Ovos de dinossauro de 70 milhões de anos são encontrados na China
Trabalhadores chineses encontraram cinco fósseis de ovos em um canteiro de obras na cidade de Foshan, na província chinesa de Guangdong, na última segunda-feira, segundo a Televisão Central da China (CCTV, na sigla em inglês). De acordo com o arqueólogo Qiu Licheng, do Guangdong’s Archaeological Institute, que recolheu as amostras, os ovos pertencem a dinossauros herbívoros que viveram há 70 milhões de anos. Os fósseis estavam encrustados em arenito a 7,5 metros do solo, e, apesar de três não estarem inteiros, dois estavam mais conservados e continham marcas visíveis de veias em suas cascas. Além de revelar características dos dinossauros, a descoberta pode ajudar a compreender como se deu a mudança climática e a evolução sedimentar da região, que, no passado, era uma bacia hidrográfica. Os ovos têm em torno de 13,5 centímetros de diâmetro e foram enviados para o museu local para análise, com o objetivo de determinar a sua idade exata e a qual espécie pertencem. A descoberta também tem que ser validada por outros pesquisadores da área antes de ter os resultados científicos comprovados.
Ovos de dinossauros já foram encontrados na província de Guangdong em 1980 e em 2015, quando paleontólogos descobriram 43 desses fósseis. Por ter sido uma bacia hidrográfica, os pesquisadores acreditam que a região era utilizada para a proliferação de animais e, devido aos sedimentos, estes vestígios foram conservados. “Há duas coisas especiais sobre a Bacia de Sanshui: ela é rica em minerais e rica em fósseis, como ovos de dinossauros do período cretáceo (entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás) ou fósseis de peixe do período Paleogeno (entre 65,5 milhões e 23 milhões de anos atrás). Essa descoberta é muito importante para a nossa pesquisa sobre a variação das mudanças climáticas ao longo do tempo e ambiente sedimentar”, disse Liu Jianxiong, geólogo chefe de Foshan à CCTV.
Fonte: Veja
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Pela 1ª vez, rabo de dinossauro é encontrado preservado em âmbar
Pela primeira vez, cientistas encontraram uma cauda completa de dinossauro preservada em âmbar. Com 3,6 centímetros e recoberta de plumas, ela pertence a um pequeno exemplar do grupo Terópoda, do qual faz parte o Tiranossauro rex e o velociraptor. Segundo os cientistas, a descoberta é uma evidência a mais de que os dinossauros – especialmente os carnívoros – eram recobertos de plumas coloridas.
“É uma descoberta única. É uma cauda com oito vértebras de um indivíduo jovem, recoberta de plumas preservadas em três dimensões e que guarda detalhes microscópicos”, afirmou em comunicado o paleontólogo Ryan McKellar, do Royal Saskatchewan Museum, no Canadá, e um dos autores do estudo com a descrição da descoberta, publicado nesta quinta-feira no periódico científico
De acordo com Lida Xing, a pesquisadora que liderou o estudo e assina a pesquisa publicada na revista Current Biology (via National Geographic), a descoberta confirma a suspeita crescente de que, diferentemente do que acreditávamos até poucos anos atrás, os dinossauros tinham, sim, penas como as aves modernas.
O âmbar tem apenas 3,5 centímetros de diâmetro. Análises feitas em laboratório indicaram que a cauda pertenceu a um jovem animal do grupo dos Coelurosauria, um dinossauro com formato semelhante ao de uma galinha, mas de comportamento predatório e com até 3 metros de comprimento. É o mesmo grupo que incluía os tiranossauros.
Ainda segundo Lida Xing, o achado representa um importante avanço nos estudos sobre a evolução dos dinossauros e seu "parentesco" com as aves modernas. A amostra foi encontrada em uma mina de âmbar ao norte de Myanmar, onde acredita-se estar localizada a maior concentração de fósseis do Período Cretáceo (época datada entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás).
A esperança dos pesquisadores é de que, asism que o conflito interno entre o governo de Myanmar e as milícias do Estado de Kachin for resolvido, mais descobertas como essa sejam feitas, com mais cientistas tendo acesso ao local. "Talvez encontremos um dinossauro completo", diz Lida.
Fonte: Current Biology
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Extinção de dinossauros foi 'azar', diz estudo
A extinção dos dinossauros se deu graças a uma trágica conjunção de fatores, segundo um estudo publicado na revista especializada "Biological Reviews". Várias espécies atravessavam um período de fragilidade quando um asteroide atingiu a Terra há 66 milhões de anos. Fatores como elevação dos níveis do mar e alta atividade vulcânica já vinham reduzindo algumas populações de dinossauros. O estudo reuniu 11 especialistas britânicos, canadenses e americanos para avaliar as mais recentes descobertas sobre a extinção dos gigantes de sangue frio. "Os acontecimentos formaram uma tempestade perfeita no momento em que os dinossauros estavam mais vulneráveis", afirmou à BBC o estudioso Steve Brusatte, da Universidade de Edinburgo.
Brusatte disse que se o choque do asteroide tivesse ocorrido 5 milhões de anos antes, as chances de sobrevivência dos dinossauros seriam maiores, uma vez que os "ecossistemas eram mais fortes, mais diversificados" e a "base da cadeia alimentar, mais robusta".
Segundo o especialista, populações de dinossauros tiveram diversas altas e baixas ao longo da sua existência, mas sempre se recuperaram. "Se eles pudessem ter tido alguns milhões de anos a mais para recuperar a sua diversidade, teriam tido chances maiores de sobreviver ao impacto do asteroide." Foi a extinção dos dinossauros que permitiu a evolução de outras espécies, como mamíferos. Por isso, Steve Brusatte diz que se o asteroide não tivesse atingido a Terra naquele momento histórico, o mundo seria provavelmente dominado por dinossauros até hoje.
Mais que isso: o especialista acredita que, se tivessem continuado, "certamente é possível" que os dinossauros tivessem desenvolvido inteligência. A hipótese, no entanto, é minimizada por outro especialista, o professor Simon Conway-Morris, da Universidade de Cambridge. Conway-Morris afirma que o experimento evolucionário sobre a inteligência dos dinossauros já aconteceu. "Nós os chamamos de corvos", brincou. Segundo as evidências científicas, as aves evoluíram a partir de um grupo de dinossauros - e nem assim um dos pássaros mais inteligentes, o corvo, atingiu o nível de inteligência dos seres humanos. Conway-Morris acredita que, mesmo sem o fatídico asteroide, os dinossauros não teriam sobrevivido até os dias de hoje, porque outros grupos de animais teriam desenvolvido inteligência e passado a usar ferramentas. "Deste momento em diante, os dinossauros teriam virado pó", afirmou.
Fonte: Portal G1
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