Durante gerações, os membros da paróquia sussurraram seus pecados nos confessionários da igreja católica Notre-Dame-du-Perpétuel-Secours. Mas, num dia recente, o comediante Sugar Sammy foi filmado dentro de um desses confessionários, a mais recente celebridade a participar do talk show “Y’a du monde à messe", ou “A igreja está lotada".

“Gravei um vídeo pornográfico para ganhar fama, pois pensei que esse fosse o caminho para a glória", disse Sammy, fingindo seriedade enquanto a câmera se aproximava do seu rosto, visto por trás do véu de madeira. “Não deu certo, pois ninguém assistiu.”

O espaço, antes sagrado, foi reinventado como o Théâtre Paradoxe a um custo de quase 3 milhões de dólares. O lugar recebe agora eventos como shows de bandas cover do Led Zeppelin, aulas de Zumba e festas fetichistas, além do programa de entrevistas do qual Sammy participou.

Ainda que a antiga igreja tenha recebido recentemente uma festa do crucifixo no dia das bruxas, com dançarinas em trajes sumários diante de uma cruz, o diretor do teatro, o católico Gérald St-Georges, sublinhou que a função do espaço ainda é sagrada. Ali, ex-viciados e pessoas que não completaram o ensino médio aprendem habilidades técnicas cenográficas que lhes permitem entrar no mercado de trabalho. Ele disse, “Continuamos fiéis à missão da igreja, que é servir à comunidade".

A transformação radical reflete o declínio da Igreja Católica numa província canadense onde 95% da população frequentava a missa nos anos 1950, mas apenas 5% o fazem hoje. A queda, somada ao aumento vertiginoso dos custos de manutenção, levou arquitetos, grupos de defesa do patrimônio e a própria igreja a pensar de maneira criativa para a conservação de edifícios históricos. Pelo menos 547 igrejas de Quebec foram fechadas, vendidas ou transformadas.

O arcebispo de Montreal, Christian Lépine, disse, “É triste quando uma igreja é fechada ou transformada, mas temos que aceitar a realidade". Depois que uma igreja é escolhida para conversão, os restos humanos eventualmente sepultados nela são transferidos para um cemitério católico. Muitos arquitetos procuram manter alguns detalhes como homenagem à herança religiosa do edifício.

Depois que a igreja local de Sainte-Élizabeth-de-Warwick, cidade no centro de Quebec com população de 400 habitantes, foi transformada numa empresa de queijos alguns anos atrás, os novos proprietários decidiram manter uma pequena capela para atender à comunidade. Mas alguns moradores se recusam a participar de uma missa de domingo numa igreja cuja antiga nave é agora ocupada por queijos em processo de cura.

Jean Morin, proprietário da La Fromagerie du Presbytere - que comprou a igreja por 1 dólar, investiu 1,2 milhão de dólares na sua reforma e, depois disso, ganhou o grande prêmio dos queijos canadenses -, disse que a transformação salvou o edifício para as gerações futuras.

Na academia de ginástica Saint Jude, no bairro de Plateau-Mont-Royal, em Montreal, os sócios desfrutam de uma banheira quente externa. O redator de publicidade Olivier Pratte, 31 anos, destacou que embora sua avó fosse religiosa, seus pais e sua geração não o eram.

“Minha avó fica feliz sabendo que passo algum tempo na igreja", disse ele, “ainda que eu esteja exercitando os músculos, e não a espiritualidade".

Fonte: Estadão

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O Papa Francisco estaria "furioso" depois que policiais, supostamente, acabaram com uma orgia gay regada a drogas no Vaticano, no apartamento de um padre de alto escalão da Igreja. A informação é do jornal italiano Il Fatto Quotidiano, que noticiou que a polícia teria invadido o apartamento do padre depois que vizinhos reclamaram de comportamento estranho e "pessoas entrando e saindo" do local. Lá dentro, eles teriam topado com uma orgia gay e muitas drogas. O jornal italiano informou que o Papa estava furioso com a notícia. O organizador da festinha era um assessor de 50 anos do Cardeal Francesco Coccopalmerio — presidente de muitas congregações, incluindo do Conselho Pontífice de Textos Legislativos — chamado Luigi Capozzi. Coccopalmerio é uma figura importante na Igreja, sendo um dos conselheiros-chave do Papa — ele foi indicado ao posto em 2007 por intermédio do Papa Bento. 

 

O apartamento onde tudo aconteceu era de propriedade da Congregação para Doutrina da Fé – às vezes chamado de Palácio do Santo Ofício – e um frequentador típico do lugar era Coccopalmerio. Capozzi, que é um monsenhor, foi preso quando a orgia foi desbaratada, mas nenhuma queixa foi prestada ainda. Capozzi também teria sido levado a um hospital para se desintoxicar das drogas que consumiu. Além de seguidos escândalos de pedofilia, parece que o Vaticano está passando, na falta de um termo melhor, por um pequeno problema de orgias. Em 2015, um padre de 50 anos no sul da Itália foi suspenso por se envolver em orgias gays, e no começo do ano, um padre de Nápoles foi suspenso por alegações similares. O Il Fatto Quotidiano informou que a aposentadoria de Coccopalmerio pode ser acelerada como resultado da orgia do assessor.

Fonte: ILFattoQuotidiano

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A Polícia da Austrália acusou o cardeal George Pell (foto abaixo) de “crimes históricos” de pedofilia. Principal assessor financeiro do papa Francisco, Pell é a mais alta autoridade do Vaticano sob acusação de ter cometido uma série de abusos sexuais a menores de idade. Quando foi chamado para o Vaticano, o cardeal já sofria suspeita de ser um predador sexual. Shane Patton, da polícia do Estado australiano de Victoria, informou que Pell foi intimado a comparecer em um tribunal em meados de julho de 2017 para responder a acusações de supostas vítimas. O cardeal nega ter praticado qualquer tipo de abuso, mas em 2016 admitiu ter cometido “enormes erros” ao permitir que padres estuprassem crianças. Estima-se que as denúncias de abuso atinjam 7% do clero australiano, o que é um índice elevado. O caso Pell coloca Francisco em uma situação constrangedora, porque o papa vem repetindo que a Igreja passou a adotar tolerância zero com os sacerdotes pedófilos.

