída pela Luz e o mundo torna-se quente mais uma vez (verão).

 

Guerreiras de Odin: As Valquírias na Mitologia Viking

“[...] a figura da valquíria: ela é matadora de homens – em sua qualidade de mensageira de Odin, é bem verdade, e de executante de suas crenças – mas é, ao mesmo tempo, uma sedutora: não há quem resista a seus encantos propriamente mágicos” (Régis Boyer, Mulheres viris, 1997b).

No resgate e na popularização da mitologia nórdica, poucas narrativas fascinam tanto como o mito das valquírias (valkyrjor, singular – valkyria). Celebradas pela música wagneriana, pela literatura, pelo cinema e até mesmo pelas histórias em quadrinhos, as guerreiras de Odin ocupam um lugar especial em nosso imaginário  sobre a cultura dos vikings . Mas até que ponto essa nossa contemporânea, construída pela arte oitocentista , corresponde ao que os escandinavos imaginam originalmente? Qual o papel das valquírias para a religião e a sociedade nórdica? Nossa principal hipótese é a de que o mito das valquírias esteve vinculado a certos fatores sociais relacionados com a aristocracia e a realeza, com finalidades de legitimação dos poderes políticos e sociais dessas mesmas classes. A metodologia adotada são as teorizações do historiador francês Régis Boyer. Influenciado pelo mitólogo Georges Dumézil, Boyer aplica a teoria da tripartição social dos povos de origem indo-européia especificamente para os estudos da religião escandinava. A concepção cósmica de mundo, os rituais e as divindades seriam concebidos em termos de ordem social. Para Régis Boyer, os mitos e outros cultos nórdicos foram construídos gradativamente por acréscimos sucessivos. Essa concepção diacrônica também será adotada, bem como pesquisas demonstram as influências culturais estrangeiras no processo de formação religiosa dos vikings (DUBOIS, 1999; DAVIDSON, 1988). A sociedade nórdica estava originalmente dividida em duas grandes categorias: a dos homens livres (karls) e a dos escravos (thrall). A maior parte da população livre era constituída de fazendeiros (bóndi, - plural- boendr), que também se dedicava ao comercio, à navegação e à guerra. A aristocracia hereditária (jarl) constituía o pequeno grupo que mantinha seus privilégios nas comunidades, especialmente nas assembleias gerais (things) e nos vínculos com a corte real (hird). Toda a politica e o suporte militar eram definidos pelo chefe local (lendrmadr, membro da aristocracia), mas a autoridade absoluta era centrada no rei (konungr), que também exercia o papel de principal sacerdote publico. A maioria da população livre era adepta dos cultos ao deus rórr e aos vanes (entidades relacionadas à fertilidade, especialmente Freyr e Freyja).A aristocracia e a realeza perpetuavam especialmente os rituais ao deus principal do panteão germano-escandinavo, Odin (“fúria”), ao qual o mito das valquírias estava intimamente relacionado. A palavra original do nórdico antigo, valkyrja, significa “ a que escolhe os mortos” (BOYER, 1997ª, p.164). Entidades sobrenaturais relacionadas diretamente com marcialidade, e sua associação com o destino dos guerreiros mortos na batalha remetem a uma tradição mítica muito anterior aos vikings, vinculada aos antigos germanos. Na literatura anglo-saxã do século VIII surge o termo warlcyrge (a que escolhe os mortos). Hilda Davidsons e Régis Boyer apontam três e Brian Branstson quatro fases  nas imagens das valquírias, mas todas possuindo aspectos relacionado à batalhas, ou seja, de entidades femininas ligadas a conflitos.

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Publicado em NÓRDICOS
Sábado, 05 Agosto 2017 22:13

Deuses Árabes

Antes do Islã na Península Arábica em 622, o centro físico do islã, a Caaba de Meca, estava coberto de símbolos que representam os demônios inumeráveis, djinn, semideuses e outras criaturas sortidas que representava o ambiente profundamente politeísta pré-islâmica da antiga Arábia. Podemos inferir a partir desta pluralidade um contexto excepcionalmente amplo em que a mitologia pode florescer. Histórias de gênios, ghouls, lâmpadas mágicas, tapetes voadores, e os desejos contidos nos contos das Mil e Uma Noites e outras obras foram transmitidos através das gerações.

 

PRINCIPAIS DEUSES ANTERIORES AO ISLÃ

 Hubal (em árabe: هبل) - Considerado como o Deus dos Deuses e um dos mais notáveis, o ídolo de Hubal estava perto da Caaba em Meca, e foi feito de ágata vermelha, e em forma de um humano, mas com a mão direita quebrada e substituída por uma mão de ouro.

Allat (em árabe: اللات) - A Deusa da lua árabe, que foi uma das três principais Deusas de Meca.

Al-Uzza (em árabe: العزى) - Era Deusa da fertilidade, que foi uma das três principais Deusas de Meca, os árabes só rezavam á ela ou Hubal á pedido de proteção e vitória, antes de qualquer guerra, para mostrar como ela era importante.

Manata (em árabe: منات) - Foi uma das três principais deusas de Meca, os árabes acreditavam ser a Deusa do destino. O Livro dos Ídolos descreve que Manata foi a mais antiga de todos esses ídolos. Os árabes usavam seu nome para nomear seus filhos: 'Abd-Manata e Zayd-Manata. Manata foi erguida à beira-mar nos arredores de al-Mushallal em Qudayd, entre Medina e Meca. Os àrabes rezavam á Deusa para pedir proteção em suas peregrinações. No final da peregrinação, no entanto, quando eles estavam prestes a voltar para casa, eles teriam se estabelecido no local onde ficava Manata, para raspar a cabeça, e ficar lá um tempo. Eles não consideram sua peregrinação concluída até eles visitaram Manata.

Manaf (em árabe: مناف) - A estátua de Manaf foi acariciada por mulheres, mas houve períodos que não foram autorizadas a aproximar-se.

Wadd (em árabe: واد) - Deus de amor e amizade. Cobras são animais sagrados por quausa de Wadd.

Amm (em árabe: أم) - Ele foi venerado como Deus do tempo, como seus atributos incluídos relâmpagos.

Ta'lab (em árabe: طالب) - Um Deus adorado na Arábia do Sul, particularmente no Sabá. Ta'lab era o Deus da lua.

Dhu'l-Halasa (em árabe: ذو الحلاس) - É um Deus oracular do sul da Arábia. Ele era venerado sob a forma de uma pedra branca.

Al-Qaum (em árabe: القوم) - Era o Deus da guerra e da noite, e guardião de caravanas.

Dushara (em árabe: ذو شرى) - Era o Deus Nabataean seu nome significa "Senhor da Montanha"

ESPÍRITOS E MONSTROS

Marid (em árabe: مارد) - Marids são frequentemente descritos como o tipo mais poderoso de djinn, tendo poderes especialmente grande. Eles são os mais arrogantes e orgulhosos também. Como todos os djinn, eles têm o livre arbítrio, porém poderiam ser obrigados a executar certas tarefas. Eles também têm a capacidade de conceder desejos aos mortais, mas geralmente isso requer batalha, e de acordo com algumas fontes, certos rituais, ou apenas uma grande quantidade de bajulação.

