Sexta, 05 Abril 2024 12:25

Os Caçadores da Arca Perdida

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A Arca da Aliança


A Arca da Aliança (Pacto) tem sido um dos tesouros arqueológicos mais cobiçados pela humanidade, e inúmeras expedições à Mesopotâmia e à Palestina foram realizadas, sem sucesso. Existem réplicas da Arca hoje em dia em vários museus, baseadas nas descrições bíblicas. A suposta arca verdadeira porém, jamais foi encontrada. O cineasta George Lucas inspirou-se na busca pela Arca para o roteiro de seu filme Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida.

A Arca da Aliança é descrita na lenda Bíblica como o objeto em que as tábuas dos Dez mandamentos e outros objetos sagrados teriam sido guardadas, como também veículo de comunicação entre Deus e seu dito povo escolhido. Segundo a lenda judaica esta arca foi utilizada pelos hebreus até seu desaparecimento, que segundo especulações, ocorreu na conquista de Jerusalém por Nabucodonosor II. Segundo o livro de II Macabeus, o profeta Jeremias foi o responsável por escondê-la no Monte Nebo. Segundo o livro do Êxodo, a montagem da Arca da Aliança foi orientada por Moisés, que por instruções divinas indicou seu tamanho e forma. Nela foram guardadas as duas tábuas da lei; a vara de Aarão; e um vaso do maná. Estas três coisas representavam a aliança de Deus com o povo de Israel. Para judeus e prosélitos a Arca não era só uma representação, mas a própria presença de Deus.

No livro de Êxodo (Êx 25,10-22) a Bíblia descreve a Arca da Aliança como uma caixa de madeira de acácia, com 2 côvados e meio de comprimento (um metro e dez centímetros ou 110 cm), e um côvado e meio de largura e altura (70 cm). Cobriu-se de ouro puro por dentro e por fora, com uma bordadura de ouro ao redor. - (Êxodo 25,10-16) Para seu transporte, necessário para um povo ainda nômade, foram colocadas quatro argolas de ouro nas laterais, onde foram transpassados varas de acácia recobertas de ouro. Assim, o objeto podia ser carregado pelo meio do povo. Sobre a tampa, chamada Propiciatório, foi esculpida uma peça em ouro, formada por dois querubins de frente um para o outro(Êxodo 25,10-21; 37,7-9). Segundo a lenda, Deus se fazia presente no propiciatório no meio dos dois Querubins de ouro em uma presença misteriosa que os Judeus chamavam Shekinah ou presença de Deus.

A Arca fazia parte do conjunto do Tabernáculo, com outras tantas especificações. Ela ficaria repousada sobre um altar, também de madeira, coberto de ouro, com uma coroa de ouro ao lado. Somente os sacerdotes levitas poderiam transportar e tocar na arca, e apenas o sumo-sacerdote, uma vez por ano, no dia da expiação, quando a Luz de Shekiná se manifestava, entrava no santíssimo do templo. Estando ele em pecado, segundo a lenda, morreria instantaneamente.

Outros relatos bíblicos se referem ao roubo da arca por outros povos inimigos de Israel (filisteus), que sofreram chagas e doenças enquanto tinham a arca em seu poder. Segundo o mito, homens que tocavam na arca e que não fossem levitas ou sacerdotes completamente puros morriam fulminados instantaneamente. Diante dessas terríveis doenças causadas pela presença da "Arca" do Senhor Deus de Israel, os filisteus se viram numa necessidade de se livrarem do objeto sagrado; então, a mandaram para a cidade de Gate, e logo após para Ecron, sendo sempre rejeitada, o que acarretou na sua devolução ao povo de Israel.

O relato bíblico menciona que na destruição de Jerusalém por babilônia no ano 586 a.C Nebuzaradã, comandante da guarda imperial, conselheiro do rei da Babilônia, foi a Jerusalém e Incendiou o templo do Senhor, o palácio real, todas as casas de Jerusalém e todos os edifícios importantes. (II Reis 25:8-9). Depois desse grande incêndio que teria destruído todo o templo e a cidade de Judá, a Arca da Aliança desapareceu completamente da narrativa Bíblica e não há mais menção dela a partir desse ponto, pois o próprio relato se torna vago quanto ao seu destino.
Para os católicos que se utilizam da Septuaginta, o desaparecimento da Arca é narrado no livro de II Macabeus, não aceito pelos protestantes e pelos judeus que só aceitam as escrituras em hebraico. Nessa situação o profeta Jeremias haveria mandado que levassem a Arca até o Monte Nebo para ali a esconder em uma caverna.

Não há certezas acerca de sua existência ou destruição. O fato é que antes de atear fogo ao Templo, os soldados de Nabucodonosor levaram para a Babilônia todos os objetos e utensílios sagrados que os Judeus usavam nos rituais em seu santuário, como trunfo de sua vitória.

Há quem acredite que a Arca da Aliança foi levada para a Babilônia junto com os demais objetos sagrados do Templo que existia em Jerusalém, porém não há evidência e provas plausíveis para isto. Contudo, uma vez a Arca em posse dos babilônios, ela pode ter sido destruída para se obter o ouro ou ainda conservada como troféu. Vale ressaltar que a Babilônia também foi conquistada posteriormente por outros impérios que vieram posteriormente: Medo persas, macedónios entre outros, portanto, seus tesouros (incluindo possivelmente a Arca) poderiam ter tido incontáveis destinos.

Para a Igreja Ortodoxa Etíope, a Arca foi levada à Etiópia por Menelik I, filho do Rei Salomão e  a Rainha de Sabá. A Arca estaria guardada numa capela da Igreja de Santa Maria de Sião da cidade de Aksum, no norte da Etiópia, onde um único sacerdote pode vê-la. A narrativa dessa tradição etíope encontra-se no Kebra Negast, o Livro da Glória dos Reis da Etiópia.

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