Fonte: Paulopes, Los Angeles Times

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Obras de autores da literatura e da filosofia como Thomas Hobbes, René Descartes e Victor Hugo fizeram parte do Index Librorum Prohibitorum – lista de livros proibidos criada pela Igreja Católica na Idade Média. O Index foi criado como uma defesa da Igreja diante da invenção da prensa (e consequente popularização dos livros) e da Reforma Protestante, que ameaçavam a autoridade católica. A primeira edição, oficializada em 1559 pelo papa Paulo 4º, tinha 550 obras censuradas. A 32ª e última edição, de 1948, tinha 4 mil títulos. Os livros reprovados (imorais ou contrários à doutrina) eram queimados. Em 1966, o documento foi extinto por Paulo 6º. Ainda assim, até hoje autoridades do clero podem emitir um alerta sobre os riscos de algumas publicações, o admonitum (“advertência” em latim). “Na prática, é um aviso de cuidado para os leitores sobre determinada obra”, afirma Sergio Rodrigues, professor de teologia da PUC-PR. O Código da Vinci e Harry Potter são exemplos de livros não recomendados pela Igreja.

Os malditos autores e obras que já estiveram no Index

 

AUTOR – Thomas Hobbes
OBRA – Toda
O matemático e filósofo inglês foi listado no Index por acreditar que o medo leva os homens a serem submissos a uma forma soberana de poder (como a Igreja, por exemplo). Em O Leviatã, Thomas citou ainda que a adoração aos santos não era permitida pela Bíblia e que o povo seria induzido pelo papa a ouvir uma falsa interpretação do livro sagrado

 

AUTOR – Gustave Flaubert
OBRA – Madame Bovary
Publicado em 1857, o livro é sobre uma jovem burguesa que trai o marido – tratar de adultério seria o pecado da obra. Flaubert também satiriza a burguesia ao narrar a vida entediante de Bovary e das pessoas a seu redor. O autor chegou a ser julgado na época, acusado de criar uma personagem ofensiva

 

AUTOR – René Descartes
OBRA – Toda
O autor da famosa frase “Penso, logo existo”, em O Discurso Sobre o Método (1637), sugeria que só existe aquilo que pode ser pensado racionalmente. Essa ideia tende a excluir as dimensões da vida que não cabem no racional, como a fé. A possibilidade de encarar Deus racionalmente incomodava a Igreja

 

AUTOR – Victor Hugo
OBRA – Os Miseráveis e O Corcunda de Notre-Dame
Os Miseráveis
 retrata o governo como opressor e a miséria da sociedade. Já O Corcunda de Notre-Dame mostra o deformado Quasímodo sendo julgado pela aparência. As obras eram perseguidas por serem consideradas sensuais e por denunciarem a desigualdade social

 

AUTOR – Alexandre Dumas
OBRA – Várias
Os livros do francês não eram bons exemplos para os fiéis. Em O Conde de Monte Cristo, personagens se envolvem em suicídio, adultério e consumo de haxixe. Além disso, a obra gira em torno do sentimento de vingança – o que seria incompatível com o cristianismo

 

Lista negra
Obras eram avaliadas minuciosamente

 

No período em que o Index existiu, livros inéditos só eram impressos se recebessem aprovação de um bispo e o selo de imprimatur (“que seja impreso”, em latim). Países católicos obedeciam, mas em outros, como a Alemanha, de maioria protestante, a Igreja não podia proibir publicações. Se a ofensa não fosse grave, alterações eram sugeridas ao autor. Em casos de obras denunciadas pelos fiéis, avaliadores preparavam um relatório, que era discutido pelo alto clero antes de ser encaminhado ao papa para a avaliação final.

Fonte: Mundo Estranho

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Denúncias com base em documentos secretos vazados na Itália afirmam que as finanças do Vaticano são marcadas pela má gestão e pelo uso de doações para os pobres para manter o estilo de vida luxuoso de cardeais. O escândalo, batizado de novo "Vatileaks", surgiu com o lançamento de dois livros que serão publicados nesta semana, escritos com base em documentos secretos que revelariam os males da Cúria Romana e uma forte resistência às reformas financeiras que o papa Francisco tenta implementar. Os documentos teriam sido fornecidos pelo padre espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda e pela laica italiana Francesca Chaouqui, acusados e detidos pelo Vaticano no último fim de semana por roubo de textos confidenciais.

Os livros, que serão publicados nesta semana, são "Avaricia" de Emiliano Fittipaldi, da revista L'Espresso, e "Via Crucis", de Gianluigi Nuzzi, jornalista do grupo de televisão Mediaset. Segundo a imprensa italiana, as obras revelam sobretudo a oposição interna às reformas financeiras do papa Francisco.

De acordo com Fittipaldi, o Vaticano emprega os recursos de doações para os pobres na sua administração central. Cerca de 400 milhões de euros teriam sido desviados do "Óbolo de São Pedro", com doações provenientes de todo o mundo, para a Cúria Romana.

Vários cardeais, inclusive aposentados, residem em luxuosos apartamentos às custas da Cúria Romana, afirma Nuzzi, autor de outro livro com documentos roubados do escritório do papa Bento 16 e que marcou o final desse pontificado.

Segundo o autor, devido à má gestão das finanças vaticanas, foram registradas "perdas por diferenças no inventário" e "buracos" de até 700 mil euros no balanço do supermercado do Vaticano e de 300 mil euros no da farmácia vaticana.