Ifrit (em árabe: عفريت) - É uma classe de gênios infernais, espíritos abaixo do nível de anjos e demônios, conhecidos por sua força e astúcia. Um ifrit é uma enorme criatura alada de fogo, masculino ou feminino, que vive no subsolo e frequenta as ruínas. Ifrits vivem em uma sociedade estruturada ao longo de antigas linhas árabes tribais, com reis, tribos e clãs. Eles geralmente se casam com um outro, mas eles também podem se casar com o homem. Apesar das armas e forças normais não terem poder sobre elas, são suscetíveis à magia, que os seres humanos podem usar para mata-los, captura-los ou escravizá-los. Tal como acontece com os gênios, um ifrit pode ser um crente ou descrente, bem ou mal, mas ele é mais frequentemente descrito como um ser perverso e cruel.

Jinn (em árabe: جن) - É uma criatura sobrenatural que tem livre arbítrio, e pode ser bom ou mau. Em alguns casos, os gênios do mal são vistos como seres humanos extraviados.

Nasnas (em árabe: نسناس) - É um monstro "meio ser humano, tendo uma meia cabeça, metade de um corpo, um braço, uma perna, com a qual luta com muita agilidade". Acreditava-se ser descendentes de um demônio chamado shikk e um ser humano

Ghoul (em árabe: غول) - É um morador do deserto, demônio que pode assumir a aparência de um animal, especialmente uma hiena. Ele atrai viajantes incautos para o deserto para matar e devorá-los. A criatura também pega crianças pequenas, rouba sepulturas, bebe sangue, e come os mortos tomando a forma de um que já comeu. Por causa do último habito, o espírito da palavra é por vezes utilizado para se referir a um ser humano comum, como um ladrão de túmulos, ou a qualquer um que se delicia com coisas macabras.

Bahamut (em árabe: بهموت Bahamut) - É um peixe grande que pode viver na terra, às vezes descrito como tendo uma cabeça semelhante a de um hipopótamo ou elefante.

MAOMÉ E O ISLÂ

O Islamismo teve inicio quando um jovem árabe ficou revoltado com o poder exercido em Meca, um influente centro de adoração no oriente médio, onde existe a Caaba, que segundo a tradição islâmica foi originalmente construída por Adão, seguindo um protótipo celestial e depois do dilúvio reconstruída por Abraão e Ismael, seu filho com uma serva egípcia chamada Agar. Trata-se de um edifício em forma de cubo onde se reverencia um meteorito negro. Incomodado e descontente com os ensinos da religião árabe, como o politeísmo e animismo, a imoralidade nas assembleias, as bebedeiras, jogatinas e danças, o sepultamento em vida de bebês do sexo feminino indesejados, entre outras coisas, este jovem que tinha o costume de ir a uma caverna meditar, afirmou que numa destas ocasiões recebeu um chamado de Deus para ser profeta. Segundo a tradição mulçumana, um anjo chamado Gabriel lhe revelou a vontade divina. Depois de treze anos de perseguição por parte dos líderes religiosos árabes, ele transferiu seu centro de atividades de Meca para Medina ao norte. Esta emigração tornou-se um marco importante na história islâmica, sendo esta data (622) o ponto de partida no seu calendário. Com o tempo Maomé como já era conhecido obteve domínio sobre Medina, tanto religioso como político. Daí em diante Maomé reunificou as tribos árabes, nascendo assim uma doutrina religiosa ensinando a submissão a Alá, um Deus único e todo poderoso que escolheu Maomé como seu principal profeta, e o conjunto de seus escritos, o Alcorão, como seu livro sagrado. Parecido com a fé cristã em alguns de seus ensinos, como de um Deus único, um livro sagrado e incentivo a uma vida devota a Deus, tal crença conquistou bilhões de adeptos, influenciando a vida e a religiosidade destas pessoas (Karen Armstrong, A History of God. Ballatine Books, 1993. ISBN 0-345-38456-3).

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Publicado em ÁRABE
Domingo, 25 Janeiro 2015 20:06

Deuses Greco-Romanos

Durante o século IV e III a.C., os romanos encontram os gregos que estavam instalados na região sul do que hoje é a Itália desde o século VIII a.C. Além de alguns conflitos e trocas de mercadorias, esses dois povos trocaram, ou melhor, começaram a trocar algo igualmente importante, as idéias. Entre os séculos II e I a.C. os romanos conquistam a Península Balcânica, local em que a civilização grega se desenvolveu. Lá os romanos fizeram muitos escravos, entre eles diversos sábios gregos. Ao chegarem em Roma, esses sábios escravizados realizaram diversas funções como, por exemplo, educar os filhos das famílias aristocráticas do Império. Ao educar essas crianças, os sábios passavam muitos do seus valores para elas. Ou seja, transmitiram valores da cultura grega às crianças romanas, fazendo com que estas assimilassem esse valores e misturassem aos seus próprios, como no caso dos Deuses e da religião. As crianças se tornaram adultas, mas não perderam os valores passados pelos sábios gregos. Esse adultos acabaram dando continuidade a esses valores. Existem vários exemplos dessa mescla de valores, mas o mais conhecido é a associação dos Deuses gregos aos Deuses romanos. Zeus, o principal Deus grego foi associado a Júpiter; Ares, Deus da guerra dos gregos foi associado a Marte, o Deus romano da guerra. Portanto, através dessa associação, várias características dos Deuses gregos foram incorporadas aos Deuses romanos.

Deus Grego

Deus Romano

Função ou Característica

Zeus

Júpiter

Pai dos Deuses e dos homens, principal Deus do Olimpo.

Cronos

Saturno

Deus do tempo, pai de Zeus. Pertencia à raça dos titãs.

Hera

Juno

Rainha dos Deuses, esposa de Zeus.

Hefesto

Vulcano

Artista do Olimpo, fazia os raios que Zeus lançava sobre os mortais. Filho de Zeus e Hera.

Poseidon

Netuno

Senhor do oceano, irmão de Zeus.

Hades

Plutão

Senhor do reino dos mortos, irmão de Zeus.

Ares

Marte

Deus da guerra, filho de Zeus e Hera.

Apolo

Febo

Deus do sol, da arte de atirar com o arco, da música e da profecia. Filho de Zeus e Latona.

Artemis

Diana

Deusa da caça e da lua, irmã de Apolo.

Afrodite

Vênus

Deus da beleza e do amor, nasceu das espumas do mar.

Eros

Cupido

Deus do amor, filho de Vênus.

Atena

Minerva

Deusa da sabedoria, nasceu da cabeça de Zeus.

Hermes

Mercúrio

Deus da destreza e da habilidade, cultuado pelos comerciantes. Filho e mensageiro de Zeus.

Deméter

Ceres

Deusa da agricultura, filha de Cronos e Réia.

