Domingo, 25 Janeiro 2015 20:06

Deuses Greco-Romanos

Durante o século IV e III a.C., os romanos encontram os gregos que estavam instalados na região sul do que hoje é a Itália desde o século VIII a.C. Além de alguns conflitos e trocas de mercadorias, esses dois povos trocaram, ou melhor, começaram a trocar algo igualmente importante, as idéias. Entre os séculos II e I a.C. os romanos conquistam a Península Balcânica, local em que a civilização grega se desenvolveu. Lá os romanos fizeram muitos escravos, entre eles diversos sábios gregos. Ao chegarem em Roma, esses sábios escravizados realizaram diversas funções como, por exemplo, educar os filhos das famílias aristocráticas do Império. Ao educar essas crianças, os sábios passavam muitos do seus valores para elas. Ou seja, transmitiram valores da cultura grega às crianças romanas, fazendo com que estas assimilassem esse valores e misturassem aos seus próprios, como no caso dos Deuses e da religião. As crianças se tornaram adultas, mas não perderam os valores passados pelos sábios gregos. Esse adultos acabaram dando continuidade a esses valores. Existem vários exemplos dessa mescla de valores, mas o mais conhecido é a associação dos Deuses gregos aos Deuses romanos. Zeus, o principal Deus grego foi associado a Júpiter; Ares, Deus da guerra dos gregos foi associado a Marte, o Deus romano da guerra. Portanto, através dessa associação, várias características dos Deuses gregos foram incorporadas aos Deuses romanos.

Deus Grego

Deus Romano

Função ou Característica

Zeus

Júpiter

Pai dos Deuses e dos homens, principal Deus do Olimpo.

Cronos

Saturno

Deus do tempo, pai de Zeus. Pertencia à raça dos titãs.

Hera

Juno

Rainha dos Deuses, esposa de Zeus.

Hefesto

Vulcano

Artista do Olimpo, fazia os raios que Zeus lançava sobre os mortais. Filho de Zeus e Hera.

Poseidon

Netuno

Senhor do oceano, irmão de Zeus.

Hades

Plutão

Senhor do reino dos mortos, irmão de Zeus.

Ares

Marte

Deus da guerra, filho de Zeus e Hera.

Apolo

Febo

Deus do sol, da arte de atirar com o arco, da música e da profecia. Filho de Zeus e Latona.

Artemis

Diana

Deusa da caça e da lua, irmã de Apolo.

Afrodite

Vênus

Deus da beleza e do amor, nasceu das espumas do mar.

Eros

Cupido

Deus do amor, filho de Vênus.

Atena

Minerva

Deusa da sabedoria, nasceu da cabeça de Zeus.

Hermes

Mercúrio

Deus da destreza e da habilidade, cultuado pelos comerciantes. Filho e mensageiro de Zeus.

Deméter

Ceres

Deusa da agricultura, filha de Cronos e Réia.

 

GAIA - É a Deusa da Terra, a Mãe Terra, como elemento primordial e latente de uma potencialidade geradora incrível. Segundo Hesíodo, no princípio surge o Caos, e do Caos nascem Gaia, Tártaro, Eros (o amor), Érebo e Nix (a noite). Gaia gera sozinha Urano, Ponto e as Óreas (as montanhas). Ela gerou Urano, seu igual, com o desejo de ter alguém que a cobrisse completamente, e para que houvesse um lar eterno para os deuses "bem-aventurados". Com Urano, Gaia gerou os 12 Titãs: Oceano, Céos, Crio, Hiperião, Jápeto, Teia, Reia, Têmis, Mnemosine, a coroada de ouro Febe e a amada Tétis; por fim nasceu Cronos, o mais novo e mais terrível dos seus filhos, que odiava a luxúria do seu pai. Após, Urano e Gaia geraram os Ciclopes e os Hecatônquiros (Gigantes de Cem Mãos e Cinquenta Cabeças). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente Cronos aceitou. Gaia então tirou do peito o aço e fez a foice dentada. Colocou-a na mão de Cronos e os escondeu, para que, quando viesse Urano, durante a noite não percebesse sua presença. Ao descer, Urano, para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que atacou-o e castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre Gaia, nasceram os Gigantes, as Erínias as Melíades. Após a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo e libertou os irmãos. Mas vendo o quanto eram poderosos, também os temia e os aprisionou mais uma vez. Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerância do filho, tramou uma nova vingança. Quando Cronos se casou com Reia e passou a reger todo o universo, Urano lhe anunciou que um de seus filhos o destronaria. Ele então passou a devorar cada recém-nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Reia a salvar o filho que viria a ser Zeus. Reia então, em vez de entregar seu filho para Cronos devorar entregou-lhe uma pedra, e escondeu seu filho em uma caverna. Já adulto, Zeus declarou guerra ao pai e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E durante cem anos nenhum dos lados chegava ao triunfo. Gaia então foi até Zeus e prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro e libertasse os três Ciclopes e os três Hecatônquiros. Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo soberano do Universo. Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para que estes vigiassem os Titãs no fundo do Tártaro. Gaia pela terceira vez se revoltou e lançou mão de todas as suas armas para destronar Zeus. Num primeiro momento, ela pariu os incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro braços que se ligavam por meio da coluna terminado em duas cabeças, além de possuir os órgãos genitais femininos e masculinos. Os Andróginos surgiam do chão em todos os quadrantes e escalavam o Olimpo com a intenção de destruir Zeus, mas, por conselhos de Têmis, ele e os demais deuses deveriam acertar os Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio. Assim feito, Zeus venceu. Em uma outra oportunidade, Gaia produziu uma planta que ao ser comida poderia dar imortalidade aos Gigantes; todavia a planta necessitava de luz para crescer. Mas ao saber disto Zeus ordenou que Hélio, Selene, Eos e as Estrelas não subissem ao céu, e escondido nos véus de Nix, ele encontrou a planta e a destruiu. Mesmo assim Gaia incitou os Gigantes a colocarem as montanhas umas sobre as outras na intenção de subir o céu e invadir o Olimpo. Mas Zeus e os outros deuses venceram novamente. Como última alternativa, enviou seu filho mais novo e o mais horrendo, Tifão para dar cabo dos deuses e seus aliados, mas os deuses se uniram contra a terrível criatura e depois de uma terrível e sangrenta batalha, eles conseguem vencer o último filho de Gaia. Enfim, Gaia cedeu e acordou com Zeus que jamais voltaria a tramar contra seu governo. Dessa forma, ela foi recebida como uma Deusa Olímpica.