Nuzzi disse ainda que o papa presidiu uma reunião a portas fechadas em 2013, lamentando que "os custos estejam fora de controle", após indicar um aumento de 30% do número de funcionários em 5 anos.

Segundo Nuzzi, tanto Vallejo como Chaouqui, suas "fontes", queriam "ajudar o papa" com a publicação dos documentos aos que tiveram acesso, como os especialistas da Comissão encarregada de estudar as reformas econômicas da Santa Sé.

"Não é uma maneira de ajudar a missão do Papa", advertiu na segunda-feira (2) o Vaticano, que os considera "traidores" e ameaçou denunciá-los inclusive penalmente se for o caso.

"Este trabalho começou há um ano e baseia em informação verificada", garantiu Fippipaldi. "Entendo que o Vaticano esteja preocupado (...). A investigação revela a distância entre a posição do papa e o funcionamento real", comentou o jornalista.

Os livros citam e-mails, atas de reuniões, conversas privadas gravadas e notas que demonstram o excesso de burocracia, a má gestão, o desperdício e os gastos milionários com aluguéis.

Desde o início do seu pontificado, Francisco critica em público a Curia Romana, que, para ele, é um centro de "intrigas, fofocas panelinhas com ambições de fazer carreira".

No passado, durante as celebrações do Natal, o pontífice descreveu as "15 doenças da Cúria", entre elas o "Alzheimer espiritual".

Fonte: Portal G1

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Sou uma boa pessoa que entregou a vida a Deus”, disse a freira Kosaka Kumiko. Ainda vestindo seu hábito, mas algemada e usando um colete à prova de balas, a religiosa declarou ser inocente perante o juiz que a acusa de ajudar e encobrir os sacerdotes que, durante anos, abusaram sexualmente das crianças surdas que estavam sob seus cuidados no Instituto Provolo, em Mendoza, na Argentina. Kumiko chegou ao colégio em 2007, vinda do Japão, e durante seis anos foi “o diabo com rosto de mulher” por trás dos estupros, como disse um dos advogados das vítimas. Essas mesmas crianças foram agora os algozes judiciais da freira: em março, uma adolescente contou que, quando tinha apenas cinco anos, Kumiko colocou-lhe uma fralda para esconder o sangramento produzido pelos estupros sistemáticos aos quais era submetida por vários sacerdotes da ordem. A mulher também tinha a missão de selecionar as crianças mais “submissas” e entregá-las como presas aos padres. Agora está presa, depois de ter fugido durante mais de um mês.

O Instituto Provolo, em Mendoza, foi notícia na Argentina em dezembro do ano passado, quando a justiça prendeu os sacerdotes Nicolás Corradi, de 82 anos, e Horacio Corbacho, de 56, acusados de “abuso sexual agravado com acesso carnal e sexo oral” contra pelo menos vinte crianças deficientes auditivas com idades entre 10 e 12 anos. Os alunos eram forçados a praticar sexo oral na presença dos padres e alguns foram estuprados e espancados, de acordo com suas próprias declarações.

O chefe do inferno era Corradi, que chegou à Argentina nos anos 60, vindo do Instituto Antonio Provolo de Verona. A Igreja o mandou para a Argentina para protegê-lo de dezenas de denúncias de estupro. Não lhe retirou os hábitos, mas o afastou o mais possível do escândalo. Os abusos e espancamentos de Corradi continuaram no país sul-americano, primeiro em La Plata e depois em Mendoza, a 1.000 km a oeste de Buenos Aires. Nos últimos anos, Corradi encontrou em Kumiko uma cúmplice de peso, uma mulher com carisma entre as crianças e imune à culpa.

A freira faz parte da congregação Nuestra Señora del Huerto e, desde sua chegada ao Provolo, foi responsável por cuidar das 43 crianças que em 2007 dormiam no instituto. Nesse posto ela exerceu, de acordo com as testemunhas, um papel determinante na trama de abusos. As vítimas são agora adolescentes que, pouco a pouco, decidiram falar. No processo figuram a denúncia da jovem que contou como a freira escondia o sangramento dos vexames com fraldas, da outra menor que relata que era enviada por Kumiko ao quarto de Corbacho para ser abusada e os depoimentos “que dizem que a religiosa tocava as meninas, pedia que se tocassem entre elas e via pornografia ao lado do zelador Jorge Bordón (outro preso) em um aparelho de televisão”, disse o advogado Sergio Salinas, da ONG Xumek, encarregado da queixa.

Mas sua principal função era escolher as crianças mais vulneráveis. “Ela batia sistematicamente nelas e a mais submissa era entregue aos estupradores. Quem se rebelava era salvo dos abusos”, disse Salinas ao canal de notícias TN. Quando as provas se acumularam, Kumiko fugiu e se escondeu em Buenos Aires, onde finalmente se entregou. “Sou inocente, não sabia dos abusos”, disse ao juiz.

Os abusos do Instituto vieram à tona em 2008, mas o caso foi arquivado pela justiça. A sucessão de depoimentos finalmente reabriu o caso. O procurador Fabricio Sidoti, encarregado da investigação, contou que “as crianças dizem que eram levadas para a Casa de Deus, um lugar que existe no Instituto, onde ficavam. As vítimas viam o que acontecia pelas frestas da porta”. O escândalo finalmente explodiu em dezembro, o Instituto sofreu intervenção e a Igreja se viu obrigada a reconhecer que algo acontecia no lugar, depois de anos de silêncio.

Naquele momento, a voz oficial estava a cargo do arcebispo de Mendoza, Carlos María Franzini. “Quero esclarecer olhando-os nos olhos, com as mãos limpas e a consciência tranquila, que nunca fomos notificados sobre antecedentes penais que pesaram sobre nenhum dos padres acusados. Tampouco recebemos denúncias ou comentários sobre irregularidades que tivessem acontecido no Instituto”, disse o religioso. Os antecedentes de estupro de Corradi, conhecidos pela Igreja italiana, aparentemente nunca chegaram à Argentina.