 

GAIA - É a Deusa da Terra, a Mãe Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora incrível. Segundo Hesíodo, no princípio surge o Caos, e do Caos nascem Gaia, Tártaro, Eros (o amor), Érebo e Nix (a noite). Gaia gera sozinha Urano, Ponto e as Óreas (as montanhas). Ela gerou Urano, seu igual, com o desejo de ter alguém que a cobrisse completamente, e para que houvesse um lar eterno para os deuses "bem-aventurados". Com Urano, Gaia gerou os 12 Titãs: Oceano, Céos, Crio, Hiperião, Jápeto, Teia, Reia, Têmis, Mnemosine, a coroada de ouro Febe e a amada Tétis; por fim nasceu Cronos, o mais novo e mais terrível dos seus filhos, que odiava a luxúria do seu pai. Após, Urano e Gaia geraram os Ciclopes e os Hecatônquiros (Gigantes de Cem Mãos e Cinquenta Cabeças). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente Cronos aceitou. Gaia então tirou do peito o aço e fez a foice dentada. Colocou-a na mão de Cronos e os escondeu, para que, quando viesse Urano, durante a noite não percebesse sua presença. Ao descer, Urano, para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre Gaia, nasceram os Gigantes, as Erínias as Melíades. Após a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo e libertou os irmãos. Mas vendo o quanto eram poderosos, também os temia e os aprisionou mais uma vez. Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerância do filho, tramou uma nova vingança. Quando Cronos se casou com Reia e passou a reger todo o universo, Urano lhe anunciou que um de seus filhos o destronaria. Ele então passou a devorar cada recém-nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Reia a salvar o filho que viria a ser Zeus. Reia então, em vez de entregar seu filho para Cronos devorar entregou-lhe uma pedra, e escondeu seu filho em uma caverna. Já adulto, Zeus declarou guerra ao pai e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E durante cem anos nenhum dos lados chegava ao triunfo. Gaia então foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os três Ciclopes e os três Hecatônquiros. Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo soberano do Universo. Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para que estes vigiassem os Titãs no fundo do Tártaro. Gaia pela terceira vez se revoltou e lançou mão de todas as suas armas para destronar Zeus. Num primeiro momento, ela pariu os incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro braços que se ligavam por meio da coluna terminado em duas cabeças, além de possuir os órgãos genitais femininos e masculinos. Os Andróginos surgiam do chão em todos os quadrantes e escalavam o Olimpo com a intenção de destruir Zeus, mas, por conselhos de Têmis, ele e os demais deuses deveriam acertar os Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio. Assim feito, Zeus venceu. Em uma outra oportunidade, Gaia produziu uma planta que ao ser comida poderia dar imortalidade aos Gigantes; todavia a planta necessitava de luz para crescer. Mas ao saber disto Zeus ordenou que Hélio, Selene, Eos e as Estrelas não subissem ao céu, e escondido nos véus de Nix, ele encontrou a planta e a destruiu. Mesmo assim Gaia incitou os Gigantes a colocarem as montanhas umas sobre as outras na intenção de subir o céu e invadir o Olimpo. Mas Zeus e os outros deuses venceram novamente. Como última alternativa, enviou seu filho mais novo e o mais horrendo, Tifão para dar cabo dos deuses e seus aliados, mas os deuses se uniram contra a terrível criatura e depois de uma terrível e sangrenta batalha, eles conseguem vencer o último filho de Gaia. Enfim, Gaia cedeu e acordou com Zeus que jamais voltaria a tramar contra seu governo. Dessa forma, ela foi recebida como uma Deusa Olímpica.

URANO - Urano era uma divindade da mitologia grega que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua irmã. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica e o Deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica. Urano tem vários filhos (e irmãs), entre os quais os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Ao odiar seus filhos, mantem todos presos no interior de Gaia, a Terra. Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, cortou seu pai em vários pedaços. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades. A maioria dos gregos considerava Urano como um Deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma em De Natura Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho da noite, Nix. Seu equivalente na mitologia romana é Caelus ou Coelus - do qual provém caelum (coelum), a palavra latina para "céu".

CRONOS - Filho de Urano, o Céu estrelado, e Gaia, a Terra, é o mais jovem dos Titãs. A pedido de sua mãe se tornou senhor do céu castrando o pai com um golpe de foice. A partir de então, o mundo foi governado pela linhagem dos Titãs que, segundo Hesíodo, constituía a segunda geração divina. Foi durante o reinado de Cronos que a humanidade (recém-nascida) viveu a sua "Idade de Ouro". Cronos casou com a sua irmã Reia, que lhe deu seis filhos (os Crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três rapazes, Hades, Poseidon e Zeus. Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Reia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca. Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai, solicitando para esse feito o apoio de Métis - a Prudência - filha do Titã Oceano. Esta ofereceu a Cronos uma poção mágica, que o fez vomitar os filhos que tinha devorado. Então Zeus tornou senhor do céu e divindade suprema da terceira geração de deuses da Mitologia Grega ao banir os Titãs para o Tártaro e afastou o pai do trono.

RÉIA - Réia era uma titã filha de Urano e Gaia, se casou com seu irmão Cronos, mãe de Deméter, Hades, Poseidon, Hera, Héstia e Zeus. Devido a um oráculo de Urano, Cronos começou a comer seus filhos, pois profetizou que o filho de Cronos o destronaria. Réia não ia permitir que Cronos fizesse isso com o sexto filho então ela escondeu Zeus (o filho mais novo) no monte Ida e o trocou por uma pedra enrolada num pano, Cronos comeu a pedra pensando ser seu filho, Zeus foi criado por uma cabra chamada Amaltéia que o amamentou, mais velho Zeus invadiu o Olimpo junto de 3 cíclopes e 3 hecatônquiros e derrotou Cronos o forçando a vomitar seus irmãos e tomou o Olimpo para si. Réia discutiu com Zeus por que o mundo não pertencia só a ele e que ela tinha direito a uma parte do mundo, Zeus irritado começou a persegui-la, Réia se escondeu nas montanhas onde ela se cercou de criaturas selvagens. Ela é conhecida como mãe dos deuses, por ser mãe de todos os Deuses do Olimpo, é Deusa da fertilidade, relacionada com os partos fáceis.

ZEUS - O filho mais novo de Cronos e Réia foi o líder dos Deuses que viviam no monte Olimpo. Ele impunha a justiça e a ordem lançando relâmpagos construídos pelos ciclopes. Zeus teve diversas esposas e casos com Deusas, ninfas e humanas. Cronos tinha o hábito de devorar seus próprios filhos para que não tomassem seu lugar no trono. Até que Zeus nasceu e sua mãe Réia já cansada de tanto sangue e sofrimento deu a Cronos uma pedra embrulhada no lugar de Zeus, salvando sua vida. Réia decidiu que Zeus seria o último filho e encerraria o reinado de sangue e sofrimento e tomaria o trono do pai. Assim que Cronos descobriu que tinha engolido uma pedra ao invés do filho saiu a procura de Zeus, mas não o encontrou. Zeus foi criado no bosque de Creta e foi alimentado com mel e leite de cabra. E assim quando cresceu foi a caminho do pai para combatê-lo, eles viraram grandes inimigos, Zeus obrigou seu pai a engolir uma bebida mágica, que restituiu todos os filhos que no passado tinha devorado. Foi então que Zeus conheceu seus quatro irmãos: Deméter, Poseidon, Héstia e Hades, faltou apenas a Hera que como Zeus foi poupada e não estava ali. Zeus ainda liberou ciclopes que deu a ele o Raio. Então após dez anos, o tempo que durou a guerra, Zeus subiu ao Olimpo junto com seus irmãos Poseidon e Hades que o ajudaram a destruir Cronos, e então comandaram o Céu, a Terra e os demais deuses. Zeus tinha o poder dos fenômenos atmosféricos e fazia relâmpagos e trovões e com sua mão direita lançava a chuva, podia usar sua força como destruidora, mas também mandava chuvas para as plantações. Zeus casou-se três vezes, sua primeira esposa foi Métis a deusa da prudência e com ela teve sua filha Atena. Sua segunda esposa foi Têmis a deusa da justiça. E sua terceira esposa foi sua irmã Hera e com ela teve vários herdeiros, mas o único que foi filho legítimo de Hera e Zeus foi Ares, que era o Deus da guerra. Hera era muito ciumenta e agressiva já que Zeus desonrava sua vida com ela, tinha muitas amantes, e acabou tendo muitos filhos fora de seu casamento. Zeus usava seu poder de sedução e até usava as mais belas metamorfoses para conquistar as mulheres. As mais conhecidas são: o Cisne de Leda e o Touro da Europa. Zeus é o Deus que dá ao homem o caminho da razão e também ensina que o verdadeiro conhecimento é obtido apenas a partir da dor.