URANO - Urano era uma divindade da mitologia grega que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua irmã. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica e o Deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica. Urano tem vários filhos (e irmãs), entre os quais os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Ao odiar seus filhos, mantem todos presos no interior de Gaia, a Terra. Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, cortou seu pai em vários pedaços. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades. A maioria dos gregos considerava Urano como um Deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma em De Natura Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho da noite, Nix. Seu equivalente na mitologia romana é Caelus ou Coelus - do qual provém caelum (coelum), a palavra latina para "céu".

CRONOS - Filho de Urano, o Céu estrelado, e Gaia, a Terra, é o mais jovem dos Titãs. A pedido de sua mãe se tornou senhor do céu castrando o pai com um golpe de foice. A partir de então, o mundo foi governado pela linhagem dos Titãs que, segundo Hesíodo, constituía a segunda geração divina. Foi durante o reinado de Cronos que a humanidade (recém-nascida) viveu a sua "Idade de Ouro". Cronos casou com a sua irmã Reia, que lhe deu seis filhos (os Crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três rapazes, Hades, Poseidon e Zeus. Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Reia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca. Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai, solicitando para esse feito o apoio de Métis - a Prudência - filha do Titã Oceano. Esta ofereceu a Cronos uma poção mágica, que o fez vomitar os filhos que tinha devorado. Então Zeus tornou senhor do céu e divindade suprema da terceira geração de deuses da Mitologia Grega ao banir os Titãs para o Tártaro e afastou o pai do trono.

RÉIA - Réia era uma titã filha de Urano e Gaia, se casou com seu irmão Cronos, mãe de Deméter, Hades, Poseidon, Hera, Héstia e Zeus. Devido a um oráculo de Urano, Cronos começou a comer seus filhos, pois profetizou que o filho de Cronos o destronaria. Réia não ia permitir que Cronos fizesse isso com o sexto filho então ela escondeu Zeus (o filho mais novo) no monte Ida e o trocou por uma pedra enrolada num pano, Cronos comeu a pedra pensando ser seu filho, Zeus foi criado por uma cabra chamada Amaltéia que o amamentou, mais velho Zeus invadiu o Olimpo junto de 3 cíclopes e 3 hecatônquiros e derrotou Cronos o forçando a vomitar seus irmãos e tomou o Olimpo para si. Réia discutiu com Zeus por que o mundo não pertencia só a ele e que ela tinha direito a uma parte do mundo, Zeus irritado começou a persegui-la, Réia se escondeu nas montanhas onde ela se cercou de criaturas selvagens. Ela é conhecida como mãe dos deuses, por ser mãe de todos os Deuses do Olimpo, é Deusa da fertilidade, relacionada com os partos fáceis.