Fonte: Jornal El País

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Terça, 14 Maio 2019 10:03

Os 10 papas mais infames da História

10. Alexandre VI (1492-1503): Negócio em família

Membro da família Bórgia, comprou o título, subornando os cardeais. Foi um investimento: por todo seu papado – no qual, aliás, gerou 7 filhos bastardos – desviou dinheiro para a família, vendeu posições eclesiásticas, e mandou matar “hereges” para confiscar sua propriedade. Na imaginação popular, ainda hoje "Bórgia" é sinônimo de libertinagem - a lenda mais picante é que teria cometido incesto com a própria filha. Mas foi também um grande patrono das artes e aceitou em Roma os judeus expulsos da Espanha em 1492.

9. Urbano VI (1378-1389): Choro e ranger de dentes

Seu problema era a falta de diplomacia. Austero e propenso a ataques de fúria, era tão detestado que os cardeais elegeram um segundo papa em seu mandato. Isso deu início ao Cisma do Ocidente, quando o catolicismo teve dois líderes rivais, entre 1378 e 1417  - causando até mesmo uma guerra civil em Portugal, entre facções que apoiavam papas rivais. Sua "solução" foi mandar torturar os cardeais que o rejeitaram, reclamando que não ouvia gritos o suficiente. 

8. Leão X (1513-1521): Papado ostentação

Na inauguração de seu mandato, ele mandou pintar um menino em ouro e fazê-lo desfilar em Roma, anunciando uma nova "Era Dourada". A criança morreu, mas a festa continuou. Esse seria seu crime: a ostentação. Da família Médici, foi criado desde criança para a carreira religiosa, e não parece ter passado por escândalos sexuais. Mas arruinou os cofres da Igreja com sua gastança em arte e arquitetura. O que levou à ideia de cobrar indulgências, pedir dinheiro para absolver os pecados, revoltando certo monge alemão chamado Martinho Lutero. O papa finório nem se incomodou em defender a Igreja do ataque, e o cristianismo seria dividido até hoje.

7. Bonifácio VIII (1294-1303): Ele queria dominar o mundo 

Séculos antes, um papa tinha o complexo que seria chamado "de Napoleão". Declarou o poder absoluto do pontífice sobre todos os outros governantes. Com seu exército, saqueou e queimou a cidade de Palestrina em 1298, fazendo 6 mil mortos. Foi deposto militarmente pelos franceses.

6. Clemente VII (1523-1534): O destruidor acidental da Renascença

Outro com tara por guerra. Membro da família Médici, suas maquinações políticas levaram à Guerra da Liga de Cognac, em que franceses e italianos enfrentaram espanhóis e alemães. Em 1527, uma tropa alemã-espanhola se amotinou com a falta de pagamento e rumou para Roma, que foi saqueada e arruinada. Com isso, Clemente seria o maior responsável pelo fim da  Renascença italiana.

5. Inocente IV (1243-1254): O pai da tortura

Este não foi condenado por seus contemporâneos. Não se envolveu em nenhum escândalo e o que fez era considerado perfeitamente sensato. Mandou confiscar e queimar todos os talmudes, o livro sagrado extra-bíblico dos judeus - mas tentou evitar que eles fossem linchados pelo populacho e exigiu que os cruzados não os massacrassem. Mas a parte mais influente de seu legado seria a bula Ad Extirpanda, de 1252. Ela autorizou e regulamentou o uso de tortura pela Inquisição. A regra era que não podia haver mortes ou amputações, e que as execuções seriam feitas por autoridades seculares - que podiam confiscar a propriedade como ressarcimento pelo serviço prestado - não é difícil imaginar a que isso levou: condenações por "heresia" por puro interesse econômico.

4. João XII (955-964):  O papa Ricardão

Num sínodo, em 963, foi acusado de: inúmeros atos de fornicação, incluindo com sua sobrinha; ter estuprado peregrinas; castrado um padre e cegado outro; fazer brindes aos deuses e ao diabo. Enfim, vivia como um astro de heavy metal. Convocou um sínodo para declarar a si mesmo inocente e mandou mutilar ou matar seus acusadores. Acabou morto por um marido ciumento . 

3. Estêvão VI (896-897): Reanimator

Para agradar aliados políticos, mandou escavar o corpo putrefato do seu pré-antecessor, o papa Formoso, e o pôs num trono para que fosse julgado, no que ficou conhecido como Sínodo do Cadáver. Condenado, o corpo teve os dedos cortados, para que todas suas bênçãos fossem consideradas inválidas. Foi enterrado, desenterrado outra vez e atirado ao rio Tibre. O julgamento causou escândalo e o papa foi preso e estrangulado meses depois.

2. Sérgio III (904-911): Reanimator II - A paródia pornô

Julgar cadáveres não era suficiente para Sérgio, que mandou executar seus dois antecessores. Não suficiente porque ele, de fato, julgou: mandou desenterrar outra vez o pobre Formoso, anulou outra vez todas suas decisões e providenciou um túmulo mais honrado para Estêvão, que havia morrido em desgraça. Era também um grande festeiro: seu papado foi o início da “pornocracia”, o domínio das prostitutas com que os papas se cercavam. Com uma delas, Sérgio teve um filho, que se tornaria o papa João XI (não nesta lista, felizmente).

