A maioria (55%) das 2.004 pessoas entrevistadas por uma pesquisa feita pelo site HuffPost do Reino Unido afirmou que ateus tendem mais a ser boas pessoas, morais, do que religiosos, porque não sofrem a influência de pregações de ódio das religiões. Por isso, para 60% deles a religião tem causado mais mal do bem. Até mesmo 20% dos britânicos que se descreveram como “muito religioso” afirmaram que a religião é mais prejudicial à sociedade do que benéfica. A pesquisa mostrou que os jovens têm uma visão mais positiva da religião. Cerca de 30% dos entrevistados de 18 a 24 anos acreditam que a religião faz mais bem do que mal, contra 19% de quem se situa na faixa de 55 a 64 anos. Para Linda Woodhead (na foto abaixo), professora de sociologia da religião na Universidade de Lancaster, a percepção dos britânicos de que a religião é maléfica se deve, entre outras coisas, aos escândalos sexuais envolvendo padres católicos e rabinos, aos conflitos no Oriente Médio e aos ataques islâmicos de terror.

Além disso, afirmou ela, as lideranças religiosas estão se distanciando da defesa da igualdade, diversidade e tolerância — valores liberais adotados por não religiosos e ateus. Ela disse que a pesquisa confirma o senso comum sobre a Grã-Bretanha de hoje: a moralidade nada tem a ver se a pessoa é ou não religiosa. “A maioria das pessoas entende que os valores pessoais e sociais não estão ligados a sistemas de crenças religiosas, mas são resultados de nossa herança moral e da experiência como seres humanos”, disse. “Somos por natureza animais sociais e gentis que cuidam uns dos outros porque nos reconhecemos nos iguais.” É não é só isso, disse Woodhead, porque os britânicos também entendem que as crenças religiosas podem ser prejudiciais à moralidade, incentivando a intolerância e a inflexibilidade em nome de uma divindade.

Fonte: HuffPost  

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O sociólogo Clemir Fernandes é coordenador de uma pesquisa que constatou, entre outros dados, que os evangélicos são "incontestavelmente” o grupo mais numeroso e disseminado nos presídios, principalmente no Rio de Janeiro. A pesquisa “Assistência religiosa em prisões do Rio de Janeiro: um estudo a partir da perspectiva de servidores públicos, presos e agentes”, do Instituto de Estudos da Religião, será publicada nas próximas semanas. “Esta predominância acompanha uma tendência de crescimento dos evangélicos na sociedade apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, disse Fernandes. Ele destacou que, comparando o Censo de 2000 com o de 2010, houve o crescimento de 61% de evangélicos.

A pesquisa de Fernandes mostra que a mudança do perfil dos presidiários, com o aumento significativo de evangélicos, tem apaziguado as detenções, tornando o ambiente menos tenso tanto para os presos como para os funcionários. O aspecto negativo é que, como “donos” dos presídios, os evangélicos acabam obtendo privilégios, como celas especiais, o que, no caso do Rio, não é permitido. De acordo com as orientações da Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária), os presidiários têm de ser distribuídos nas celas de acordo com o tipo de  seu crime, não tendo como referência a religião de cada um deles. O Seap aprovou 100 instituições religiosas para dar assistência espiritual nos presídios fluminenses. Do total, 81 são igrejas evangélicas (47 pentecostais, 20 de missão e 14 de outras origens). 

Os católicos habilitaram oito instituições; espíritas, seis; Testemunhas de Jeová, três; umbandistas, uma, e judeus também uma. A pregação dessas entidades dentro dos presídios é feita por 1.194 voluntários. Alguns poucos presídios têm pastor em tempo integral. Trata-se de pessoa que, antes de ser preso, já era pastor e que acabou cometendo algum delito grave. Esse é o caso de Ronaldo da Cruz Magalhães, 49, que é “pastor interno” de um presídio do Rio de Janeiro. Na prisão, ele celebra cultos e batismo e é o responsável por um coral de evangélicos. Magalhães foi preso por se envolver em tráfico de drogas. Em 2011, o CNPCP (Conselho Nacional de Polícia Criminas e Penitenciária), órgão do Ministério da Justiça, divulgou uma resolução proibindo que pastores e seus prepostos cobrassem dízimo dentro dos presídios, ficando também impedidos de vender material religioso. Até agora, ao que parece, esse resolução não "pegou".