ZEUS - O filho mais novo de Cronos e Réia foi o líder dos Deuses que viviam no monte Olimpo. Ele impunha a justiça e a ordem lançando relâmpagos construídos pelos ciclopes. Zeus teve diversas esposas e casos com Deusas, ninfas e humanas. Cronos tinha o hábito de devorar seus próprios filhos para que não tomassem seu lugar no trono. Até que Zeus nasceu e sua mãe Réia já cansada de tanto sangue e sofrimento deu a Cronos uma pedra embrulhada no lugar de Zeus, salvando sua vida. Réia decidiu que Zeus seria o último filho e encerraria o reinado de sangue e sofrimento e tomaria o trono do pai. Assim que Cronos descobriu que tinha engolido uma pedra ao invés do filho saiu a procura de Zeus, mas não o encontrou. Zeus foi criado no bosque de Creta e foi alimentado com mel e leite de cabra. E assim quando cresceu foi a caminho do pai para combatê-lo, eles viraram grandes inimigos, Zeus obrigou seu pai a engolir uma bebida mágica, que restituiu todos os filhos que no passado tinha devorado. Foi então que Zeus conheceu seus quatro irmãos: Deméter, Poseidon, Héstia e Hades, faltou apenas a Hera que como Zeus foi poupada e não estava ali. Zeus ainda liberou ciclopes que deu a ele o Raio. Então após dez anos, o tempo que durou a guerra, Zeus subiu ao Olimpo junto com seus irmãos Poseidon e Hades que o ajudaram a destruir Cronos, e então comandaram o Céu, a Terra e os demais deuses. Zeus tinha o poder dos fenômenos atmosféricos e fazia relâmpagos e trovões e com sua mão direita lançava a chuva, podia usar sua força como destruidora, mas também mandava chuvas para as plantações. Zeus casou-se três vezes, sua primeira esposa foi Métis a deusa da prudência e com ela teve sua filha Atena. Sua segunda esposa foi Têmis a deusa da justiça. E sua terceira esposa foi sua irmã Hera e com ela teve vários herdeiros, mas o único que foi filho legítimo de Hera e Zeus foi Ares, que era o Deus da guerra. Hera era muito ciumenta e agressiva já que Zeus desonrava sua vida com ela, tinha muitas amantes, e acabou tendo muitos filhos fora de seu casamento. Zeus usava seu poder de sedução e até usava as mais belas metamorfoses para conquistar as mulheres. As mais conhecidas são: o Cisne de Leda e o Touro da Europa. Zeus é o Deus que dá ao homem o caminho da razão e também ensina que o verdadeiro conhecimento é obtido apenas a partir da dor.

HERA - Terceira mulher de Zeus e rainha do Olimpo, Hera é a deusa do matrimônio e do parto. É vingativa com as amantes do marido e com os filhos de Zeus que elas geram. Para os gregos, Hera e Zeus simbolizam a união homem-mulher. Hera era filha de Cronos e Réia. Tem como seu animal preferido o Pavão e é associada ao signo de Escorpião. Tinha a fama de ser ciumenta com razão, pois Zeus era muito infiel - de todos os filhos que Zeus teve, dois foram concebidos em seu casamento com Hera que foi Ares (deus da guerra) e Hefesto (deus do fogo). Hera considerava muito o casamento e foi muito humilhada por Zeus por suas traições o que a deixou muito triste, foi quando ele sozinho gerou sua filha Atena, mostrando que não precisava de Hera nem para conceber um filho. Um dos episódios de ciúmes de Hera foi com Calisto (deusa) que por ter muita beleza conquistou seu marido, mas Hera para separar os dois a transformou em uma Ursa. Calisto ficou muito isolada de todos e também com medo da floresta por causa dos caçadores. Até que um dia ao reconhecer seu filho Arcas correu para abraçá-lo, mas Arcas já preparava sua lança por não reconhecer sua mãe. Hera vendo o que aconteceria lançou um feitiço e enviou os dois para os céus que viraram constelações, a Ursa maior e a Ursa menor. Porém como Hera ainda tinha muita raiva de sua rival pede para Tétis e Oceano, divindades do mar, para que não a deixem descansarem em suas águas, e com isso essas duas constelações sempre ficam em círculos e nunca descem para trás das águas como as outras estrelas. Outro episódio de ciúme de Hera foi quando Zeus, por saber que Hera estava chegando e ele estava com uma de suas amantes (Io), a transforma rapidamente em uma vaca. Hera, muito desconfiada, pede para Zeus aquela vaca de presente e Zeus não podendo negar um presente, o dá para sua esposa. Ela então coloca aquela novilha aos cuidados de Argos, um monstro de muitos olhos, que ao dormir nunca fechava todos, com isso a novilha estava sempre sendo observada. Mas Zeus ao ver o sofrimento da amante pede para que Hermes mate Argos. Então, Hermes toca uma música, fazendo Argos dormir completamente, fechando todos os olhos. Após isso, Hermes arranca-lhe a cabeça. Hera muito triste pelo acontecimento, pega todos os olhos e coloca na cauda de seu pavão, onde eles estão até hoje. A deusa continua perseguindo Io, mas Zeus promete que não terá mais nada com a amante, Hera aceita a promessa e devolve a aparência humana à Io. Hera durante muito tempo não só perseguia as amantes, mas também os filhos que Zeus teve fora do casamento. E sempre foi considerada a deusa protetora das mulheres casadas.