HERA - Terceira mulher de Zeus e rainha do Olimpo, Hera é a deusa do matrimônio e do parto. É vingativa com as amantes do marido e com os filhos de Zeus que elas geram. Para os gregos, Hera e Zeus simbolizam a união homem-mulher. Hera era filha de Cronos e Réia. Tem como seu animal preferido o Pavão e é associada ao signo de Escorpião. Tinha a fama de ser ciumenta com razão, pois Zeus era muito infiel - de todos os filhos que Zeus teve, dois foram concebidos em seu casamento com Hera que foi Ares (deus da guerra) e Hefesto (deus do fogo). Hera considerava muito o casamento e foi muito humilhada por Zeus por suas traições o que a deixou muito triste, foi quando ele sozinho gerou sua filha Atena, mostrando que não precisava de Hera nem para conceber um filho. Um dos episódios de ciúmes de Hera foi com Calisto (deusa) que por ter muita beleza conquistou seu marido, mas Hera para separar os dois a transformou em uma Ursa. Calisto ficou muito isolada de todos e também com medo da floresta por causa dos caçadores. Até que um dia ao reconhecer seu filho Arcas correu para abraçá-lo, mas Arcas já preparava sua lança por não reconhecer sua mãe. Hera vendo o que aconteceria lançou um feitiço e enviou os dois para os céus que viraram constelações, a Ursa maior e a Ursa menor. Porém como Hera ainda tinha muita raiva de sua rival pede para Tétis e Oceano, divindades do mar, para que não a deixem descansarem em suas águas, e com isso essas duas constelações sempre ficam em círculos e nunca descem para trás das águas como as outras estrelas. Outro episódio de ciúme de Hera foi quando Zeus, por saber que Hera estava chegando e ele estava com uma de suas amantes (Io), a transforma rapidamente em uma vaca. Hera, muito desconfiada, pede para Zeus aquela vaca de presente e Zeus não podendo negar um presente, o dá para sua esposa. Ela então coloca aquela novilha aos cuidados de Argos, um monstro de muitos olhos, que ao dormir nunca fechava todos, com isso a novilha estava sempre sendo observada. Mas Zeus ao ver o sofrimento da amante pede para que Hermes mate Argos. Então, Hermes toca uma música, fazendo Argos dormir completamente, fechando todos os olhos. Após isso, Hermes arranca-lhe a cabeça. Hera muito triste pelo acontecimento, pega todos os olhos e coloca na cauda de seu pavão, onde eles estão até hoje. A deusa continua perseguindo Io, mas Zeus promete que não terá mais nada com a amante, Hera aceita a promessa e devolve a aparência humana à Io. Hera durante muito tempo não só perseguia as amantes, mas também os filhos que Zeus teve fora do casamento. E sempre foi considerada a deusa protetora das mulheres casadas.

POSÊIDON - O irmão mais velho de Zeus e Hades era o Deus do mar. Com um movimento de seu tridente, causava tempestades e terremotos - e sua fúria era famosa entre os deuses! Posêidon vivia procurando aumentar seus domínios em diferentes áreas da Grécia. Também conhecido como Netuno para os romanos, era um homem muito forte, com barbas e sempre representado com seu tridente na mão e as vezes com um golfinho. Era filho de Cronos, Deus do tempo, e da Deusa da fertilidade Réia. Sua casa era no fundo do mar e com seu tridente causava maremotos, tremores, além de fazer brotar água do solo. Poseidon era casado com Anfitrite. Quando se conheceram Poseidon se apaixonou por ela, mas Anfitrite o recusou e Poseidon a obrigou casar-se com ele, porém, ela para não casar, se escondeu nas profundezas do oceano, só sua mãe sabia onde ela estava. Mas com o tempo Anfitrite mudou de idéia e foi atrás de Poseidon com quem se casou e ficou sendo a rainha do oceano. Com ela teve um filho chamado Tritão que aterrorizava os marinheiros com um barulho espantoso que ele fazia quando soprava o búzio, um instrumento, mas também com ele fazia sons maravilhosos. Entretanto, na sua vida Poseidon teve muitos outros amores e fora de seu casamento teve mais filhos que ficaram muito conhecidos por sua crueldade, os dois mais conhecidos foram o Ciclope e o gigante Orion. Poseidon disputou com Atena, a deusa da sabedoria, para ser a deidade da cidade hoje conhecida como Atenas, porém Atena ganhou a competição e a cidade ficou conhecida com o seu nome. Na história da Guerra de Tróia, Poseidon e Apolo ajudaram o rei na construção dos muros daquela cidade e a eles foi prometida uma recompensa, porém tinham sidos enganados, pois o rei não os recompensou. Foi então que Poseidon ficou muito enfurecido e se vingou de Tróia e enviando um monstro do mar que saqueou toda a terra de Tróia e durante a guerra ajudou os gregos. Poseidon é também o pai de Pégaso, um cavalo alado gerado por Medusa, por esse motivo sempre esteve muito ligado aos cavalos e foi o primeiro a colocar cavalos na região. Outro caso de amor muito conhecido de Poseidon foi com sua irmã Demeter, ele a perseguiu e ela para evitá-lo se transformou em égua, porém ele se transformou em um garanhão e com ela teve um encantador cavalo, Arion. Poseidon era um Deus muito importante e celebravam em sua honra os Jogos místicos, constituídos de competições atléticas e também de músicas e poesias, realizados de dois em dois anos.

HADES - Mesmo sendo irmão de Zeus e Posêidon, não vive no monte Olimpo. Hades, como Deus dos mortos, domina seu próprio território. Apesar de passar uma imagem ruim por sua "função", não é um Deus associado ao mal. Equivalente ao Deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o Deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Consta também ser chamado Serápis (Deus de obscura origem egípcia). É considerado um Deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de Cronos (Saturno, na teogonia romana) e de Reia. Formava com seus cinco irmãos os Crônidas, que incluíam as mulheres Héstia, Deméter e Hera, e os homens Posseidon e Zeus. Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone (Koré ou Core) filha de Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças e recursos naturais, a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes representando a vida e a morte. Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho seja "dividido" entre outras divindades, tais como Tanatos, Deus da morte, ou as Queres (Ker), estas últimas retratadas na Ilíada recolhendo avidamente as almas dos guerreiros, enquanto Tanatos surge nos mitos da bondosa Alceste ou do astuto Sísifo. Como o senhor implacável e invencível da morte, é Hades o Deus mais odiado pelos mortais, como registrou Homero (Ilíada 9.158.159). Platão acentua que o medo de falar o seu nome fazia usarem no lugar eufemismos, como Plutão. O mundo dos mortos, território de Hades, tem regiões celestiais e infernais. Na mitologia, a alma dos mortos vai para o mundo subterrâneo, governado por Hades. Para entrar, é preciso pagar o barqueiro Caronte, que faz a travessia do rio Estige. Por isso os gregos enterravam os mortos com uma moeda. No submundo de Hades, o morto é julgado por três juízes. Os que viveram uma vida correta são premiados e seguem para uma região chamada Campos Elíseos, uma espécie de paraíso, cheio de paisagens verdes e floridas. Mas o mundo subterrâneo também tem regiões sombrias. Os gregos que "aprontaram" na vida como mortal têm como destino o Tártaro. Equivalente ao inferno cristão, ele é um poço profundo, quase sem fim, escuro, úmido e frio.