Fonte: Paulopes

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O funcionário do Ministério Público em Piracicaba (SP) Regis Montero foi expulso do plenário da Câmara na noite desta segunda-feira (29) por não ficar em pé durante a leitura de um trecho da Bíblia. A sessão chegou a ser interrompida pelo presidente do Legislativo João Manoel dos Santos (PTB) para a retirada do servidor, que foi levado pelo braço por um policial militar e por um guarda municipal. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) considera o ato inconstitucional. Em imagens disponibilizadas no site da câmara, o vereador André Bandeira (PSDB) começa a leitura da Bíblia quando foi interrompido pelo presidente da Casa. Santos pediu que o servidor que estava sentado ficasse em pé durante o ato ou que se retirasse. Após uma discussão, o manifestante foi expulso à força do prédio.

O presidente da Câmara afirmou que apenas cumpriu o Regimento Interno da Casa. Ele nega que o ato de retirar o servidor tenha sido inconstitucional. Já o diretor jurídico do Legislativo de Piracicaba, Robson Soares, disse que Montero fazia ‘baderna’ e que ‘tumultuava’ a sessão naquele dia. “O ato da leitura bíblica está no artigo n° 121 do Regimento Interno. É algo presente nas sessões desde a criação do Legislativo piracicabano. Não obrigamos ninguém a acompanhar a leitura, mas que essa pessoa respeite as regras da Casa ou que se retire”, afirmou Soares. Ainda segundo o diretor jurídico, o homem desrespeitou os funcionários, os vereadores e os policiais durante a discussão. “Não é a questão constitucional que está em pauta, mas o desrespeito do homem com quem estava lá tentando trabalhar”, disse o funcionário.

Segundo uma pessoa presente no plenário durante a confusão, e que pediu para não ser identificada, o movimento ‘Reaja Piracicaba’, que tem feito várias manifestações recentemente, está sendo responsabilizado pelos parlamentares pelo ocorrido na segunda-feira. “Já não basta o desrespeito do próprio vereador Laércio Trevisan Junior (PR) quando fala olhando para o plenário. Segundo o mesmo Regimento, quem utiliza a tribuna deve falar ao presidente”, afirmou. O presidente da OAB de Piracicaba, Odinei Assarisse, afirmou que o acontecido na Câmara desafia o que está na Constituição Federal. “Acredito que é inconstitucional, pois o estado brasileiro é laico. Ninguém pode ser impedido de acompanhar a sessão na Câmara por não ser católico“, pontuou o advogado. Ainda segundo Assarisse, a expulsão do homem foi uma ‘medida exagerada’ por parte dos vereadores. O presidente da OAB de Piracicaba também disse que cabe uma medida judicial por parte do homem retirado do prédio do Legislativo. ”Se o servidor se sentiu ofendido, cabe a ele tomar as atitudes necessárias. Não vejo motivo para a retirada dessa pessoa do plenário. Foi um exagero”, disse. A Guarda Municipal e a Polícia Militar de Piracicaba, por meio das respectivas assessorias de imprensa, afirmaram que apenas ‘cumpriam ordens’ do presidente da Câmara.

Montero informou que não descarta acionar a Câmara juridicamente pelo ato. "Já estive outras vezes no Legislativo e isso nunca havia acontecido", afirmou. Ele disse também não lembrar se havia ficado sentado nas sessões durante leitura da Bíblia em outras ocasiões. O servidor disse que faz parte do Movimento Reaja Piracicaba se for considerado que ele é contra o aumento do salário dos vereadores.

Fonte: Portal G1

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