1. Benedito IX (1032 − 1044, 1045, 1047 – 1048): O vendedor do Trono de Pedro

A razão da pilha de números acima é que o Benedito vendeu seu papado e se arrependeu. O trono papal foi um presente de seu pai, que comprou ou pressionou os cardeais a colocarem ele "na fila". Assumiu pela primeira vez aos 20 anos. Acumulando escândalos e decidido a casar, ofereceu a cadeira a seu padrinho, o padre Giovanni Gratian - ao custo de suas "despesas" com a eleição. Como o casamento não deu certo, voltou à Roma e conquistou a cidade militarmente. Expulso, faria mais uma vez. Foi acusado de assassinatos, estupros, bestialidade, sodomia... enfim, a ficha-corrida média dos piores papas de seu tempo.

 

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O Papa Francisco criticou novamente alguns membros da sua própria Igreja nesta quinta-feira (23), sugerindo que é melhor ser ateu do que um dos "muitos" católicos que levam o que disse ser uma vida dupla e hipócrita. Em comentários improvisados em sermão de missa privada matinal em sua residência, ele disse: "é um escândalo dizer uma coisa e fazer outra. Isto é uma vida dupla". "Existem aqueles que dizem 'sou muito católico, sempre vou à missa, pertenço a isto e a esta associação", disse o chefe da Igreja Católica Romana, que tem cerca de 1,2 bilhão de membros, de acordo com transcrição da Rádio Vaticano. Ele disse que algumas destas pessoas também devem dizer "minha vida não é cristã, eu não pago aos meus funcionários salários apropriados, eu exploro pessoas, eu faço negócios sujos, eu lavo dinheiro, [eu levo] uma vida dupla". "Há muitos católicos que são assim e eles causam escândalos", disse. "Quantas vezes todos ouvimos pessoas dizerem 'se esta pessoa é católica, é melhor ser ateu'". Desde sua eleição em 2013, Francisco disse frequentemente a católicos, tanto padres quanto membros não ordenados, para praticaram o que a religião prega. Em seus frequentes sermões improvisados, ele já condenou abuso sexual de crianças por padres como sendo equivalente a uma "missa satânica", disse que católicos na máfia se excomungam, e disse a seus próprios cardeais para não agirem como se fossem "príncipes". Em menos de dois meses após sua eleição, ele disse que os cristãos devem ver ateus como pessoas boas caso eles sejam boas pessoas.

 

Fonte: Portal G1

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Entre 1980 e 2015, 4.444 incidentes de pedofilia foram denunciados às autoridades eclesiásticas da Igreja Católica na Austrália, mas as denúncias nunca foram investigadas, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira por uma investigação de pedofilia na igreja. Em algumas dioceses, mais de 15% dos padres estavam envolvidos.

Segundo o relatório da Real Comissão sobre Respostas Institucionais para Abusos Sexuais de Crianças, do governo australiano, 7% dos sacerdotes católicos foram acusados de abusar de crianças no país entre 1950 e 2010.

A investigação descobriu ainda que cerca de 20% dos padres de ordens católicas que dirigem institutos de educação na Austrália, como os maristas, foram acusados. A ordem dos Irmãos de São João de Deus teve a mais alta taxa de acusações: 40% dos religiosos estariam envolvidos em casos de pedofilia.

A idade média das vítimas – a grande maioria, do sexo masculino – era de 10,5 anos para as meninas e 11,5 para os meninos. Dos 1.880 acusados de abuso de menores, 90% eram homens – outros 500 agressores não foram identificados.

Fonte: Veja

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Celebridade no Twitter, onde tem mais de 183 mil seguidores, a freira dominicana Lucía Caram provocou a ira da Igreja e de fiéis ao sugerir que Maria, mãe de Jesus Cristo, teve relações sexuais com seu marido, José. A religiosa argentina, que vive na Catalunha, recebeu ameaças de morte e pediu desculpas por seu discurso, mas acusou o governo da Espanha de aproveitar o episódio para promover discórdia entre ela e o Vaticano. Caram é entusiasta da independência catalã. 

— Acho que Maria estava apaixonada por José e que eles eram um casal normal, e ter relações sexuais é uma coisa normal — disse, no programa de TV espanhol “Chester in love”. — É difícil acreditar e aceitar. Acabamos com as regras que inventamos sem chegar a uma mensagem verdadeira.

 

Caram afirmou que a sexualidade é dada por Deus, uma parte básica de cada indivíduo e uma forma de expressão própria. Ainda assim, segundo ela, a Igreja tem lutado contra isso.

 

— Acho que a Igreja não encara este assunto há muito tempo e o varreu para debaixo do debate — opinou. — Este assunto não era tabu, e sim algo considerado sujo ou oculto. Era uma negação do que acredito ser uma bênção.

 

As observações da freira provocaram uma onda de raiva na internet, incluindo uma petição on-line para que ela fosse suspensa de sua Ordem.

 

Suas opiniões foram rapidamente desmentida pelo bispo de Vic, na Espanha, que, em um comunicado, lembrou que a virgindade de Maria faz parte da fé desde o início da Igreja: “Isso foi proclamado pelo Segundo Concílio de Constantinopla, sendo o dogma mariano primário observado pelos cristãos católicos e ortodoxos (...). Lembramos às pessoas que essas observações não estão de acordo com a fé da Igreja e lamentamos a confusão que podem ter causado aos fiéis”. 

Na última quarta-feira, Caram emitiu uma declaração em que disse que havia recebido ameaças de morte depois de sua aparição na TV:

“Quando fui perguntada sobre a Virgem Maria, disse que, na minha opinião, ela obviamente amou José... Eu queria dizer que não me chocaria se ela teve um relacionamento normal de casal com seu marido. Isso chocou muitas pessoas, talvez porque não havia oportunidade de esclarecimento. Mas creio que minha fidelidade e amor à Igreja, ao Evangelho e ao projeto de Jesus são claros, assim como a certeza de que o sexo não é nem sujo nem algo a ser condenado, e que o casamento e o sexo são uma bênção”.