POSÊIDON - O irmão mais velho de Zeus e Hades era o Deus do mar. Com um movimento de seu tridente, causava tempestades e terremotos - e sua fúria era famosa entre os deuses! Posêidon vivia procurando aumentar seus domínios em diferentes áreas da Grécia. Também conhecido como Netuno para os romanos, era um homem muito forte, com barbas e sempre representado com seu tridente na mão e as vezes com um golfinho. Era filho de Cronos, Deus do tempo, e da Deusa da fertilidade Réia. Sua casa era no fundo do mar e com seu tridente causava maremotos, tremores, além de fazer brotar água do solo. Poseidon era casado com Anfitrite. Quando se conheceram Poseidon se apaixonou por ela, mas Anfitrite o recusou e Poseidon a obrigou casar-se com ele, porém, ela para não casar, se escondeu nas profundezas do oceano, só sua mãe sabia onde ela estava. Mas com o tempo Anfitrite mudou de idéia e foi atrás de Poseidon com quem se casou e ficou sendo a rainha do oceano. Com ela teve um filho chamado Tritão que aterrorizava os marinheiros com um barulho espantoso que ele fazia quando soprava o búzio, um instrumento, mas também com ele fazia sons maravilhosos. Entretanto, na sua vida Poseidon teve muitos outros amores e fora de seu casamento teve mais filhos que ficaram muito conhecidos por sua crueldade, os dois mais conhecidos foram o Ciclope e o gigante Orion. Poseidon disputou com Atena, a deusa da sabedoria, para ser a deidade da cidade hoje conhecida como Atenas, porém Atena ganhou a competição e a cidade ficou conhecida com o seu nome. Na história da Guerra de Tróia, Poseidon e Apolo ajudaram o rei na construção dos muros daquela cidade e a eles foi prometida uma recompensa, porém tinham sidos enganados, pois o rei não os recompensou. Foi então que Poseidon ficou muito enfurecido e se vingou de Tróia e enviando um monstro do mar que saqueou toda a terra de Tróia e durante a guerra ajudou os gregos. Poseidon é também o pai de Pégaso, um cavalo alado gerado por Medusa, por esse motivo sempre esteve muito ligado aos cavalos e foi o primeiro a colocar cavalos na região. Outro caso de amor muito conhecido de Poseidon foi com sua irmã Demeter, ele a perseguiu e ela para evitá-lo se transformou em égua, porém ele se transformou em um garanhão e com ela teve um encantador cavalo, Arion. Poseidon era um Deus muito importante e celebravam em sua honra os Jogos místicos, constituídos de competições atléticas e também de músicas e poesias, realizados de dois em dois anos.

HADES - Mesmo sendo irmão de Zeus e Posêidon, não vive no monte Olimpo. Hades, como Deus dos mortos, domina seu próprio território. Apesar de passar uma imagem ruim por sua "função", não é um Deus associado ao mal. Equivalente ao Deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o Deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Consta também ser chamado Serápis (Deus de obscura origem egípcia). É considerado um Deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de Cronos (Saturno, na teogonia romana) e de Reia. Formava com seus cinco irmãos os Crônidas, que incluíam as mulheres Héstia, Deméter e Hera, e os homens Posseidon e Zeus. Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone (Koré ou Core) filha de Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças e recursos naturais, a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes representando a vida e a morte. Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho seja "dividido" entre outras divindades, tais como Tanatos, Deus da morte, ou as Queres (Ker), estas últimas retratadas na Ilíada recolhendo avidamente as almas dos guerreiros, enquanto Tanatos surge nos mitos da bondosa Alceste ou do astuto Sísifo. Como o senhor implacável e invencível da morte, é Hades o Deus mais odiado pelos mortais, como registrou Homero (Ilíada 9.158.159). Platão acentua que o medo de falar o seu nome fazia usarem no lugar eufemismos, como Plutão. O mundo dos mortos, território de Hades, tem regiões celestiais e infernais. Na mitologia, a alma dos mortos vai para o mundo subterrâneo, governado por Hades. Para entrar, é preciso pagar o barqueiro Caronte, que faz a travessia do rio Estige. Por isso os gregos enterravam os mortos com uma moeda. No submundo de Hades, o morto é julgado por três juízes. Os que viveram uma vida correta são premiados e seguem para uma região chamada Campos Elíseos, uma espécie de paraíso, cheio de paisagens verdes e floridas. Mas o mundo subterrâneo também tem regiões sombrias. Os gregos que "aprontaram" na vida como mortal têm como destino o Tártaro. Equivalente ao inferno cristão, ele é um poço profundo, quase sem fim, escuro, úmido e frio.