HÉSTIA - Héstia (ou Vesta, na mitologia romana) é a Deusa grega do lar e dos laços familiares, simbolizada pelo fogo doméstico. Filha de Cronos e Reia para os gregos (Saturno e Cibele na mitologia romana), era uma das doze divindades olímpicas. A ordem de nascimento de seus irmãos é: Hera (a mais velha), seguida de Deméter e Héstia, seguidas de Hades e Poseidon; o próximo a nascer, Zeus, foi escondido por Reia em Creta, que deu uma pedra para Cronos comer. Cortejada por Poseidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus, e dele recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais. Embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os Deuses. Era a personificação da moradia estável, onde as pessoas se reuniam para orar e oferecer sacrifícios aos Deuses. Era adorada como protetora das cidades, das famílias e das colônias. Sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos. Todas as cidades possuíam o fogo de Héstia, colocado no palácio onde se reuniam as tribos. Esse fogo deveria ser conseguido direto do sol. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele, acendiam a lareira onde seria o núcleo político da nova cidade. Sempre fixa e imutável, Héstia simbolizava a perenidade da civilização. Em Delfos, era conservada a chama perpétua com a qual se acendia a Héstia de outros altares. Cada peregrino que chegava a uma cidade, primeiro fazia um sacrifício à Héstia. Seu culto era muito simples: na família, era presidido pelo pai ou pela mãe; nas cidades, pelas maiores autoridades políticas. Em Roma era cultuada como Vesta e o fogo sagrado era o símbolo da perenidade do Império. Suas sacerdotisas eram chamadas vestais, faziam voto de castidade e deveriam servir à deusa durante trinta anos. Lá a deusa era cultuada por um sacerdote principal, além das vestais. Era representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros. Havia imagens nas suas principais cidades, mas sua figura severa e simples não ofereceu muito material para os artistas.

DEMÉTER - Deméter é uma Deusa grega, filha de Cronos e Reia, Deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações. Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cerélia e celebrado na primavera. Com Zeus, seu irmão, ela teve uma filha, Perséfone ("a de braços brancos"). Teve um casal de gêmeos chamado Despina ("a Deusa das sombras invernais") e Árion, com seu irmão Poseidon. Abandonou a menina sem nome ao nascimento para procurar Perséfone quando raptada. Despina, que representa o inverno, é o oposto de sua irmã, Perséfone, que representa a primavera e de sua mãe, Deméter, Deusa da agricultura. O filho chamado Árion, era um cavalo de crinas azuis, tinha o poder da fala e de ver o futuro. Foi o cavalo mais rápido de todos os tempos e ajudou muitos heróis bravamente em suas conquistas. Ela também é uma das Deusas que tiveram filhos com mortais, e teve com o herói cretense Iásio o Deus Pluto. Um fragmento do Catálogo de Mulheres, de Hesíodo, sugere que Deméter teve um outro amante mortal, Eetion, que foi fulminado por um raio de Zeus. Alguns críticos consideram que Iásio e Eetion são a mesma pessoa. Quando Hades raptou Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca Terra afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse: “Ingrato solo, que tornei fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores!” Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana, metarmofoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos. Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar. Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Proserpina. Neste período Perséfone é chamada Core, a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido. Durante o inverno, Despina mostra sua ira contra seus pais e sua irmã, congelando lagos e destruindo plantações e flores. Os Mistérios de Elêusis, celebrados no culto à Deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo contínuo de morte e ressurreição. Deméter pode ser representada sentada, com tochas ou uma serpente ou tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos elementos.

AFRODITE - Afrodite é uma Deusa da Mitologia Grega. É a Deusa do amor, da beleza e do sexo. Corresponde a Deusa Vênus da Mitologia Romana. Nas cidades de Corinto, Esparta e Atenas, Afrodite era muito cultuada. O nome da Deusa do amor significa "nascida da espuma", porque diziam que ela havia surgido do mar. Afrodite é a mais bela das Deusas. A Deusa Afrodite nasceu na ilha de Chipre, sendo que para a história do seu nascimento existem duas versões. Segundo a versão de Hesíodo, Afrodite nasceu de uma forma incomum. Após Cronos cortar os órgãos de Urano (seu pai) e jogá-los ao mar, formou-se em torno desses órgãos uma espuma branca que, misturando-se ao mar, como se fosse uma fecundação, deu origem a Afrodite. Para Homero, mais convencional, Afrodite era filha de Zeus (deus dos deuses) e Dione (deusa das ninfas). Afrodite casou-se com o Deus do fogo, Hefesto. Porém, teve inúmeros amantes, tanto deuses como homens mortais, sendo que, de suas aventuras, foram gerados vários filhos. Com Ares, Deus da guerra, teve diversos filhos, como Eros, Anteros, Deimos, Fobos, Harmonia, Adrestia, Himeros e Pothos. Com Hermes, o Deus mensageiro, Afrodite gerou o deus Hermafrodito (mistura dos nomes dos pais), que tinha como características, além da beleza dos pais, os órgãos sexuais de ambos os gêneros. Com o Deus Apolo teve o filho Himeneu (deus do casamento), e com Dionísio o Deus do prazer, das festas e do vinho, teve o filho Príapo, o deus da fertilidade, que tinha grandes genitálias e não péssima aparência. Afrodite gerou também um filho do mortal Anquises, que foi chamado de Enéias, e que foi um herói da Guerra de Tróia. Seduziu outros mortais como Adónis, Faetonte e Cíniras. Apesar de ser conhecida como deusa do amor, Afrodite era muito vingativa, e não tinha piedade de seus inimigos. Teve como principais rivais as Deusas Hera e Atena. Aliás, sua desavença com essas Deusas deu origem a Guerra de Tróia. Nas festas em homenagem a Afrodite, as sacerdotisas que a representavam eram prostitutas sagradas, sendo que o sexo com as mesmas era considerado um ritual de adoração. As festas eram consideradas “afrodisíacas”, dando origem a esse termo. Vários artistas (pintores e escritores) já na época da Renascimento, retrataram Afrodite, como Botticelli, em sua obra “O nascimento de Vênus”.

HEFESTO - Filho de Zeus e Hera (de acordo com Homero, na Ilíada), Hefesto nasceu tão fraco e feio que foi jogado pela mãe no oceano. Resgatado por ninfas, virou um famoso artesão. Impressionados com o talento dele, os Deuses levaram Hefesto ao Olimpo e o nomearam Deus do fogo e da forja. Na Mitologia Grega, Hefesto era o Deus do trabalho, do fogo, dos artesãos, dos escultores e da metalurgia. Era muito importante na religião grega, principalmente nas cidades onde a prática da manufatura era intensa como, por exemplo, a cidade de Atenas. Com relação a aparência, Hefesto era feio, coxo e manco. Ele andava carregando vasos pintados e um bastão. Em algumas imagens, ele aparece com os pés na posição contrária. Aparece também quase sempre trabalhando em uma bigorna, suado e com a barba por fazer. De acordo com os mitos gregos, Hefesto era casado com Afrodite, porém não teve filhos. Hefesto tinha uma grande capacidade de criação. De acordo com a mitologia, foi ele quem fez o escudo de Zeus, usado na batalha contra os titãs. Ele também construiu pra si um lindo e grandioso palácio de bronze. Entre suas criações está Pandora, a primeira mulher mortal.