A freira acrescentou que, enquanto pedia desculpas a quem se sentia ofendido, estava preocupada com o modo “fragmentado, ideológico e perverso” com que suas observações foram interpretadas. A freira disse que “alguns sedentos de vingança e impulsionados pelo ódio” mentiram sobre ela e fizeram “ameaças sérias, incluindo à minha vida”.

Fonte: O Globo

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O Milagre de São Januário, que se repete há 627 anos em uma catedral de Nápoles, na Itália, este ano não aconteceu. O sangue do santo, que é armazenado dentro de um frasco histórico, não se liquidificou, de acordo com os jornais locais “La Stampa” e “Corriere Della Serra”.

São Januário foi um bispo de Nápoles que foi martirizado por volta do ano 305 durante uma perseguição. Seu sangue é mantido em uma ampola de vidro e é aberto em três datas por ano: 19 de setembro, 16 de dezembro e o sábado antes do primeiro domingo de maio. Ele é registrado regularmente desde 1389.

 

Às 19h15 da sexta-feira (17), o monsenhor Vincenzo De Gregorio, abade da capela, colocou a relíquia na vitrine em frente aos fieis. Quando o milagre não se repetiu, ele disse: “Não devemos pensar sobre desastres e calamidades. Nós somos homens de fé e temos que continuar a orar”.

 

A falha do milagre é uma previsão de tragédias. Ela é ligada a momentos adversos da cidade: a chegada de uma epidemia de cólera em 1973; o terremoto na região de Irpinia, em 1980; o começo da Segunda Guerra Mundial, em 1939; o ida da Itália à Guerra em 1940; e a ocupação do país pelos nazistas, em 1943. Em 2015, o milagre se repetiu todas as vezes, inclusive quando o Papa Francisco visitou a capela em março, data em que geralmente o sangue não é aberto.

 

Fonte: Portal G1

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A polícia de Sherwood, no Oregon (EUA), não encontrou o padre Ysrael Bien (foto), 34, para prendê-lo — ele tinha voltado às pressas para seu país de origem, as Filipinas. Fiéis estão acusando Ysrael de ter colocado uma câmera escondida no banheiro masculino de sua igreja, a São Francisco. Ela estava conectada à rede wi-fi à qual o padre tinha acesso.

Quem descobriu o dispositivo na caixa de tomadas [ver foto]  foi um garoto de 15 anos, que falou sobre isso com seus pais. A família do adolescente cobrou uma atitude do padre, que respondeu já ter recorrido à polícia, a qual teria concluído, segundo ele, que faltava mais prova sobre o delito.

Fiéis pediram uma cópia do Boletim de Ocorrência, mas o padre admitiu que tinha mentido, que não tinha procurado a delegacia. Eles então denunciaram o padre à polícia. Sem que a arquidiocese soubesse, Ysrael deu no pé antes que fosse pego.

Fonte: Paulopes

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Sacerdote católico há 17 anos, o polonês Krysztof Charamsa, de 43 anos, causou alvoroço dentro e fora do Vaticano após se declarar homossexual e apresentar seu companheiro, o catalão Eduard Planas, em Roma. Para o anúncio, o padre escolheu uma data estratégica: dia 3, véspera do início do Sínodo de Bispos, reunião em que líderes da Igreja Católica discutem, até 24 de outubro, questões relacionadas à família. Em entrevista à BBC Brasil, ele defendeu o anúncio naquele momento por acreditar que "um sínodo que quer falar da família não pode excluir nenhum modelo familiar. Homossexuais, lésbicas e transexuais têm direito ao amor e a construir famílias". Charamsa também tornou público seu "Manifesto de liberação gay", no qual pede o fim da discriminação de pessoas homossexuais por parte da Igreja Católica. Após o anúncio, o padre Charamsa foi afastado de seu trabalho como funcionário da Congregação para a Doutrina da Fé (o antigo Santo Ofício, cuja função é promover e tutelar a doutrina da fé e da moral em todo o mundo católico), em que também era secretário-adjunto da Comissão Internacional Teológica. Além disso, foi demitido das duas universidades católicas em que dava aulas, em Roma. Apesar das consequências imediatas, afirma que sente aliviado. "Sou um padre gay e estou feliz em poder dizer isso abertamente", declara nesta entrevista, concedida em um hotel em Badalona, perto de Barcelona, na Espanha. 

 

BBC Brasil – Após anunciar sua homossexualidade, o senhor tem recebido demonstrações de apoio e críticas. Como vê a repercussão da sua declaração?

Krysztof Charamsa – Por parte do Vaticano, a consequência foi automática. Perdi meu trabalho na Congregação e nas universidades pontifícias. Por outro lado, tenho recebido palavras de conforto, apoio, gratidão e relatos de pessoas que se sentem identificadas e liberadas com meu gesto. Admito que foi um gesto dramático, quase de desespero diante de uma igreja que considero homofóbica, cheia de medo e ódio. Eu vivi o pesadelo da homofobia da minha igreja.

BBC Brasil – Por que o senhor diz que a igreja é homofóbica?

Charamsa – Porque ainda não é capaz de encarar a realidade, não deu o passo dado pela medicina e leis de alguns Estados. Não há nada o que curar na homossexualidade, não é delito ser homossexual. Não se pode viver toda a vida no armário, numa quase esquizofrenia de não aceitação de si mesmo. Você não pode imaginar o sentimento de culpa de um gay crente! A mentalidade cristã fundiu em nós que ser homossexual é pecaminoso e diabólico.

BBC Brasil – Qual é o desafio da Igreja Católica para atrair esse coletivo?

Charamsa – A igreja não faz nada para atrair essas pessoas! Eu trabalhava na Congregação para a Doutrina da Fé, que preparou, de 1975 até hoje, quatro documentos sobre a homossexualidade. Todos se referem aos homossexuais em termos negativos, não à luz da ciência moderna. Os documentos dizem que todo desejo ou ato homossexual não é humano. Como se pode falar assim de uma grande comunidade que sempre existiu em cada época da história?