HÉSTIA - Héstia (ou Vesta, na mitologia romana) é a Deusa grega do lar e dos laços familiares, simbolizada pelo fogo doméstico. Filha de Cronos e Reia para os gregos (Saturno e Cibele na mitologia romana), era uma das doze divindades olímpicas. A ordem de nascimento de seus irmãos é: Hera (a mais velha), seguida de Deméter e Héstia, seguidas de Hades e Poseidon; o próximo a nascer, Zeus, foi escondido por Reia em Creta, que deu uma pedra para Cronos comer. Cortejada por Poseidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus, e dele recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais. Embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era admirada por todos os Deuses. Era a personificação da moradia estável, onde as pessoas se reuniam para orar e oferecer sacrifícios aos Deuses. Era adorada como protetora das cidades, das famílias e das colônias. Sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos. Todas as cidades possuíam o fogo de Héstia, colocado no palácio onde se reuniam as tribos. Esse fogo deveria ser conseguido direto do sol. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele, acendiam a lareira onde seria o núcleo político da nova cidade. Sempre fixa e imutável, Héstia simbolizava a perenidade da civilização. Em Delfos, era conservada a chama perpétua com a qual se acendia a Héstia de outros altares. Cada peregrino que chegava a uma cidade, primeiro fazia um sacrifício à Héstia. Seu culto era muito simples: na família, era presidido pelo pai ou pela mãe; nas cidades, pelas maiores autoridades políticas. Em Roma era cultuada como Vesta e o fogo sagrado era o símbolo da perenidade do Império. Suas sacerdotisas eram chamadas vestais, faziam voto de castidade e deveriam servir à deusa durante trinta anos. Lá a deusa era cultuada por um sacerdote principal, além das vestais. Era representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros. Havia imagens nas suas principais cidades, mas sua figura severa e simples não ofereceu muito material para os artistas.

DEMÉTER - Deméter é uma Deusa grega, filha de Cronos e Reia, Deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações. Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cerélia e celebrado na primavera. Com Zeus, seu irmão, ela teve uma filha, Perséfone ("a de braços brancos"). Teve um casal de gêmeos chamado Despina ("a Deusa das sombras invernais") e Árion, com seu irmão Poseidon. Abandonou a menina sem nome ao nascimento para procurar Perséfone quando raptada. Despina, que representa o inverno, é o oposto de sua irmã, Perséfone, que representa a primavera e de sua mãe, Deméter, Deusa da agricultura. O filho chamado Árion, era um cavalo de crinas azuis, tinha o poder da fala e de ver o futuro. Foi o cavalo mais rápido de todos os tempos e ajudou muitos heróis bravamente em suas conquistas. Ela também é uma das Deusas que tiveram filhos com mortais, e teve com o herói cretense Iásio o Deus Pluto. Um fragmento do Catálogo de Mulheres, de Hesíodo, sugere que Deméter teve um outro amante mortal, Eetion, que foi fulminado por um raio de Zeus. Alguns críticos consideram que Iásio e Eetion são a mesma pessoa. Quando Hades raptou Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca Terra afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse: “Ingrato solo, que tornei fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores!” Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana, metarmofoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos. Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar. Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Proserpina. Neste período Perséfone é chamada Core, a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido. Durante o inverno, Despina mostra sua ira contra seus pais e sua irmã, congelando lagos e destruindo plantações e flores. Os Mistérios de Elêusis, celebrados no culto à Deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo contínuo de morte e ressurreição. Deméter pode ser representada sentada, com tochas ou uma serpente ou tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos elementos.

AFRODITE - Afrodite é uma Deusa da Mitologia Grega. É a Deusa do amor, da beleza e do sexo. Corresponde a Deusa Vênus da Mitologia Romana. Nas cidades de Corinto, Esparta e Atenas, Afrodite era muito cultuada. O nome da Deusa do amor significa "nascida da espuma", porque diziam que ela havia surgido do mar. Afrodite é a mais bela das Deusas. A Deusa Afrodite nasceu na ilha de Chipre, sendo que para a história do seu nascimento existem duas versões. Segundo a versão de Hesíodo, Afrodite nasceu de uma forma incomum. Após Cronos cortar os órgãos de Urano (seu pai) e jogá-los ao mar, formou-se em torno desses órgãos uma espuma branca que, misturando-se ao mar, como se fosse uma fecundação, deu origem a Afrodite. Para Homero, mais convencional, Afrodite era filha de Zeus (deus dos deuses) e Dione (deusa das ninfas). Afrodite casou-se com o Deus do fogo, Hefesto. Porém, teve inúmeros amantes, tanto deuses como homens mortais, sendo que, de suas aventuras, foram gerados vários filhos. Com Ares, Deus da guerra, teve diversos filhos, como Eros, Anteros, Deimos, Fobos, Harmonia, Adrestia, Himeros e Pothos. Com Hermes, o Deus mensageiro, Afrodite gerou o deus Hermafrodito (mistura dos nomes dos pais), que tinha como características, além da beleza dos pais, os órgãos sexuais de ambos os gêneros. Com o Deus Apolo teve o filho Himeneu (deus do casamento), e com Dionísio o Deus do prazer, das festas e do vinho, teve o filho Príapo, o deus da fertilidade, que tinha grandes genitálias e não péssima aparência. Afrodite gerou também um filho do mortal Anquises, que foi chamado de Enéias, e que foi um herói da Guerra de Tróia. Seduziu outros mortais como Adónis, Faetonte e Cíniras. Apesar de ser conhecida como deusa do amor, Afrodite era muito vingativa, e não tinha piedade de seus inimigos. Teve como principais rivais as Deusas Hera e Atena. Aliás, sua desavença com essas Deusas deu origem a Guerra de Tróia. Nas festas em homenagem a Afrodite, as sacerdotisas que a representavam eram prostitutas sagradas, sendo que o sexo com as mesmas era considerado um ritual de adoração. As festas eram consideradas “afrodisíacas”, dando origem a esse termo. Vários artistas (pintores e escritores) já na época da Renascimento, retrataram Afrodite, como Botticelli, em sua obra “O nascimento de Vênus”.

