Os religiosos têm olhar positivo somente para pessoas do seu grupo, conforme apurou a Universidade de Chicago

O comediante ateu Ricky Cervais conta que uma vez se submeteu a um exame de consciência da perspectiva dos 10 Mandamentos e concluiu ser um "cristão" melhor que os verdadeiros cristãos. A afirmação do britânico se estende a outros ateus, pelo menos quanto a uma máxima de Cristo: "Amem uns aos outros, assim como eu os amei". Um estudo americano apurou que cristãos teístas são afáveis entre si, mas não tanto com pessoas de outras crenças. Em relação aos ateus, esses cristãos têm uma forte aversão. Ou seja, eles amam os próximos, desde que rezem o mesmo credo. A recíproca não é verdadeira: o estudo não encontrou evidências de que os ateus sejam hostis aos cristãos, com os quais convivem na família e trabalho, pelo menos tão intensivamente quando estão na mira dos seguidores de Cristo. Tal avaliação não se aplica aos militantes ateístas. Com o objetivo de determinar como os ateus são avaliados por diversos grupos religiosos, os autores do estudo, David Speed e Melanie Brewster, tiveram com base a Pesquisa Social Geral Americana de 2018, disponível no Centro Nacional de Pesquisa de Opinião da Universidade de Chicago. O resultado da pesquisa corresponde às expectativas dos estudiosos, porque os americanos, no atacado, e religiosos, no varejo, avaliam os ateus com forte carga negativa. O que se destaca, na pesquisa, é o furor dos cristãos teístas.

Em contrapartida, segundo o estudo, os ateus avaliaram os cristãos, budistas, judeus e hindus de forma tão favorável quanto seu próprio grupo. Só não classificaram de forma tão positiva os muçulmanos. Reforça-se que a avaliação se refere a religiosos, pessoas físicas, e não a religiões. Outro estudo, de 2013, mostra haver ateus que se engajam em trabalhos inter-religiosos humanistas, porque não são dogmáticos ou pouco. Ateus não são monolíticos em suas atitudes ou preconceituosos, de acordo com uma pesquisa de 2014. Também nesse caso não há contrapartida: cristãos se recusam a participar de campanhas humanitárias promovidas por entidades que se declaram abertamente ateístas.Feito com cristãos universitários, um estudo indicou que parte de sua animosidade em relação aos ateus estava relacionada à crença de que os descrentes são individualistas e 'incapazes de terem fé em resposta ao sofrimento geral do mundo'. As crenças de que o ateísmo é prejudicial e antipatriótico vêm de cima para baixo, principalmente por parte de líderes políticos. Em 2014, por exemplo, o senador do Alabama (e mais tarde procurador-geral dos EUA) Jeff Sessions afirmou: 'Eu realmente acredito que somos uma nação que, sem Deus, não há verdade, e tudo se resume a poder, ideologia, avanço, agenda, não fazer o serviço público'. Na literatura acadêmica, há poucos estudos sobre os preconceitos contra os ateus e como uns e outros se veem, descrentes e crentes.

Fonte: Paulo lopes


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Publicado em NOTÍCIAS
1 - Triângulo amoroso

O patriarca Abraão, sua mulher, Sara, e a escrava Agar viveram um triângulo amoroso complicado. Sara era estéril e, ao passar dos 70 anos, sugeriu ao marido que tomasse uma nova esposa. Agar foi a escolhida e deu à luz Ismael, mas Sara se arrependeu. Engravidou 14 anos depois, teve Isaac e, enciumada, exigiu a expulsão da rival e do filho dela. Supostamente, a briga rende até hoje: Ismael teria dado origem ao povo árabe, e Isaac, ao povo judeu. [Gênesis, capítulo 21, versículos 1-14]


2 - Dança sensual em troca de uma cabeça

A história de João Batista, primo de Jesus, vale como alerta: cuidado onde você mete seu bedelho. João reprovava o caso entre Herodes Antipas, rei da Galileia, e a cunhada dele, Herodias. No aniversário do monarca, sua enteada Salomé o presenteou com uma dança sensual. Em troca, Herodes prometeu a ela o que quisesse. Ela não hesitou: exigiu a cabeça de João numa bandeja. [Mateus, capítulo 14, versículos 1-11]

 
3 - Satanás faz aposta com Deus

Às vezes, para ensinar uma lição, Deus pode propor testes de fé bem árduos. Foi o que rolou com Jó, um homem justo e íntegro. Satanás apostou com Deus que, se Jó perdesse suas riquezas, voltaria-se contra o Criador. Deus topou. Autorizou que seu adversário lançasse várias pragas contra Jó: ele perdeu os filhos, teve os bens roubados e ficou coberto de úlceras. Mas nunca blasfemou contra os céus. Sensibilizado, Deus restituiu, em dobro, tudo o que possuía. [Jó, capítulo 1, 2 e 42]

