Com promessas de "cura" e "prosperidade", a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) multiplicou o número de fiéis não só no Brasil, mas também por todo o mundo. Numa África em crise, igrejas neopentecostais como a Universal encontraram um terreno fértil, explica Teresa Cruz e Silva, pesquisadora social moçambicana da Universidade Eduardo Mondlane, em entrevista à DW. "Em Moçambique, por exemplo, a Universal entra num contexto de crise [após a guerra civil] e a utilização desse contexto faz com que haja uma grande adesão das pessoas. Por exemplo, ao acreditarem que o país pode resolver os problemas, a pobreza", explica Cruz e Silva.
Em 1992, o ano da fundação da igreja no país, a instituição contava com um único pastor que vinha do Brasil e um co-fundador no local, segundo o portal da Universal em Moçambique.
A antropóloga brasileira Jaqueline Moraes Teixeira tem estudado a atuação da Iurd, que se estima ter, só no Brasil, 1,87 milhão de fiéis. Segundo ela, há nesta instituição uma visão teológica da "nação universal", daí o seu nome. Por isso, a importância de se expandir do Brasil para outros países, explica. A Igreja Universal é também considerada a "igreja da cura", diz a professora moçambicana Teresa Cruz e Silva. "Se lermos os jornais da Igreja Universal, eles relatam que curam doenças incuráveis pela medicina, e as pessoas aderem pelas promessas que são feitas", explica Moraes Teixeira
Mas, para alcançarem a "cura material" e "espiritual", muitos fiéis dão tudo o que têm em forma de dízimos, fazendo-o "na esperança de receberem sempre mais".
Fonte: Paulopes
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