HEFESTO - Filho de Zeus e Hera (de acordo com Homero, na Ilíada), Hefesto nasceu tão fraco e feio que foi jogado pela mãe no oceano. Resgatado por ninfas, virou um famoso artesão. Impressionados com o talento dele, os Deuses levaram Hefesto ao Olimpo e o nomearam Deus do fogo e da forja. Na Mitologia Grega, Hefesto era o Deus do trabalho, do fogo, dos artesãos, dos escultores e da metalurgia. Era muito importante na religião grega, principalmente nas cidades onde a prática da manufatura era intensa como, por exemplo, a cidade de Atenas. Com relação a aparência, Hefesto era feio, coxo e manco. Ele andava carregando vasos pintados e um bastão. Em algumas imagens, ele aparece com os pés na posição contrária. Aparece também quase sempre trabalhando em uma bigorna, suado e com a barba por fazer. De acordo com os mitos gregos, Hefesto era casado com Afrodite, porém não teve filhos. Hefesto tinha uma grande capacidade de criação. De acordo com a mitologia, foi ele quem fez o escudo de Zeus, usado na batalha contra os titãs. Ele também construiu pra si um lindo e grandioso palácio de bronze. Entre suas criações está Pandora, a primeira mulher mortal.

ARESO terrível Deus da guerra é outro filho de Zeus e Hera. No campo de batalha pode matar um mortal apenas com seu grito de guerra! Pai de vários heróis (humanos que são protegidos ou filhos de Deuses), Ares ainda se tornou um dos amantes de Afrodite. Ares foi muito cultuado em Esparta, uma das mais importantes Cidades-Estados da Grécia antiga. Embora muitas vezes tratado como o Deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o Deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada. Os romanos identificaram-no como Marte, o Deus romano da guerra e da agricultura (que eles tinham herdado dos etruscos). Entre os helenos sempre houve desconfiança de Ares. Embora também a meia irmã de Ares, Atena, fosse uma deidade da guerra, a posição de Atena era de guerra estratégica, enquanto Ares tendia a ser a violência imprevisível da guerra. O seu lugar de nascimento e sua casa verdadeira foram colocados muito longe, entre os bárbaros e trácios belicosos (Ilíada 13.301; Ovídio, Ars Amatoria, II.10;), de onde ele se retirou depois que o seu caso com Afrodite foi revelado. "Ares" permaneceu um adjetivo e epíteto em tempos clássicos: Zeus Areios, Atena Areia, até Afrodite Areia. Em tempos micênicos, as inscrições mencionavam Eniálios, um nome que sobreviveu em tempos clássicos como um epíteto de Ares. Corvos e cães, animais que se alimentam dos cadáveres nos campos de batalha, são sagrados para ele.

 