 

4 - Genocídio com benção divina

Guerras com motivações religiosas tem sido frequentes desde a época da Bíblia. A mais sangrenta dessas guerras, a do bisneto do rei Salomão, Asa, contra o monarca etíope Zara, matou mais de 1 milhão de pessoas. E com a bênção divina: “É em teu nome que marchamos contra essa multidão”, clamou Asa antes de atacar com apenas metade de seu exército. [Segundo Livro das Crônicas, capítulo 14, versículos 8-14]

5 - Deus mata masturbador

Nos tempos bíblicos, era comum a prática do levirato: quando um homem morria sem herdeiros, seu irmão casava-se com a viúva e seus filhos eram considerados descendentes do morto. Mas nem todos aprovavam a ideia. Onã se rebelou e, em vez de engravidar a cunhada Tamar, praticava o coito interrompido, ou seja, “derramava seu sêmen por terra”. Deus não gostou e tirou sua vida. Foi daí que surgiu o termo “onanismo”, sinônimo de masturbação. [Gênesis, capítulo 38, versículos 8-10]

6 - Mãos nos testículos de Isaac

Abraão pediu a um servo para achar uma mulher para seu filho Isaac, como era costume. O acordo foi selado conforme a tradição: o servo colocou “a mão sob a coxa” de Abraão – ou, dizem os estudiosos, segurou seus testículos. Isso porque a circuncisão (remoção da pele sobre o pênis) era sinal da aliança divina (“testículo” vem do latim testis, que também originou “testemunha”). [Gênesis, capítulo 24, versículos 1-9]


7 - Salomão tinha 700 mulheres

Salomão entrou para a história como um homem inteligente e justo. Mas ele tinha outros atributos. Segundo a Bíblia, o filho de Davi teria tido 700 esposas. E, por fora, ainda pegava mais 300 concubinas. Segundo historiadores, o harém devia-se, em parte, aos casamentos com estrangeiras por motivos diplomáticos. Entre as esposas, havia gente de todos os lugares: hititas, moabitas, edomitas. [Primeiro Livro dos Reis, capítulo 11, versículos 1-3]

8- Abimelec matou 69 irmãos

Irmãos nunca se deram muito bem na Bíblia – vide casos como Caim e Abel, Isaac e Ismael e Esaú e Jacó. Mas o maior fratricida das escrituras é Abimelec. Para assumir o trono, o filho de Gedeão matou ou mandou matar 69 de seus 70 irmãos. Só o caçula, Joatão, escapou – e isso porque fugiu. Mas o reinado de Abimelec não durou. Três anos depois, morreu ao levar uma pedrada na cabeça. [Juízes, capítulo 9, versículo 1-6]


9 - Filhas fazem sexo com pai


Revoltado com as bizarrices sexuais em odoma e Gomorra, Deus destruiu essas cidades. Ló, sobrinho de Abraão que morava em Sodoma, conseguiu escapar com suas duas filhas e se escondeu em uma caverna. Certas de que eram as últimas mulheres da Terra, as jovens embeberam o pai com vinho e mantiveram relações sexuais com ele por duas noites seguidas. Do incesto, nasceram Moab e Ben-Ami. [Gênesis, capítulo 19, versículos 30-38]

10 - Filha em troca de prepúcios

Mical, filha caçula do patriarca Saul, estava apaixonada por Davi. Só que Saul considerava o futuro genro um rival na luta pelo poder entre Judá e as tribos do norte. Para impedir o matrimônio, Saul pediu um dote de casamento que Davi não conseguiria pagar. Exigiu 100 prepúcios (pele que cobre a extremidade do pênis) de soldados filisteus. E David mais do que pedido: 200 prepúcio. Saul teve de entregar a mão da filha. [Primeiro Livro de Samuel, capítulo 18, versículos 17-27]

Fonte: Paulopes

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Publicado em MACHISMO
Segunda, 08 Dezembro 2014 15:43

Catolicismo - A Tentativa de Uma Fé Universal

O catolicismo é uma das mais expressivas vertentes do cristianismo e, ainda hoje, congrega a maior comunidade de cristãos existente no planeta. Segundo algumas estatísticas recentes, cerca de um bilhão de pessoas professam ser adeptas ao catolicismo, que tem o Brasil e o México como os principais redutos de convertidos. De fato, as origens do catolicismo estão ligadas aos primeiros passos dados na história do cristianismo. Em sua organização, o catolicismo é marcado por uma rígida estrutura hierárquica que se sustenta nas seguintes instituições: as paróquias, as dioceses e as arquidioceses. Todas essas três instituições são submetidas à direção e ensinamentos provenientes do Vaticano, órgão central da Igreja Católica comandado por um pontífice máximo chamado de Papa. Abaixo de sua autoridade estão subordinados os cardeais, arcebispos, bispos, padres e todo o restante da comunidade cristã espalhada pelo mundo.

