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Quinta, 29 Janeiro 2015 17:21

Os Patriarcas Bíblicos

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Os patriarcas eram grandes líderes tribais que comandavam centenas de homens. Segundo a bíblia, alguns por suas qualidades, chamaram a atenção de Deus. O primeiro a ser mencionado na bíblia com destaque foi Abraão. Apesar de serem citados na bíblia como homens inteligentes e de nobres qualidades, os relatos de suas vidas mostram outra coisa. Por exemplo, em Gênesis 30:37-40 Jacó, um patriarca bíblico usou um meio um tanto diferente para tirar vantagem de seu sogro. Imagine só. Ele descascou varas de algumas árvores, dando-lhes um aspecto listrado e malhado. Colocou estes galhos nos bebedouros onde pensou ele que quando os animais olhassem para as faixas no cio, isto influenciaria a genética dos animais, fazendo que nascessem apenas animais malhados e listrados. Que pensamento interessante não acha? Animais olham para galhos listrados e seus filhotes nascem todos listrados. Esta descrição genética é ridícula e infantil. O pior é que Jacó realmente acreditava nisso e o Deus bíblico contribuiu para a divulgação de um conceito científico errado. Ingenuidade parece ser a marca registrada do patriarca Jacó. Segundo o relato bíblico de Gênesis 29:23 ele se casa com uma de suas primas com quem conviveu por 7 anos, mas na hora da noite de núpcias seu sogro entrega a outra filha, a mais velha, e por incrível que pareça Jacó passa a noite com ela sem notar nada. Ele simplesmente confundiu sua amada Raquel com Léia. Consegue acreditar nesta história? Nem se ele estivesse muito embriagado ou as irmãs fossem muito parecidas, como alguns religiosos tentam justificar, esta história teria sentido. E o relato de Gênesis 27:15-24 onde Jacó mente descaradamente para seu pai Isaque, fazendo-se passar por seu irmão mais velho a fim de ganhar uma benção. Que exemplo de honestidade! E o mais interessante é que Deus observa tudo isso com naturalidade, sem nem mesmo repreender Jacó. Pelo contrário, ele continua abençoando Jacó, considerando-o um homem digno.

O Deus descrito na bíblia parece brincar com os patriarcas, induzindo-os a fazer coisas terríveis. Por exemplo, em Gênesis 16:1-6 relata-se que devido a uma infertilidade de Sara, esposa de Abraão, este a pedido de Sara, teve relações sexuais com sua serva Agar para produzir um descendente. Quando Agar ficou grávida, começou a desprezar Sara que em revide começa a humilhar sua serva Agar. Pelo que parece esta briga se arrastou por anos, pois o relato de Gênesis 21:1-21 nos mostra que finalmente Sara tem um filho chamado Isaque, que segundo ela começa a ser humilhado pelo filho de Agar. Sara pede a Abraão que expulse Agar e seu filho e o mais impressionante é que Deus também fala a Abraão que os expulse. Diante disso Abraão expulsa Agar e seu filho que vagam pelo deserto até quase morrerem quando, segundo o relato, um anjo de Deus a ajuda. Não satisfeito em quase matar um dos filhos de Abraão, o Deus da bíblia resolve pedir que ele mate seu outro filho com as próprias mãos em sacrifício. Quando Abraão está para matá-lo, mais uma vez um anjo de Deus intercede segurando a mão dele. Que situação Abraão deve ter passado! Segundo o Deus da bíblia estes eram testes de fé onde os patriarcas deveriam mostrar confiança nele. Porém, em outros momentos a confiança de Abraão em Deus não foi tão grande assim, Gênesis 12:10-13 relata uma ocasião em que Abraão passa uma temporada no Egito, ali orienta sua esposa Sara a mentir, dizendo aos egípcios que era sua irmã e que não era casada com ele, tudo isso por medo de ser morto por um dos egípcios, que talvez pudesse se engraçar com sua esposa e tentar matá-lo para tomá-la por esposa. O pior é que devido a esta mentira o faraó entendeu que podia casar-se com ela, pois achava que ela realmente fosse irmã de Abraão. Assim, faraó tomou Sara por sua esposa. Diante de toda essa confusão causada por uma mentira que Abraão disse, devido ao medo e falta de confiança em seu Deus, o Deus da bíblia resolve mandar pragas no coitado do faraó que não tinha nada a ver com isso, que foi ludibriado pelo medroso Abraão (Gênesis 12:14-19).