APOLO - O Deus da luz (representada pelo Sol), das artes, da medicina e da música é filho de Zeus com uma titã, Leto. Na juventude, era vingativo, mas depois se tornou um Deus mais calmo, usando os poderes para cura, música e previsões do futuro. Foi uma das divindades principais da mitologia greco-romana, um dos Deuses olímpicos. Irmão gêmeo de Ártemis, possuía muitos atributos e funções, e possivelmente depois de Zeus foi o Deus mais influente e venerado de todos os da Antiguidade clássica. As origens de seu mito são obscuras, mas no tempo de Homero já era de grande importância, sendo um dos mais citados na Ilíada. Era descrito como o Deus da divina distância, que ameaçava ou protegia desde o alto dos céus, sendo identificado como o sol e a luz da verdade. Fazia os homens conscientes de seus pecados e era o agente de sua purificação; presidia sobre as leis da Religião e sobre as constituições das cidades, era o símbolo da inspiração profética e artística, sendo o patrono do mais famoso oráculo da Antiguidade, o Oráculo de Delfos, e líder das Musas. Era temido pelos outros Deuses e somente seu pai e sua mãe podiam contê-lo. Era o Deus da morte súbita, das pragas e doenças, mas também o Deus da cura e da proteção contra as forças malignas. Além disso era o Deus da Beleza, da Perfeição, da Harmonia, do Equilíbrio e da Razão, o iniciador dos jovens no mundo dos adultos, estava ligado à Natureza, às ervas e aos rebanhos, e era protetor dos pastores, marinheiros e arqueiros. Embora tenha tido inúmeros amores, foi infeliz nesse terreno, mas teve vários filhos. Foi representado inúmeras vezes desde a Antiguidade até o presente, geralmente como um homem jovem, nu e imberbe, no auge de seu vigor, às vezes com um manto, um arco e uma aljava de flechas, ou uma lira, e com algum de seus animais simbólicos, como a serpente e o corvo. Apolo foi identificado sincreticamente com grande número de divindades maiores e menores nos seus vários locais de culto, e sobreviveu veladamente ao longo do florescimento do cristianismo primitivo, que se apropriou de vários de seus atributos para adornar seus próprios personagens sagrados, como Cristo e o arcanjo São Miguel. Entretanto, na Idade Média Apolo foi identificado pelos cristãos muitas vezes com o Demônio. Mas desde a associação de Apolo com o poder profano pelo imperador romano Augusto se originou um poderoso imaginário simbólico de sustentação ideológica do imperialismo das monarquias e da glória pessoal dos reis e príncipes. Seu mito tem sido trabalhado ao longo dos séculos por filósofos, artistas e outros intelectuais para a interpretação e ilustração de uma variedade de aspectos da vida humana, da sociedade e de fenômenos da Natureza, e sua imagem continua presente de uma grande variedade de formas nos dias de hoje. Até mesmo seu culto, depois de muitos séculos, foi recentemente ressuscitado por correntes do neopaganismo.

ÁRTEMIS - Esta Deusa famosa dos gregos foi concebida por Zeus e Leto e era irmã gêmea de Apolo (enquanto ele simbolizava a luz solar, ela representava a esfera lunar). É a Deusa da caça, representada por uma mulher com um arco. Contraditoriamente, também é a protetora dos animais. Ártemis é uma Deusa casta (virgem), que fica furiosa quando se sente ameaçada. Ártemis (ou Diana, como era conhecida entre os romanos) é representada como uma imagem lunar arisca e selvagem, constantemente seguida de perto por feras selvagens, especialmente por cães ou leões. Ela traz sempre consigo, no abrigo de suas mãos, um arco dourado, nos ombros um coldre de setas, e pode ser vista trajando uma túnica de tamanho curto. Dizem que quando ela ainda era uma criança, Zeus a questionou sobre seu maior desejo para seu aniversário, e ela lhe pediu, sem hesitar, que pudesse circular livremente pelas matas, ao lado dos animais ferozes, dispensada para sempre da obrigação de se casar. O pai imediatamente realizou seu sonho. Esta poderosa figura é sempre encontrada, em qualquer mito que seja, correndo por bosques, florestas e matas, livre como um pássaro, ensaiando suas coreografias e cantando ao lado das ninfas que lhe são muito próximas. Nas festas em homenagem à lua eram sempre executadas danças de extrema sensualidade e havia constantemente a presença de um ramo considerado sagrado. Ártemis é considerada tanto uma prostituta sagrada quanto uma virgem responsável pelos partos, pois os mitos a retratam igualmente como o bebê que nasceu primeiro e ajudou a mãe a parir o irmão Apolo. Embora pareça contraditória esta personalidade ambígua de Ártemis, na verdade ela está associada a dupla faceta do feminino, que protege e destrói, concebe e mata. Esta imagem da Deusa é difundida especialmente na Ásia Menor. Não se sabe exatamente onde e quando surgiu seu culto, pois os autores que estudam o mito divergem quanto a este ponto. Alguns pesquisadores acreditam que seu nascimento remonta às tribos da Anatólia, exímias caçadoras, consideradas berços das famosas amazonas. Outros creem que ela descende da divindade Cibele, protetora da Natureza, cultuada na Ásia Menor, também representada como uma Rainha das Feras, rodeada por leões, veados, pássaros e outros exemplares da fauna. Há estudos que situam Ártemis ao lado de outras potências lunares, tais como Hécate, também associada às esferas infernais, e Selene; as três compunham uma espécie de trindade da Lua. Os italianos a conhecem como Diviana, expressão que pode ser traduzida como Deusa, e pode ser facilmente ligada ao nome Diana. Esta Deusa da fertilidade animal tinha várias discípulas, que eram denominadas ursas. Elas reconheciam sua natureza autoritária e repressora. Os animais ferozes que estão sempre junto a ela representam, por outro lado, os impulsos que precisam ser dominados. Sem dúvida ela é o símbolo maior do feminino, de sua liberdade e autonomia. Na Itália eles comemoravam sua festa no dia 13 de agosto, quando os cães de caça tinham seu momento de glória e os animais ferozes eram deixados à vontade. Este evento foi consagrado pela Igreja como um culto católico que marca a Assunção de Nossa Senhora, transferido para o dia 15 de agosto.