ARESO terrível Deus da guerra é outro filho de Zeus e Hera. No campo de batalha pode matar um mortal apenas com seu grito de guerra! Pai de vários heróis (humanos que são protegidos ou filhos de Deuses), Ares ainda se tornou um dos amantes de Afrodite. Ares foi muito cultuado em Esparta, uma das mais importantes Cidades-Estados da Grécia antiga. Embora muitas vezes tratado como o Deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o Deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada. Os romanos identificaram-no como Marte, o Deus romano da guerra e da agricultura (que eles tinham herdado dos etruscos). Entre os helenos sempre houve desconfiança de Ares. Embora também a meia irmã de Ares, Atena, fosse uma deidade da guerra, a posição de Atena era de guerra estratégica, enquanto Ares tendia a ser a violência imprevisível da guerra. O seu lugar de nascimento e sua casa verdadeira foram colocados muito longe, entre os bárbaros e trácios belicosos (Ilíada 13.301; Ovídio, Ars Amatoria, II.10;), de onde ele se retirou depois que o seu caso com Afrodite foi revelado. "Ares" permaneceu um adjetivo e epíteto em tempos clássicos: Zeus Areios, Atena Areia, até Afrodite Areia. Em tempos micênicos, as inscrições mencionavam Eniálios, um nome que sobreviveu em tempos clássicos como um epíteto de Ares. Corvos e cães, animais que se alimentam dos cadáveres nos campos de batalha, são sagrados para ele.

 

APOLO - O Deus da luz (representada pelo Sol), das artes, da medicina e da música é filho de Zeus com uma titã, Leto. Na juventude, era vingativo, mas depois se tornou um Deus mais calmo, usando os poderes para cura, música e previsões do futuro. Foi uma das divindades principais da mitologia greco-romana, um dos Deuses olímpicos. Irmão gêmeo de Ártemis, possuía muitos atributos e funções, e possivelmente depois de Zeus foi o Deus mais influente e venerado de todos os da Antiguidade clássica. As origens de seu mito são obscuras, mas no tempo de Homero já era de grande importância, sendo um dos mais citados na Ilíada. Era descrito como o Deus da divina distância, que ameaçava ou protegia desde o alto dos céus, sendo identificado como o sol e a luz da verdade. Fazia os homens conscientes de seus pecados e era o agente de sua purificação; presidia sobre as leis da Religião e sobre as constituições das cidades, era o símbolo da inspiração profética e artística, sendo o patrono do mais famoso oráculo da Antiguidade, o Oráculo de Delfos, e líder das Musas. Era temido pelos outros Deuses e somente seu pai e sua mãe podiam contê-lo. Era o Deus da morte súbita, das pragas e doenças, mas também o Deus da cura e da proteção contra as forças malignas. Além disso era o Deus da Beleza, da Perfeição, da Harmonia, do Equilíbrio e da Razão, o iniciador dos jovens no mundo dos adultos, estava ligado à Natureza, às ervas e aos rebanhos, e era protetor dos pastores, marinheiros e arqueiros. Embora tenha tido inúmeros amores, foi infeliz nesse terreno, mas teve vários filhos. Foi representado inúmeras vezes desde a Antiguidade até o presente, geralmente como um homem jovem, nu e imberbe, no auge de seu vigor, às vezes com um manto, um arco e uma aljava de flechas, ou uma lira, e com algum de seus animais simbólicos, como a serpente e o corvo. Apolo foi identificado sincreticamente com grande número de divindades maiores e menores nos seus vários locais de culto, e sobreviveu veladamente ao longo do florescimento do cristianismo primitivo, que se apropriou de vários de seus atributos para adornar seus próprios personagens sagrados, como Cristo e o arcanjo São Miguel. Entretanto, na Idade Média Apolo foi identificado pelos cristãos muitas vezes com o Demônio. Mas desde a associação de Apolo com o poder profano pelo imperador romano Augusto se originou um poderoso imaginário simbólico de sustentação ideológica do imperialismo das monarquias e da glória pessoal dos reis e príncipes. Seu mito tem sido trabalhado ao longo dos séculos por filósofos, artistas e outros intelectuais para a interpretação e ilustração de uma variedade de aspectos da vida humana, da sociedade e de fenômenos da Natureza, e sua imagem continua presente de uma grande variedade de formas nos dias de hoje. Até mesmo seu culto, depois de muitos séculos, foi recentemente ressuscitado por correntes do neopaganismo.

ÁRTEMIS - Esta Deusa famosa dos gregos foi concebida por Zeus e Leto e era irmã gêmea de Apolo (enquanto ele simbolizava a luz solar, ela representava a esfera lunar). É a Deusa da caça, representada por uma mulher com um arco. Contraditoriamente, também é a protetora dos animais. Ártemis é uma Deusa casta (virgem), que fica furiosa quando se sente ameaçada. Ártemis (ou Diana, como era conhecida entre os romanos) é representada como uma imagem lunar arisca e selvagem, constantemente seguida de perto por feras selvagens, especialmente por cães ou leões. Ela traz sempre consigo, no abrigo de suas mãos, um arco dourado, nos ombros um coldre de setas, e pode ser vista trajando uma túnica de tamanho curto. Dizem que quando ela ainda era uma criança, Zeus a questionou sobre seu maior desejo para seu aniversário, e ela lhe pediu, sem hesitar, que pudesse circular livremente pelas matas, ao lado dos animais ferozes, dispensada para sempre da obrigação de se casar. O pai imediatamente realizou seu sonho. Esta poderosa figura é sempre encontrada, em qualquer mito que seja, correndo por bosques, florestas e matas, livre como um pássaro, ensaiando suas coreografias e cantando ao lado das ninfas que lhe são muito próximas. Nas festas em homenagem à lua eram sempre executadas danças de extrema sensualidade e havia constantemente a presença de um ramo considerado sagrado. Ártemis é considerada tanto uma prostituta sagrada quanto uma virgem responsável pelos partos, pois os mitos a retratam igualmente como o bebê que nasceu primeiro e ajudou a mãe a parir o irmão Apolo. Embora pareça contraditória esta personalidade ambígua de Ártemis, na verdade ela está associada a dupla faceta do feminino, que protege e destrói, concebe e mata. Esta imagem da Deusa é difundida especialmente na Ásia Menor. Não se sabe exatamente onde e quando surgiu seu culto, pois os autores que estudam o mito divergem quanto a este ponto. Alguns pesquisadores acreditam que seu nascimento remonta às tribos da Anatólia, exímias caçadoras, consideradas berços das famosas amazonas. Outros creem que ela descende da divindade Cibele, protetora da Natureza, cultuada na Ásia Menor, também representada como uma Rainha das Feras, rodeada por leões, veados, pássaros e outros exemplares da fauna. Há estudos que situam Ártemis ao lado de outras potências lunares, tais como Hécate, também associada às esferas infernais, e Selene; as três compunham uma espécie de trindade da Lua. Os italianos a conhecem como Diviana, expressão que pode ser traduzida como Deusa, e pode ser facilmente ligada ao nome Diana. Esta Deusa da fertilidade animal tinha várias discípulas, que eram denominadas ursas. Elas reconheciam sua natureza autoritária e repressora. Os animais ferozes que estão sempre junto a ela representam, por outro lado, os impulsos que precisam ser dominados. Sem dúvida ela é o símbolo maior do feminino, de sua liberdade e autonomia. Na Itália eles comemoravam sua festa no dia 13 de agosto, quando os cães de caça tinham seu momento de glória e os animais ferozes eram deixados à vontade. Este evento foi consagrado pela Igreja como um culto católico que marca a Assunção de Nossa Senhora, transferido para o dia 15 de agosto.