Esse traço centralizado da administração eclesiástica católica acabou promovendo algumas rupturas que, de fato, indicam a origem da chamada Igreja Católica Apostólica Romana. Uma das primeiras e fundamentais quebras de hegemonia no interior da Igreja ocorreu no século XI, quando as disputas de poder entre o papa romano e o patriarca de Constantinopla deram origem à divisão entre o catolicismo romano e o catolicismo ortodoxo. As principais crenças do catolicismo estão embasadas na crença em um único Deus verdadeiro que integra a Santíssima Trindade, que vincula a figura divina ao seu filho Jesus e ao Espírito Santo. Além disso, o catolicismo defende a existência da vida após a morte e a existência dos céus, do inferno e do purgatório como diferentes estágios da existência póstuma. A ida para cada um desses destinos está ligada aos atos do fiel em vida e também determina o desígnio do cristão na chegada do dia do Juízo Final.

A liturgia católica reafirma sua crença através dos sete sacramentos que simbolizam a comunhão espiritual do fiel junto a Deus. Entre esses sacramentos estão o batismo, a crisma, a eucaristia, a confissão, a ordem, o matrimônio e a extrema-unção. A missa é o principal culto dos seguidores do catolicismo. Neste evento, celebra-se a morte e a ressurreição de Cristo; e o milagre da transubstanciação no qual o pão e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Cristo. Segundo consta nos ensinamentos católicos, a origem de sua igreja está relacionada ao nascimento de Jesus Cristo, líder judeu que promoveu uma nova prática religiosa universalista destinada à salvação de toda a humanidade. Após a morte de Cristo, a principal missão de seus seguidores era pregar os ensinamentos por ele deixados com o objetivo de ampliar o conhecimento de suas promessas. Nessa época, os primeiros cristãos tiveram que enfrentar a oposição ferrenha das autoridades romanas que controlavam toda Palestina.

Entretanto, a crise do Império Romano e a franca expansão dos praticantes dessa nova religião acabaram forçando o império a ceder a essa nova situação no interior de seus territórios. Por isso, ao longo do século IV, o catolicismo se tornou a religião oficial do Império Romano, favorecendo enormemente a expansão dessa religião ao logo de uma vasta região compreendendo a Europa, a África e partes do mundo oriental. Com isso, a Igreja adentra os últimos séculos da Antiguidade com expressivo poder. Durante a Idade Média, a continuidade do processo de conversão religiosa se estendeu às populações bárbaras que invadiram os domínios romanos e consolidaram novos reinos. Entre esses reinos, destacamos o Reino dos Francos, onde se instituiu uma íntima relação entre os membros do clero e as autoridades políticas da época. A partir de então, a Igreja se tornou uma instituição influente e detentora de um grande volume de terras e fiéis.

A grande presença do catolicismo durante o período medieval começou a sofrer um expressivo abalo quando os movimentos heréticos da Baixa Idade Média e, séculos depois, o Movimento Protestante, questionaram o monopólio religioso e intelectual de seus clérigos. Nessa mesma época, a Igreja reafirmou suas concepções de fé por meio da Contrarreforma, a instalação da Inquisição e a expressiva participação na conversão das populações nativas encontradas no continente americano. Entre os séculos XVIII e XIX, o poder de intervenção da Igreja em questões políticas sofreu uma grande perda com a eclosão do ideário iluminista e o advento das revoluções liberais. A necessidade de instalação de um Estado laico favoreceu uma restrição das atividades da Igreja ao campo essencialmente religioso. Paralelamente, o surgimento do movimento comunista também estabeleceu outra frente de refutação ao catolicismo quando criticou qualquer tipo de prática religiosa.

No século XX, a Igreja sofreu uma profunda renovação de suas práticas quando promoveu o Concílio de Vaticano II, acontecido durante a década de 1960. Nesse evento – que mobilizou as principais lideranças da Igreja – uma nova postura da instituição foi orientada em direção às questões sociais e injustiças que afligiam os menos favorecidos. Essa tônica social acabou dando origem à chamada Teologia da Libertação, que aproximou os clérigos das causas populares, principalmente na América Latina. Ultimamente, a ascensão de autoridades mais conservadoras na alta cúpula da Igreja enfraqueceu significativamente esse tipo de aproximação. Em contrapartida, existe um forte movimento que ainda insiste na mudança de alguns preceitos, como o celibato entre os clérigos e o uso de métodos contraceptivos. Com isso, vemos que a trajetória dessa instituição foi marcada por várias experiências que a transformaram ao longo do tempo.

