O resultado do incêndio do Museu Nacional é uma perda irreparável para a história brasileira e também para a ciência. Entre outras preciosidades, as chamas consumiram a “Luzia”, o esqueleto mais antigo encontrado até agora nas Américas (veja imagem de representação artística). Com 11 mil anos, o importante fóssil da espécie humana não resistiu à negligência das autoridades brasileiras com a ciência, a cultura e a história do país. As cinzas do Museu Nacional servem como metáfora da terra arrasada que o Brasil vive hoje na política e na economia. Os donos do governo brasileiro nas últimas décadas têm destruído o passado e o futuro.

O ministro brasileiro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, lamentou neste domingo o incêndio de grandes proporções que atingiu o Museu Nacional. Ele disse que trata-se de "uma imensa tragédia" que "certamente poderia ter sido evitada". Além disso, afirmou que é preciso descobrir a causa das chamas e apurar a responsabilidade pelo acontecimento antes de refazer o museu, que era o mais antigo do Brasil, e também o seu modelo de gestão. Pelo menos desde 2016, o local sofria de problemas na sua infraestrutura, segundo apontou um relatório interno publicado em agosto do ano passado.

Os três andares do museu (fundado em 1818 por D. João VI e desde 1946 vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro) abrigavam um acervo de 20 milhões de itens, incluindo documentos da época do Império; fósseis; coleções de minerais; artefatos greco-romanos; e a maior coleção egípcia da América Latina. Dentre seus itens mais conhecidos, estavam o esqueleto de um dinossauro encontrado em Minas Gerais e o mais antigo fóssil humano descoberto no atual território brasileiro, batizado "Luzia". Trata-se da instituição científica e do museu mais antigos do Brasil, tendo neste ano completado seu bicentenário. A visitação média mensal é de 5 a 10 mil pessoas.

Fonte: O Globo

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