HERMES - Filho de Zeus com a Deusa Maia, o mensageiro dos Deuses é o protetor de viajantes e mercadores. Representado como um homem de sandálias com asas, Hermes tinha um lado obscuro, às vezes trazia mentiras e falsas histórias. Divindade muito antiga, já era cultuado na história da Grécia antiga possivelmente como um Deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos Deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de suas funções mais conhecidas. Com o domínio da Grécia por Roma, Hermes foi assimilado ao Deus Mercúrio, e através da influência egípcia, sofreu um sincretismo também com Toth, criando-se o personagem de Hermes Trismegisto. Ambas as assimilações tiveram grande importância, criando rica tradição e perpetuando sua imagem através dos séculos até a contemporaneidade, exercendo significativa influência sobre a cultura do ocidente e de certas áreas orientais em torno do Mediterrâneo, chegando até à Pérsia e à Arábia. As primeiras descrições literárias sobre Hermes datam do período arcaico da Grécia, e o mostram nascendo na Arcádia. Já no primeiro dia de vida realizou várias proezas e exibiu vários poderes, furtou cinquenta vacas de seu irmão Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios, sandálias mágicas e a lira. No dia seguinte, perdoado pelo furto das vacas, foi investido de poderes adicionais por Apolo e por seu pai Zeus, e por sua vez concedeu a Apolo a arte de uma nova música, sendo admitido no Olimpo como um dos grandes Deuses. Mais tarde inúmeros outros escritores ampliaram e ornamentaram sua história original e surgiram múltiplas versões dela, não raro divergentes em vários detalhes, preservando-se porém suas linhas mais características.  Com o advento do Cristianismo, chegou a ser comparado a Cristo em sua função de intérprete da vontade do Logos. As figuras de Hermes e de seu principal distintivo, o caduceu, ainda hoje são conhecidas e usadas por seu valor simbólico e vários autores o consideram a imagem tutelar da cultura ocidental contemporânea.

ATENA - É a Deusa da sabedoria e filha de Zeus com a primeira mulher dele, Métis. Seu símbolo é a mais sábia das aves, a coruja. Habilidosa e especialista nas artes e na guerra, Atena carrega uma lança e um escudo chamado. Os romanos a chamavam de Minerva. Era uma Deusa virgem, linda guerreira protetora de seus heróis escolhidos e também de sua cidade Atenas. Atena era a filha predileta de Zeus, porém quando Métis ficou grávida, Zeus engoliu a esposa com medo de sua filha nascer mais poderosa que ele e lhe tirar o trono, mas para que isso acontecesse convenceu Métis a participar de uma brincadeira divina, onde cada um se transformava em um animal diferente e Métis pouco prudente acabou se transformando em uma mosca, e Zeus a engoliu e Métis foi para a cabeça dele. Mas com o passar dos anos, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça e pediu para Hefesto lhe desse uma machadada, foi então que Atena já adulta saltou de dentro do cérebro de seu pai, já com armadura, elmo e escudo. Atena leva uma lança em sua mão, mas que não significa guerra e sim uma estratégia de vencer, também foi a inventora do freio, sendo a primeira que amansou os cavalos para que os homens conseguissem domá-los. A cidade Atenas era sua preferida já que levou seu nome e onde também se fazia cultos em sua homenagem. Atena e Poseidon, seu tio, chegaram a disputar o padroado de Atenas, para isso estabeleceram um concurso: quem desse o melhor presente à cidade ganharia a disputa. Poseidon bateu com seu tridente e fez jorrar água do mar e também fez aparecer um cavalo. Já Atena além de domar o cavalo e torna-lo um animal doméstico, também deu como presente uma Oliveira que produzia alimento, óleo e madeira, foi então que ganhou e assim a cidade levou seu nome, Atenas. Considerada a Deusa virgem, ficou assim durante toda a história, pois pedia para que os Deuses não se apaixonassem, pois ela ficaria grávida e teria que largar sua vida de guerras e passar a viver em uma vida doméstica. Atena também ficou conhecida como Minerva pelo voto de desempate que deu quando julgou Orestes juntamente com o povo de Atenas. Orestes matou a mãe para se vingar da morte do pai. Atena deu o voto de Minerva como é conhecido hoje, e declarou Orestes inocente. Essa grande Deusa era para ser a nova Rainha do Olimpo, mas como era mulher seu pai continuou no trono. Mas Atena foi a Deusa da sabedoria, prudência, capacidade de reflexão, poder mental, amante da beleza e da perfeição.

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Publicado em GRECO-ROMANOS
Quinta, 01 Dezembro 2016 17:01

Deuses Assírio-Babilônicos

Na antiga mesopotâmia os babilônicos (caldeus) se estabelecem mais ao sul enquanto os assírios mais ao norte. Os babilônicos foram mais intelectuais, são precursores na religião e nas artes. Os assírios foram mais vigorosos, mais brutais e guerreiros. Por muito tempo os assírios dominaram os babilônicos antes de serem por eles dominados. Mesmo como vassalos, os babilônicos exerceram uma hegemonia cultural comparável à da Grécia sobre Roma. São eles que forneceram o essencial das crenças. Podendo-se dessa maneira falarmos na civilização assírio-babilônica. Os sumérios contribuíram com suas divindades e suas lendas. Os semitas trouxeram sua língua, rica e flexível, e seu gênio político. Numa tendência natural de proteção se agruparam em cidades. As divindades conservavam um caráter local, quando uma cidade dominava, sua deidade exerciam certa hegemonia e as outras divindades subordinavam-se a ela ou às vezes, confundiam-se com ela.

 

DEUSES BABILÔNICOS

 

O panteão de Deuses do primeiro Império Babilônico incluíam numerosas tríades de Deuses, ou deidades. Uma de tais tríades era composta de Anu (o Deus do céu), Enlil (o Deus da terra, do ar e da tempestade) e Ea (o Deus que presidia as águas). Outra tríade era composta do Deus-lua, Sin, do Deus-sol, Xamaxe, e da Deusa da fertilidade Ishtar, amante ou consorte de Tamuz. Os babilônios tinham até mesmo tríades de demônios, tais como a tríade de Labartu, Labasu e Akhkhazu. A adoração de corpos celestiais tornou-se proeminente e diversos planetas vieram a ser associados a certas deidades. O planeta Júpiter foi identificado com o Deus principal de Babilônia, Marduk; Vênus com Ishtar, Deusa do amor e da fertilidade; Saturno com Ninurta, Deus da guerra e da caça, e padroeiro da agricultura; Mercúrio com Nebo, Deus da sabedoria e da agricultura; Marte com Nergal, Deus da guerra e da pestilência, e senhor do além. As cidades da antiga Babilônia passaram a ter as suas próprias divindades guardiãs especiais, algo parecido a “santos padroeiros”. Em Ur, era Sin; em Eridu, Ea; em Nipur, Enlil; em Cuta, Nergal; em Borsipa, Nebo, e na cidade de Babilônia, Marduk (Merodaque). Na época em que Hamurábi tornou Babilônia a capital do império babilônico, aumentou, naturalmente, a importância do Deus favorito da cidade, Marduk. Por fim, Marduk recebeu os atributos de anteriores deuses e substituiu estes nos mitos babilônicos. Em períodos posteriores, seu nome próprio, “Marduque”, foi substituído pelo título “Belu” (“Dono”), de modo que finalmente passou a ser chamado de Bel. A esposa dele chamava-se Belit (“Senhora”, por excelência).