Críticas a eventos ocorridos em sua história

Cruzadas - Em 1095, o papa Urbano II convocou expedições com o intuito de retomar a Terra Sagrada. Os cruzados (como ficaram conhecidos os expedidores) receberam esse nome por carregarem uma grande cruz, principal símbolo do cristianismo, estampada nas vestimentas. Em troca da participação, ganhariam o perdão de seus pecados. Movidas pela fé e pela ambição, entre os séculos XI e XIII, partiram para o Oriente oito Cruzadas. A primeira (1096 – 1099) não tinha participação de nenhum rei. Formada por cavaleiros da nobreza, em julho de 1099, tomaram Jerusalém. A segunda (1147 – 1149) fracassou em razão das discordâncias entre seus líderes Luís VII, da França, e Conrado III, do Sacro Império. Em 1189, Jerusalém foi retomada pelo sultão muçulmano Saladino. A terceira cruzada (1189 – 1192), conhecida como ‘”Cruzada dos Reis”, contou com a participação do rei inglês Ricardo Coração de Leão, do rei francês Filipe Augusto e do rei Frederico Barbarruiva, do Sacro Império. Nessa cruzada foi firmado um acordo de paz entre Ricardo e Saladino, autorizando os cristãos a fazerem peregrinações a Jerusalém. A quarta cruzada (1202 – 1204) foi financiada pelos venezianos, interessados nas relações comerciais. A quinta (1217 – 1221), liderada por João de Brienne, fracassou ao ficar isolada pelas enchentes do Rio Nilo, no Egito. A sexta (1228 – 1229) ficou marcada por ter retomado Jerusalém, Belém e Nazaré, cidades invadidas pelos turcos. A sétima (1248 – 1250) foi comandada pelo rei francês Luís IX e pretendia, novamente, tomar Jerusalém, mais uma vez retomada pelos turcos. A oitava (1270) e última cruzada foi um fracasso total. Os cristãos não criaram raízes entre a população local e sucumbiram. As Cruzadas não conseguiram seus principais objetivos, mas tiveram outras consequências como o enfraquecimento da aristocracia feudal, o fortalecimento do poder real, a expansão do mercado e o enriquecimento do Oriente.

Inquisição Uma espécie de tribunal religioso criado na Idade Média para condenar todos aqueles que eram contra os dogmas pregados pela Igreja Católica. Fundado pelo Papa Gregório IX, o Tribunal do Santo Ofício da Inquisição mandou para a fogueira milhares de pessoas que eram consideradas hereges (praticante de heresias; doutrinas ou práticas contrárias ao que é definido pela Igreja Católica) por praticarem atos considerados bruxaria, heresia ou simplesmente por serem praticantes de outra religião que não o catolicismo. A verdade é que embora o apogeu da Inquisição tenha se dado no século XVIII, as perseguições aos hereges pelos católicos, têm registros bem mais antigos. No século XII os “albigenses” foram massacrados a mando do Papa Inocêncio III que liderou uma cruzada contra aqueles que eram considerados os “hereges do sul da França” por pregarem a volta da Igreja às suas origens e a rejeição a opulência da Igreja da época. Em 1252, a situação que já era ruim, piora. O Papa Inocêncio IV publica um documento, o “Ad Exstirpanda”, onde autoriza o uso da tortura como forma de conseguir a conversão. O documento é renovado pelos papas seguintes reforçando o poder da Igreja e a perseguição. A Inquisição tomou tamanha força que mesmo os soberanos e os nobres temiam a perseguição pelo Tribunal e, por isso, eram obrigados a ser condizentes. Até porque, naquela época, o poder da Igreja estava intimamente ligado ao do estado. Mais terrível que qualquer episódio da história humana até então, a Inquisição enterrou a Europa sob um milênio de trevas deixando um saldo de incontáveis vítimas de torturas e perseguições que eram condenadas pelos chamados “autos de fé” – ocasião em que é lida a sentença em praça pública. Galileu Galilei foi um exemplo bastante famoso da insanidade cristã na Idade Média: ele foi perseguido por afirmar através de suas teorias que a terra girava em torno do sol e não o contrário. Mas, para ele o episódio não teve mais implicações. Já outros como Giordano Bruno, o pai da filosofia moderna, e Joana D’Arc, que afirmava ser uma enviada de Deus para libertar a França e utilizava roupas masculinas, foram mortos pelo Tribunal do Santo Ofício. Uma lista de livros proibidos foi publicada, o ”Index Librorum Prohibitorum” através da qual diversos livros foram queimados ou proibidos pela Igreja. O Tribunal era bastante rigoroso quanto à condenação. O réu não tinha direito à saber o porquê e nem por quem havia sido condenado, não tinha direito a defesa e bastavam apenas duas testemunhas como prova. O pior período da Inquisição foi durante a chamada Inquisição Espanhola (Século XV ao Século XIX). De caráter político, alguns historiadores afirmam que a Inquisição Espanhola foi uma forma que Fernando de Aragão encontrou de perseguir seus opositores, conseguir o poder total sobre os reinos de Castela e Aragão (Espanha) e ainda expulsar os judeus e muçulmanos.