HERMES - Filho de Zeus com a Deusa Maia, o mensageiro dos Deuses é o protetor de viajantes e mercadores. Representado como um homem de sandálias com asas, Hermes tinha um lado obscuro, às vezes trazia mentiras e falsas histórias. Divindade muito antiga, já era cultuado na história da Grécia antiga possivelmente como um Deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos Deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de suas funções mais conhecidas. Com o domínio da Grécia por Roma, Hermes foi assimilado ao Deus Mercúrio, e através da influência egípcia, sofreu um sincretismo também com Toth, criando-se o personagem de Hermes Trismegisto. Ambas as assimilações tiveram grande importância, criando rica tradição e perpetuando sua imagem através dos séculos até a contemporaneidade, exercendo significativa influência sobre a cultura do ocidente e de certas áreas orientais em torno do Mediterrâneo, chegando até à Pérsia e à Arábia. As primeiras descrições literárias sobre Hermes datam do período arcaico da Grécia, e o mostram nascendo na Arcádia. Já no primeiro dia de vida realizou várias proezas e exibiu vários poderes, furtou cinquenta vacas de seu irmão Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios, sandálias mágicas e a lira. No dia seguinte, perdoado pelo furto das vacas, foi investido de poderes adicionais por Apolo e por seu pai Zeus, e por sua vez concedeu a Apolo a arte de uma nova música, sendo admitido no Olimpo como um dos grandes Deuses. Mais tarde inúmeros outros escritores ampliaram e ornamentaram sua história original e surgiram múltiplas versões dela, não raro divergentes em vários detalhes, preservando-se porém suas linhas mais características.  Com o advento do Cristianismo, chegou a ser comparado a Cristo em sua função de intérprete da vontade do Logos. As figuras de Hermes e de seu principal distintivo, o caduceu, ainda hoje são conhecidas e usadas por seu valor simbólico e vários autores o consideram a imagem tutelar da cultura ocidental contemporânea.

ATENA - É a Deusa da sabedoria e filha de Zeus com a primeira mulher dele, Métis. Seu símbolo é a mais sábia das aves, a coruja. Habilidosa e especialista nas artes e na guerra, Atena carrega uma lança e um escudo chamado. Os romanos a chamavam de Minerva. Era uma Deusa virgem, linda guerreira protetora de seus heróis escolhidos e também de sua cidade Atenas. Atena era a filha predileta de Zeus, porém quando Métis ficou grávida, Zeus engoliu a esposa com medo de sua filha nascer mais poderosa que ele e lhe tirar o trono, mas para que isso acontecesse convenceu Métis a participar de uma brincadeira divina, onde cada um se transformava em um animal diferente e Métis pouco prudente acabou se transformando em uma mosca, e Zeus a engoliu e Métis foi para a cabeça dele. Mas com o passar dos anos, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça e pediu para Hefesto lhe desse uma machadada, foi então que Atena já adulta saltou de dentro do cérebro de seu pai, já com armadura, elmo e escudo. Atena leva uma lança em sua mão, mas que não significa guerra e sim uma estratégia de vencer, também foi a inventora do freio, sendo a primeira que amansou os cavalos para que os homens conseguissem domá-los. A cidade Atenas era sua preferida já que levou seu nome e onde também se fazia cultos em sua homenagem. Atena e Poseidon, seu tio, chegaram a disputar o padroado de Atenas, para isso estabeleceram um concurso: quem desse o melhor presente à cidade ganharia a disputa. Poseidon bateu com seu tridente e fez jorrar água do mar e também fez aparecer um cavalo. Já Atena além de domar o cavalo e torna-lo um animal doméstico, também deu como presente uma Oliveira que produzia alimento, óleo e madeira, foi então que ganhou e assim a cidade levou seu nome, Atenas. Considerada a Deusa virgem, ficou assim durante toda a história, pois pedia para que os Deuses não se apaixonassem, pois ela ficaria grávida e teria que largar sua vida de guerras e passar a viver em uma vida doméstica. Atena também ficou conhecida como Minerva pelo voto de desempate que deu quando julgou Orestes juntamente com o povo de Atenas. Orestes matou a mãe para se vingar da morte do pai. Atena deu o voto de Minerva como é conhecido hoje, e declarou Orestes inocente. Essa grande Deusa era para ser a nova Rainha do Olimpo, mas como era mulher seu pai continuou no trono. Mas Atena foi a Deusa da sabedoria, prudência, capacidade de reflexão, poder mental, amante da beleza e da perfeição.

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Publicado em GRECO-ROMANOS