 

A CRIAÇÃO E O DILÚVIO

 

Marduk é convidado pelos outros Deuses para combater Tiamat, a divindade do oceano. Recebe deles todos os poderes. Vence Tiamat, impõe limites ao mar, cria o homem com a argila, a fim de que haja um ser que adore, sirva e conserve os Deuses. Alguns Deuses, descontentes com os homens, decidem destruí-los. Enill ou Bel organiza o cataclismo. Um dos Deuses, Ea, aparece em sonho a um homem de quem gostava, Ut-Napíshtim, e ordena-lhe que construa um navio. O homem neste navio coloca sua família, seus trabalhadores, seu gado, seus animais campestres e sementes. O dilúvio começa, afoga todos os homens. Os Deuses horrorizam-se com tal espetáculo e a Rainha dos Deuses Ishtar, lamenta-se: “A antiga raça dos homens voltou a ser argila e eu concordei com esse ato funesto, no Conselho dos Deuses, quando consenti nesta tempestade que destruiu meu povo!” A tempestade desabou durante sete dias. Ut-Napishtim solta uma pomba, que volta, depois uma andorinha, que torna a voltar, depois um corvo que não regressa. Fez o navio parar e ofereceu no cume da montanha, um sacrifício em torno do qual os Deuses se juntaram. O Deus que organizou o cataclisma, Enlil queixa-se a Ea, que revelou seu plano de traição. Depois que tudo se acalmou entre os Deuses Ea conferiu a imortalidade a seu favorito Ut-Napishtim e à sua mulher.

 

A CIDADE DE BABILÔNIA

 

Quando Babilônia prevaleceu sobre as outras cidades, seu deus Marduk tornou-se o grande Deus. No tempo de Hamurabi, ele absorve os outros Deuses, considerados como seus diferentes aspectos, enquanto ilumina as trevas ele é Sim, como Deus da dominação é Enlil, enquanto Deus da justiça é Shamash, e assim por diante. Nabucodonosor (605-562) considera Marduk, senão na prática pelo menos em teoria, seu Deus único e pessoal. Nenhum monarca da Mesopotâmia fez uma concepção da divindade tão semelhante ao monoteísmo. A religião do Estado era e continuou politeísta. Foi Shamash, isto é, Marduk considerado sob o aspecto da Justiça que, no começo do ano 2000 antes de cristo, teria ditado ao grande soberano Hamurabi um código de 282 artigos, dos quais alguns processos de sindicância são sumários e algumas penalidades exageradamente severas, mas que, no entanto contém muitas normas razoáveis. A religião só intervém na introdução e na conclusão do código, o que permitiu dizer que os babilônicos já haviam separado, em parte, a religião do direito.

 

LENDAS BABILÔNICAS

 

Ao lado do Marduk, a divindade mais popular é Ishtar, Deusa da estrela da manhã e da estrela da noite (atribuída ao planeta Vênus), do amor, da maternidade e da fecundidade. Prostitutas sagradas (sacerdotisas) são empregadas em seus templos, onde possivelmente realizavam-se os cultos tântricos, ou se usava a sexualidade como meio de atingir a transformação, por isso eram consideradas prostitutas sagradas. Ishtar é a mãe, esposa e amante de Tamuz, também chamado o filho, o pastor, o senhor. Ele morre segundo certas lendas, por um javali, em outras pela própria Ishtar que desce aos infernos em busca de seu amante. Ao descer aos infernos, em cada uma das sete portas ela deve deixar uma peça de suas vestes, chega nua a frente da Rainha dos Infernos que a conserva prisioneira. Durante o tempo de cativeiro, a terra seca, torna-se estéril, o desejo acaba, homens e animais vão desaparecendo. Os Deuses receando ficar sem sacrifícios, intervêm junto às divindades infernais. Ishtar é libertada, volta à terra acompanhada por Tamuz ressuscitado. Segundo alguns textos posteriores o jovem Deus passa a pertencer, numa metade do ano à Deusa do amor, em outra à Deusa dos infernos. Explica-se assim, a morte da natureza no inverno, seu renascimento e justificam-se os ritos destinados a assegurar o retorno da vegetação. As mulheres lamentam o desaparecimento de Tamuz e os dramas sagrados comemoram a paixão e a ressurreição do Deus.

 

LENDAS E CULTOS ASSÍRIOS

 

 

Outra lenda liga Ishtar ao rei da Assíria, Sargon I. Filho de pai desconhecido, é exposto numa cesta de caniço no Eufrates, salvo por um camponês, amado por Ishtar que o faz ascender à realeza. Ao tempo de Hamurabi, em que todos os Deuses concentram-se em Marduk, o nome da semita Ishtar torna-se sinônimo do nome comum “Deusa”, e todas as outras divindades femininas quase desaparecem diante dela. Embora venerando outras divindades, os assírios possuem um Deus principal que foi, a princípio, o Deus local da cidade de Assur, antes de tornar-se seu Deus nacional. Os assírios, tendo organizado a mais temível força militar que o mundo conheceu antes de Roma, acreditavam honrar seu Deus através de abomináveis crueldades. Outros aspectos da vida religiosa, sobretudo na Caldéia, são menos odiosos. Os salmos da penitência pedem aos Deuses perdão pelos pecados cometidos seja contra eles, seja contra outros homens, sendo alguns desses textos comparados aos salmos do Antigo Testamento. O regime político é sempre, quer na Babilônia, quer na Assíria, uma teocracia. Todo o poder emana de um Deus ou dos deuses. O rei é representante do Deus na terra. Seu primeiro dever é entreter os Deuses. Tal é o objetivo do sacrifício que é o ato essencial do culto. O animal do sacrifício parece ser um substituto do fiel, que deveria ser ele próprio comido pelos Deuses. Como o diz um poema: “Ele entregou o cordeiro pela sua vida. Ele entregou a cabeça de cordeiro por cabeça de homem.” Todas as práticas do bode expiatório, todas as esperanças de salvação pela imolação de um cordeiro divino, são consequências ocidentais do sacrifício caldeu. A adivinhação pelo fígado de carneiro levou os babilônicos a várias observações anatômicas. Por outro lado, os astros observados do alto das ziggurats, ocuparam grande espaço em seu pensamento, dando grande consideração aos presságios do céu. A astrologia conduziu, assim, a importantes pesquisas nos astros e, por essa via, a precisas conclusões sobre o determinismo da natureza, bem como sobre a medida do tempo. Os caldeus distinguiram os dias fastos dos nefastos, originando os sabás. Os sete dias da semana foram designados pelos nomes dos planetas sagrados, tradição respeitada pelos gregos e romanos. Muitas ideias religiosas, difundidas posteriormente provem desta Mesopotâmia, onde os judeus foram obrigados a habitar durante o cativeiro da Babilônia, como o valor do céu, o valor do sacrifício expiatório, os mitos da criação e do dilúvio, e a explicação das variações das estações pela morte e pela ressurreição de um Deus.

 

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Publicado em ASSÍRIO-BABILONICOS