PedofiliaForam feitas denúncias de abuso sexual de menores em muitas partes do mundo, com os casos mais notórios a chegarem às primeiras páginas no BrasilPortugalAlemanhaAustráliaEspanhaBélgicaFrançaReino UnidoIrlandaCanadá e Estados Unidos da AméricaOs escândalos sucessivos levaram, em março de 2010, o próprio Papa Bento XVI a proferir respostas como a de que Deus guiará "no caminho da coragem que precisamos para não nos deixarmos intimidar pelas fofoquinhas da opinião dominante e nos dar coragem e paciência para apoiar os outros", enquanto em Londres católicos se juntavam na frente da Abadia de Westminster pedindo a sua saída, e para que "não feche os olhos". Na Suíça, na mesma época, a presidente Doris Leuthard defendeu a criação de um "cadastro de padres pedófilos", como medida cautelar e, nos EUA, o jornal The New York Times acusava o Papa de ter diretamente se omitido nos casos de pedofilia ocorridos naquele país e na Alemanha, na década de 1980. Vários grandes processos foram arquivados em 2001, alegando-se que padres tinham abusado sexualmente de menores. Alguns sacerdotes se demitiram, outros foram afastados ou presos e acordos financeiros atingindo centenas de milhões de dólares foram feitos com muitas vítimas. Os casos se tornaram notícia nacional recorrente nos Estados Unidos com as acusações feitas contra Paul Shanley e John Geoghan e publicadas pelo Boston Globe em 2002. No mesmo ano, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos aprovou uma política de "tolerância zero" para os acusados dessa infração. A Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos encomendou um estudo que constatou que quatro por cento de todos os sacerdotes que tinham servido nos Estados Unidos de 1950 a 2002 enfrentaram algum tipo de acusação sexual. De acordo com esse relatório, as ações comuns incluíam tocar adolescentes do sexo masculino por baixo de suas roupas e a remoção de suas roupas, mas atos mais graves foram cometidos em muitos casos. A Igreja foi muito criticada quando foi descoberto que alguns bispos sabiam sobre as alegações e transferiam os acusados, em vez de removê-lo

Queda no número de fiéis

Tem-se observado, principalmente nas Américas e em parte da Europa, o desinteresse frequente pela população com relação à Igreja Católica. Um reflexo disso é o aparecimento de grande número de pessoas que se intitulam católicos não-praticantes. No Censo 2000 feito pelo IBGE, 40% dos que responderam ser católicos no Brasil diziam ser "não-praticantes". Esses indivíduos geralmente discordam de políticas severas da igreja quanto ao uso do preservativo sexual, o divórcio, uniões estáveis entre heterossexuais, união entre homossexuais, e o aborto. A prática de "ficar", comum entre os jovens brasileiros, por exemplo, foi declarada em 2007 como algo próprio de "garotas de programa" pelo secretário-geral e porta-voz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa. É frequentemente usado nos dias de hoje o termo religiosidade para definir a atitude de tais adeptos que discordam das políticas da igreja mas que continuam a seguir seus ensinamentos básicos cristãos[carece de fontes]. No ano de 2007, foram feitas duas pesquisas que apresentaram resultados divergentes. A primeira, realizada pela Fundação Getúlio Vargas, dizia que o número de católicos parou de cair no Brasil depois de mais de 130 anos de queda, apontando como motivos a renovação da Igreja, e a grande comoção pela então recente morte do Papa João Paulo II, estando o número de fieis estabilizado em 73%.33 Atualmente, uma pesquisa divulgada pelo Data Folha em 2010, registrou nova queda no número de fieis, apontando um percentual de 64% de católicos na população brasileira.

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