BBC Brasil – Quando o senhor decidiu que era o momento de dizer ao mundo que é gay?

Charamsa – Sair do armário é um processo difícil e longo, mas hoje vejo o quanto foi necessário e salvífico para mim, me fez feliz, me fez forte. Ao tomar essa decisão, pensei também nas pessoas que por anos vivem em um armário de medo e de ódio.

BBC Brasil – Por que resolveu fazer esse anúncio justo às vésperas do início do Sínodo de Bispos?

Charamsa – Eu queria chamar a atenção da minha igreja que um sínodo que quer falar da família não pode excluir nenhum modelo familiar. Homossexuais, lésbicas e transexuais têm direito ao amor e a construir famílias. Mas até agora o assunto foi marginalizado e estigmatizado.

BBC Brasil – O sr. acredita que a Igreja Católica admitirá o sacerdócio sem celibato?

Charamsa – Isso certamente acontecerá. Diferente da igreja latina, na oriental um padre pode escolher ser celibatário ou casado. Celibato não é uma verdade de fé, é uma disciplina, uma imposição. Vamos em direção a um celibato opcional, muito mais saudável.

BBC Brasil – No Brasil, o Congresso discute o Estatuto da Família, que delimita o conceito de família para homem, mulher e filhos. Até que ponto a igreja influencia discussões desse tipo?

Charamsa – A igreja é uma autoridade mundial e em países latino-americanos sua influência é muito forte, mas pode ser fonte de profundo sofrimento. A igreja tem a ideia falsa de que homossexuais não podem formar família. Acredita que só buscam sexo. Isso é horrível. Não somos maníacos que buscam prazer sexual, somos humanos que buscam amor.

BBC Brasil – Nos últimos anos, a Igreja Católica no Brasil tem perdido fiéis para outras igrejas. Qual o desafio diante desse êxodo?

Charamsa – No Brasil, algumas comunidades evangélicas deram um passo importante para entender os homossexuais. Na Europa, entre anglicanos e evangélicos, já há um pensamento mais adequado sobre homossexualidade. A ética sexual necessita de uma profunda revolução, adequada a uma nova consciência de humanidade e sexualidade.

BBC Brasil – O senhor disse que lhe emocionaram as palavras do papa Francisco, voltando de uma viagem ao Brasil, quando afirmou: "Quem sou eu para julgar um gay?". Por que lhe marcou?

Charamsa – Estou muito agradecido ao papa Francisco, ele é um verdadeiro homem de Deus. As pessoas veem sua transparência, sua verdade, querem escutá-lo. O papa Francisco disse essa frase, mas na igreja há uma instrução de 2005 que julga todos os gays e contradiz suas palavras.

BBC Brasil – O senhor escreveu ao papa para explicar a declaração que faria. Acha que ele vai responder sua carta?

Charamsa – Não sei. Mas comuniquei ao papa Francisco meu estado de ânimo, de alma, de coração. Pedi que a reunião de bispos que ele preside possa discutir não somente a família heterossexual, mas todas as famílias.

BBC Brasil – Acha que a igreja vai proibi-lo de exercer o sacerdócio?

Charamsa – Sim, é possível.

BBC Brasil – Que planos o senhor tem? Pensa ser ativista dos gays católicos?

Charamsa – Ainda não sei, mas penso servir os valores da minha vocação. Sou um padre chamado por Deus como homossexual. Quem viveu tanto tempo no armário precisa de uma palavra de aceitação, esperança, reconhecimento de sua dignidade. Esta é a mensagem do cristianismo: o que podemos dar a esse mundo senão o amor?

Fonte: Portal G1

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A Igreja Católica italiana destituiu do cargo de padre, nesta quarta-feira, o religioso Gino Flaim, de 75 anos, após ele afirmar que as crianças eram em parte responsáveis pelos casos de pedofilia envolvendo religiosos. Ele disse que compreende alguns padres que cometem o crime. A diocese da cidade de Trento comunicou que Flaim foi removido da posição que ocupava na paróquia e proibido de pregar. “Infelizmente, há crianças que procuram afeto, porque eles não têm em casa e se encontram algum padre, este pode cair em tentação. Eu entendo isso”, disse o padre em entrevista ao canal italiano “La 7”. Perguntado se as crianças eram em parte responsáveis pelos casos de pedofilia, Flaim respondeu: “Em muitos casos, sim.” Em um comunicado, a diocese afirmou que os comentários do padre não refletem a posição da diocese sobre o abuso sexual de crianças e contradiz o “sentimento de toda comunidade católica” sobre esse tipo de escândalo. A declaração de Flaim é mais um acontecimento que joga pressão sobre o Sínodo da Igreja Católica, que reúne centenas de religiosos no Vaticano para discutir sobre como a instituição deve se adereçar a assuntos como divórcio, homossexualidade e uso de preservativos. No sábado, o Vaticano afastou um monsenhor que trabalhava na Santa Sé depois que ele deu entrevistas revelando que é gay e tem um namorado. Nos últimos 15 anos, a Igreja Católica Romana tem sido abalada por escândalos sexuais envolvendo sacerdotes. A instituição foi duramente criticada por não excomungar os religiosos que cometeram esse tipo de crime. Desde que se tornou líder da Igreja, o Papa Francisco encontrou duas vezes com vítimas de abuso sexual. A reunião mais recente aconteceu durante a visita do pontífice aos Estados Unidos. Na ocasião, o Papa prometeu que “todos os responsáveis serão responsabilizados”.