Um sobrinho de Abraão chamado Ló também demonstrou qualidades questionáveis, embora o Deus da bíblia o considerasse um homem digno e justo. Segundo o relato bíblico, Deus resolve enviar dois anjos materializados as cidades de Sodoma e Gomorra. Ló insiste para que estes homens fiquem em sua casa. Naquela noite uma turba de sodomitas cerca a casa de Ló exigindo que ele traga os homens para fora, para terem relações sexuais com eles. Sabe o que o “digno e justo” Ló resolve fazer para tentar controlar a situação? Ele covardemente oferece suas duas filhas virgens para os taradões de Sodoma. Imagine-se sendo a filha deste homem? Como você se sentiria? Que tal um pai como este? (Gênesis 19:1-11). Parece que esta atitude desrespeitosa de Ló para com suas filhas abalou muito a moral delas, pois segundo o relato, algum tempo depois elas protagonizaram uma das maiores libertinagens da bíblia. Fugindo da destruição de Sodoma e Gomorra, elas juntamente com seu pai foram parar numa região montanhosa, ali dentro de uma caverna elas embriagaram o seu pai e tiveram relações sexuais com ele, isto mesmo, um clássico caso de incesto (Gênesis 19:30-38).

Um outro caso envolvendo Judá, um filho de Jacó, destaca como era a moral destes castos servos do Deus bíblico. Em Gênesis 38:7-26 encontra-se a história de Judá e sua nora Tamar. Ela era casada com o filho de Judá chamado Er, mas segundo o relato ele se mostrou mal aos olhos de Deus e por isso Deus o matou. Era costume naquela época o casamento de cunhado, se um homem morresse sem deixar um herdeiro, o irmão mais novo deveria se deitar com a viúva para providenciar o herdeiro. No caso o irmão mais novo de Er era Onã, só que ele se negou a cumprir sua obrigação, e por isso Deus também o matou. Judá disse a Tamar que esperasse o terceiro irmão na linhagem, seu filho Selá, pois ele ainda não tinha idade suficiente para se casar com ela. Mas o tempo passou e Judá não deu seu filho Selá em casamento a Tamar. Agora veja só o desfecho desta história. Tamar se disfarçou de uma prostituta do templo e quando Judá passava por ali resolveu ter relações com ela. Como pagamento pelos favores sexuais, ele deu a ela alguns objetos pessoais. Quando Judá soube que Tamar havia engravidado, logo presumiu que ela tinha tido relações com outro homem. A esta altura o santo e casto Judá ficou todo ofendido com sua nora dizendo que ela era uma prostituta e que deveria ser queimada. Quando ela estava para ser queimada mostrou os objetos pessoais de Judá e só então ele percebeu que era o pai da criança. Se existe alguma palavra para descrever a atitude de Judá qual seria? Falta de caráter? Hipocrisia? Como você qualificaria um homem que não cumpre sua palavra, dá um de moralista, puritano, defensor da boa moral e dos costumes, pretenso queimador de prostitutas, mas que ocultamente procura as mesmas para ter relações sexuais. O Deus bíblico não o repreendeu, pelo contrário, o enalteceu, apesar de ter matado os dois filhos dele por muito menos.

Falando sobre como a bíblia descreve Deus, observe o relato de Êxodo 32:9-14. Numa conversa de Deus com Moisés, o ser supremo descrito na bíblia perde a paciência com seu povo, se descontrola, ameaçando destruí-los de uma vez para sempre. Moisés tenta acalmar Deus, raciocinando com ele que seria uma burrice tirar seu povo do Egito para matá-los no deserto. Moisés lembra a Deus que este fez uma promessa aos antepassados de seu povo e que não poderia quebrá-la, porque isto significaria um completo fracasso em seu propósito. Diante de todas estas argumentações de Moisés, Deus se arrepende de seu proceder e como diz o relato “deplora o mal que falou que ia fazer”. O Deus que você acredita é esse mesmo Deus que a bíblia descreve?

Veja mais algumas “qualidades” do Deus bíblico. Ele escolhe um povo, desprezando os demais, leva esse dito povo escolhido para uma tal de terra da promessa. Só que esta terra não estava vazia, simplesmente esperando para ser ocupada, era uma terra com diversos povos que ali moravam por séculos. O que o “bondoso” Deus bíblico fez diante desse impasse? Manda seu dito povo escolhido invadir, massacrar, pilhar, tomar a força terras alheias, matando todos os seus ditos inimigos, incluindo mulheres e crianças (Josué 6:20, 21; 8:21-27; 10:26-40; 11:10-14). Para tentar justificar toda essa carnificina, Deus destaca a natureza imoral, perversa e cruel destes povos. Porém, o próprio povo escolhido de Deus, segundo o relato bíblico, se tornou pior do que estas nações, mesmo vendo tantas demonstrações do poder de Deus e sendo tratados de forma tão especial (Oséias 6:8-10; Oséias 4:2, 13, 14; Jeremias 19:4, 5). Já os coitados dos cananeus, nunca tiveram uma chance. Imagine se eles tivessem todo este tratamento especial que supostamente o povo de Deus teve, talvez não tivessem desprezado tanto o Deus da bíblia. Acha justo um Deus dar tanta chance e oportunidade para um povo e desprezar os outros totalmente? O que você acharia de um pai que tratasse seus filhos dessa forma?

Este texto foi extraído do livro "A BÍBLIA SOB ESCRUTÍNIO", para adquiri-lo CLIQUE AQUI! 

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