Fonte: O Globo

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A descoberta inicial foi em 1975, mas a polêmica esperou quase quatro décadas para estourar. Uma chocada Irlanda viu-se ontem envolvida no mais novo escândalo do tratamento indigno que jovens mulheres consideradas desviantes pela sociedade receberam no país católico conservador durante boa parte do século XX: uma historiadora descobriu agora que quase 800 esqueletos encontrados há 39 anos numa fossa séptica ao lado de um antigo convento da cidade de Tuam eram de crianças. O convento abrigou jovens mães solteiras — a maioria internada à força pelas famílias — entre 1925 e 1961. Anteriormente pensava-se que os restos mortais eram de vítimas da fome que assolou o país em meados do século XIX e que matou centenas de milhares de pessoas. — Alguém havia mencionado a existência de um cemitério para recém-nascidos, mas o que encontrei é muito mais que isso — declarou a historiadora Catherine Corless. A reação da sociedade foi imediata. O parente de uma criança que nasceu na instituição entrou na Justiça para saber o que aconteceu lá. Segundo os registros do convento — que foi demolido para dar lugar a um conjunto habitacional, mas teve o local dos esqueletos preservado — as crianças morreram de desnutrição, doenças e maus-tratos. Todas tinham idade de poucos dias até 8 anos.

O secretário de Estado de Educação, Ciaran Cannon, pediu que se abra uma investigação, e o Gabinete vai abordar o tema. “Muitas das revelações são profundamente perturbadoras e uma lembrança impactante de um passado obscuro na Irlanda em que nossos filhos não eram amados como deveriam”, complementou Charlie Flanagan, ministro da Infância e Juventude. O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, também se juntou ao coro dos que pedem uma investigação, deixando, no entanto, a porta aberta a outras soluções.

— Se um inquérito público não for feito sobre os temas importantes pertinentes às casas para mães e filhos, então é importante que um projeto de História Social seja realizado para termos um quadro acurado desses estabelecimentos na História de nosso país — disse ele.

Ao investigar os arquivos do convento, no Oeste da Irlanda, a historiadora descobriu que 796 bebês foram enterrados sem caixão ou lápide. Ela descobriu a extensão da vala comum quando pediu os registros de mortes de crianças. Os recém-nascidos teriam sido enterrados de maneira secreta pelas freiras. De acordo com Catherine Corless, a taxa de mortalidade para crianças no convento era quatro a cinco vezes maior que o da população em geral. A descoberta recorda outro escândalo que também envolveu mães solteiras. Entre 1922 e 1996, mais de dez mil jovens trabalharam de maneira gratuita em lavanderias exploradas comercialmente por religiosas católicas na Irlanda. As internas conhecidas como as “Irmãs Madalena”, eram jovens solteiras grávidas ou que haviam demonstrado um comportamento considerado imoral no país fortemente católico.

Fonte: O Globo

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Dois novos escândalos assombram o Vaticano. Um padre do norte da Itália é acusado de procurar parceiros gays na internet e participar de orgias, enquanto outro é suspeito de assassinar uma mulher próximo à cidade de Arezzo, no sul do país. A suspeita sobre o assassinato foi levantada após uma ossada feminina ser encontrada na laje de uma capela. Os ossos podem ser da beata Guerrina Piscaglia, de 50 anos,— desaparecida desde o ano passado— que estaria grávida do padre Gratien Alabi. O padre, que é da República Democrática do Congo, negou as acusações e afirmou que é inocente. No norte da Itália, outro religioso, de 50 anos de idade, foi expulso do cargo de padre após ser acusado de procurar parceiros sexuais na internet e promover orgias gays. A denúncia partiu de um homem de 32 anos, da cidade de Rovigo, que afirmou ter mantido conversas com o padre no Facebook e estabelecido uma estreita amizade. De acordo com o homem, o pároco admitiu sua homossexualidade e revelou que matinha relações sexuais com outros religiosos— inclusive com membros da Guarda do Vaticano. Na denúncia, o jovem anexou gravações de suas conversas com o padre o que, de acordo com o Arcebispo de Taranto, Filippo Santoro, comprovou a “confiabilidade dos fatos”. O padre afirmou ainda que esse tipo de comportamento é “absolutamente incompatível com o sacerdócio”. Um porta-voz do Vaticano declarou ainda que “É desnecessário dizer que os sentimentos do arcebispo e da Cúria são de pesar e consternação”.

Fonte: O Globo

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Cerca de 4.000 casos de abusos sexuais a menores realizados por padres foram denunciados para a Congregação para a Doutrina da Fé nos últimos dez anos, disse nesta segunda-feira o prefeito da instituição e responsável pelas investigações, William Levada, que admitiu que a resposta da Igreja foi "inadequada". Levada deu estas declarações na Universidade Gregoriana de Roma durante a abertura de um simpósio sobre pedofilia, que ocorre até 9 de fevereiro e reúne líderes religiosos. Durante o ato o prefeito leu uma mensagem do papa Bento XVI, no qual afirma que a cura das vítimas deve ser "a preocupação prioritária" da comunidade cristã e que isso tem que ocorrer ao lado de uma "profunda renovação da igreja em todos os níveis". Levada, por sua parte, destacou a luta do pontífice contra o abuso de menores, o que começou quando ele era o cardeal Joseph Ratzinger. O prefeito afirmou que Bento XVI sofreu nos últimos anos "duros ataques" por parte da imprensa, "quando deveria ter recebido a gratidão de toda a igreja e de fora dela" pelo trabalho realizado e sua postura de "tolerância zero" com a pedofilia. No entanto, o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé admitiu que as 4.000 denúncias "evidenciaram a inadequada e insuficiente resposta da Igreja". O religioso ressaltou a necessidade da Igreja colaborar com as autoridades civis para enfrentar os casos de padres pedófilos, destacando que o abuso sexual de menores de idade não só é um delito religioso, mas também um crime. Levada disse ainda que, embora as leis civis variem de nação para nação, o princípio sempre é o mesmo: "a Igreja tem a obrigação de cooperar com a lei civil e denunciar esses crimes às autoridades competentes", defendeu. 

Fonte: Veja

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